- Vamos ver se as habilidades de Darkness ainda estão boas. - Uma risada ecoou pelo ambiente, e logo se calou. Observei o rapaz ali presente andar em direção a Grenw e Alexandre. Espero que consigam conter ele, afinal será um contra dois. Mas, onde está aquela mulher, eu a perdi de vista. Senti minha cabeça ir com tudo para trás e Cassy entrar em meu campo de visão. Ali está ela.
- Olá, querida. Pronta para sofrer? - Ela sorriu ironicamente, puxando cada vez mais meus cabelos.
- Fazer o que, né. - Eu suspirei. Já estive em situações semelhantes e consegui me livrar. Mas, isso foi a uns anos atrás e naquela época, era mais fácil. Atualmente, eu não conseguia realizar diversos golpes, uma pena.
- Ainda bem que sabe. - A observei e comecei a escutar grunhidos de dor, tentei mover minha cabeça, mas ela segurava firmemente. Provavelmente é Alexandre, e espero que esteja batendo e não apanhando. - Pronta? - Senti ela chutar bruscamente minha perna esquerda. Fechei os olhos suspirando e me agachei ao chão. permaneci com a cabeça baixa. - Ai querida, eu tenho pena de você, eu admito. Ser feita de refém por causa de uma amizade, é bem triste.
- Pena? - Soltei uma risada baixa. - Essa palavra deveria ser pronunciada por mim. Olha seu estado atual, o trabalho que você arrumou. Sendo descartada por pessoas que não se importam com você, apenas com o seu serviço. - Sua mão se chocou furiosamente contra minha bochecha, em um tapa certeiro, quando ela ficou a minha frente.
- Calada. Não tente entrar na minha mente, eu conheço esses joguinhos mentais, não vai dar certo.
- Joguinhos... mentais? - Abri um pouco um dos olhos e uma lágrima insistiu em cair. Minha rosto ardia, minhas pernas doíam e meu corpo nem se fala. - Não faço ideia do que você está falando.
- Irritar a pessoa. Cutucar sua ferida mais dolorida, eu já fiz isso, criança. Sei bem como funciona. - Ela segurou meu queixo firmemente enquanto aproximava nossos rostos. - Não adianta. - Sorri levantando a cabeça. Choquei minha testa com a sua, a mulher saiu cambaleando enquanto segurava a testa. - Filha da puta. - Fechei os olhos novamente devido a dor.
Quando começou a se aproximar, Grenw a segurou pelo pescoço enquanto dava uma gravata nela. Ele a prendeu enquanto olhava fixamente pra mim. Olhei em direção a Alexandre que acabará de chocar a cabeça de Ray contra a parede. Se agachou e logo andou em minha direção. Suas mãos foram diretamente para as correntes. Senti um dos meus braços voltar a ter circulação de sangue e suspirei aliviada. Quando finalmente abriu a outra, seus olhos encontraram o meu e me encarava fixamente com uma expressão assustada.
- Não mexa nem mais um músculo. - Cassy permanecia com uma arma apontada para Alexandre. Deu a volta nele e pairou atrás de mim segurando me rosto. Senti algo gelado entrar em contato com a pele sensível do meu pescoço e estremeci. Olhei para Grenw por alguns segundos que estava deitado ao chão. Enquanto permanecia com as mãos segurando suas partes baixas. Coitado, ele foi nocauteado. - Se mexerem, eu atiro. Ray, você está vivo? - O rapaz não respondeu o que fez ela ficar mais irritada, já que pressionou o cano da arma em meu pescoço novamente.
- Olha Alexandre, ela está irritada. Amigo morreu, não? Sei bem como é difícil. - Eu sorri elevando a ironia. - Nunca apontou uma arma para alguém, querida? - Alexandre me fitou irritado e ao mesmo tempo preocupado, afinal é compreensível, eu estava com uma arma apontada para mim nesse exato momento. ''Não se deve brincar com fogo'', uma vozinha ao meu ombro esquerdo sussurrou enquanto a outra apenas ria alto dizendo ''Vai em frente''.
- Cala a boca, se não eu atiro! - Senti o cano da arma deslizar uns milímetros do meu pescoço e voltar ao lugar. Estava oscilado. Ela estava tremendo.
- Uau, você está temblando. Está com medo? - A arma afundou mais na pele do meu pescoço.
- Calada! - Suspirei sorrindo.
- Beatriz, para! - Encarei Alexandre que estava assustado e com as mãos ao alto.
- Relaxa, meu amigo. - Tentei sorrir confortavelmente para ele, mas eu também estava assustada, só não queria demonstrar.
- Relaxar? Você tem uma arma apontada para você, como quer que eu relaxe? - O encarei e suspirei.
- Calado. - Senti ela suspirar. O metal gelado raspou ao meu pescoço e quando percebi Cassy estava ao chão. Grenw sobre ela tentando lhe imobilizar. A arma havia sido jogada longe. E não demorou muito para que Grenw também fosse ao chão com um belo chute as costelas. Ray grunhiu colocado aso mãos ao joelho e Cassy se levantou pegando novamente a arma. Quando se viraram a nós novamente, eu estava em pé, me apoiado no Alexandre. Andou até mim enquanto apontava a arma ao meu amigo, segurou meu braço e me puxou para longe. Apontou a arma para minha cabeça. - Já... chega. - Ela suspirou irritada e ofegante. Meu corpo estremeceu. Minha ansiedade atacou e adrenalina foi liberada ao extremo no meu corpo. Olhei para Alexandre assustada e ele me retribuiu o mesmo olhar, e pronto, ela apertou o gatilho.
Abri um dos olhos, Alexandre permanecia ali, eu ainda estava sendo refém de uma mulher louca e a arma continuava apontada para mim, então como? Ela tinha apertado o gatilho, mas nada aconteceu.
-O que? Cadê as balas? - A arma foi tirada do meu pescoço e ela começou a analisar.
- Aqui. - Grenw se levantou lentamente ofegante e ergueu o cartucho. - Procurando isso, velha? - Ele sorriu e seus olhos encontraram o meu, retribui o sorriso me virando rapidamente ficando de frente para a mulher. Lhe dei um soco ao rosto, ela soltou a arma e levou as mãos aonde o soco tinha acertado. Fui para cima dela, lhe enchendo de hematomas, eu estava irritada, extremamente. Dores, esqueçam de mim por dois minutos. Senti um chute acertar meu estomago e cai no chão, filho da mãe. Observei Ray sorrir e logo ir com o rosto para o lado, devido ao soco que acabará de levar do Alexandre.
- Vem. - Estendeu sua mão para mim, e me segurei levantando lentamente, enquanto meu estômago dava pontadas de dor. - Grenw, você está bem?
- Sim, cara, isso foi sinistro.
- É, vamos ligar para a policia e sair daqui. - Alexandre se virou para mim, segurou meu rosto e começou a me analisar. - Você precisa de um médico. - Balancei a cabeça negativamente.
- Eu.. estou bem.
- Bem, você diz, bem. - Seu olhar se tornou sério. - Você está com um nariz quebrado, isso é estar bem? - De sério se tornou frio. - Nunca mais zombe de alguém que esta apontando uma arma para você, ok? - Soltei um sorris fraco.
- Ok. Desculpa, pai. - Ele suspirou sorrindo e me abraçou.
- Desculpa. - Seu abraço era reconfortante.
- Olha, que cena melosa. - Reprendi meu corpo me afastando dele. - Esqueceram de mim, não é mesmo? - Ele sorriu, um sorriso intimidador.
- Robert. - Observei ele segurar outra arma enquanto no encarava. Grenw estava ao nosso lado e encarava freneticamente o rapaz.
- Vamos acabar com isso? - Ele sorriu e apontou a arma para mim. - Tchauzinho, Darkness. - Escutei Grenw e Alexandre gritarem. Olhei em direção a minha barriga de onde brotava sangue, um cheiro ferroso se espalhou pelo lugar, e institivamente e a segurei suspirando.
- Desgraçado... - Me encostei a parede deslizando até o chão.
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Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).
Ficção AdolescenteOlá pessoinhas, sou Beatriz Ravens ( Sem apelido, pelo o que me lembre .) Tenho 17 anos, sou uma garota gótica, e não, não sou tão fanática por vampiros, coisas obscuras e tals. Me interesso sim, mas não chego a ser fanática. Popularmente conhecida...