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  Depois de um tempo, saí do banheiro com uma roupa básica de frio e andei até a sala onde Alexandre permanecia abraçado a Luna, enquanto permaneciam de olhos fechados. Olhei pela sala, mas Grenw não estava por ali, e nem Júnior, apenas Roberta fazendo algo na cozinha.

    Olhei em direção a vidraça. Gotas de água se acumularam a parte externa do vidro, e a paisagem estava branca. Afinal, uma chuva estava caindo do outro lado da cabana. Andei até a janela a abrindo e deixando entrar a brisa gelada entrar em contato com a pele do meu rosto.
Sentei ao puf gigante perto da janela e fiquei observando a paisagem. Observando atentamente as gotas de água deslizando pelas folhas. Por alguns instantes fechei os olhos e sorri.

   Um peso foi colocado ao outro lado do puf, o que me fez pender para aquele lado. Abri os olhos assustada vendo Grenw me observando atentamente, enquanto nossos braços estavam colados. Comecei a me mexer para desgrudar dele enquanto ele sorria.

   -  Por que você está rindo? - Amassava o puf freneticamente para tentar me afastar.

- Por você. - Ele sorriu e segurou meu braço. O encarei sem entender. - Não precisa ficar tão eufórica só por que estou aqui.

  - O que? Acha que estou eufórica, por causa de você? - Ele Assentiu com um sorriso arrogante. - Nem nos sonhos, garoto. - Me puxou para si, passando seus braços pelo meus ombros colando nossos corpos. - Me solta, Grenw.

- Não. Você está com frio, só quero te aquecer. - Suspirei enquanto tentava o encarar, mas ele observava atentamente a janela. - Não precisa ficar assim, não vou fazer nada que você não queira. - Eu arregalei os olhos olhando para o chão. "Nada que você não queira". Pequenos flash de lembranças passaram pela minha mente me fazendo corar. Fui puxada para trás e percebi que ele continuava com seus braços ao meu ombro, agora deitado sobre o puf.

   Tentei me afastar, por muito tempo, mas ele transparecia resistência, e se for comparar nossas forças físicas, mesmo eu tendo histórico de luta, eu acabaria perdendo para ele. Já derrotada apoei a cabeça ao seu peito e fechei os olhos.

  - Viu, não é difícil você se soltar, e deitar sua cabeça ao meu peito. - O Encarei. Seus rosto transparecia vitória. Um sorriso arrogante brotou em seus lábios. E ele apoiou a cabeça ao puf fechando os olhos. - Seu cheiro é muito bom, uma mistura de morango com baunilha. Me lembra comida. - Bati minha mão contra seu peito. Ele soltou uma risada reclamando.

- Idiota. - Tentei me levantar, mas novamente ele me segurou.

- Fique aqui. - O Encarei e ele sorriu novamente. Suspirei e deitei minha cabeça ali. Suas mãos começaram a cerrar no meu cabelo, enquanto a outra deslizava pelas minhas costas, senti um arrepio percorrer minha coluna e me encolhi. Provavelmente ele percebeu, já que seus braços continuaram. Seu cheiro amadeirado me fazia me sentir tão bem, que por um momento esqueci onde estava e fechei os olhos sentindo os músculos de seu peito relaxado.

   Não tinha nem percebido que havia dormido, abri os olhos lentamente e percebi que Grenw permanecia ali, intacto. Sua respiração estava lenta e seus olhos fechados, suas mãos estavam relaxadas, mas em contato com minha pele. Levei minha mão lentamente em direção a sua bochecha e comecei a acariciar, enquanto o observava. Grenw abriu os olhos o que me fez me afastar rapidamente. Ele soltou um sorriso novamente e me abraçou.

- Bom dia.

- Bom dia... - Tentei desfazer o abraço mas, seu rosto se aproximou do meu, o que me fez corar.

  - Mais um casal? - Ouvi a voz do Alexandre e levei um susto afastando Grenw e tentando me levantar.

- N-não... - Me levantei olhando para o Alexandre que permanecia com os braços cruzados enquanto me fitava.

- Hum, sei. Vão comer, casal, o café tá pronto. - Ele se virou voltando para a cozinha. Meu coração estava a mil, movi meu olhar ao Grenw que sorria enquanto passava as mãos pelo cabelo. 

-  Então, agora vocês dão um casal? - Luna sorriu quando eu entrei a cozinha.

- O que? Não! Como assim?

- Bom, é que quando acordamos, vocês dois estavam dormindo agarrados ao puf, então achamos que já eram um casal. - Eu e Grenw? Não, isso não daria certo. Pensei.

- Não. É só que estava frio... - Ela soltou uma risada.

- Eu entendo bem, essa fala é familiar.

- Por que? - Luna apenas deu de ombros e uma piscadela e voltou para a sala. Continuei fazendo um pão e coloquei uma mão ao rosto tentando raciocinar. Mas, era impossível. Não éramos nada. Mas, quando estávamos abraçados, senti algo forte, semelhantes a uma conexão. Balancei a cabeça negativamente. Estou pensando de mais.

  
     
    

   

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Donde viven las historias. Descúbrelo ahora