Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).

#23

Estava a caminho de casa pensando seriamente em como iria falar com minha mãe. Usaria uma desculpa aleatória ou a diria a verdade nua e crua? Eu realmente odiava mentir, principalmente para minha mãe. Não queria quebrar a confiança que ela tinha em mim.

Abri lentamente a porta da entrada e adentrei a casa silenciosa. A luz da cozinha estava acessa e vozes bem baixas vinham de lá. Comecei a dar largos passos naquela direção e observei minha mãe sentada a mesa junto a Luna, e Alexandre cozinhando algo, que provavelmente seria salgado, já que um odor picante estava por toda a cozinha. Os olhares se moveram a mim.

- Chegou. Finalmente. - Alexandre me observou de canto de olho e Suspirou. Eu sabia, eles estava irritado, e muito.

- É... Cheguei. - Sorri fraco e andei até a mesa.

- A festa foi legal? - Luna se levantou e veio até mim me dando um abraço.

- Foi... Sim. - Minha mãe apenas me observou dando uma colherada em alguma comida. Será que... Não.

- Beatriz. O que aconteceu? - Sem tirar os olhos do prato, minha mãe começou a falar.

- N-nada, por que? - Senti minhas bochechas esquentarem. Eu queria me esconder.

- Por favor, não mente para a gente. - Alexandre se apoiou a pia.

- Não estou mentindo...

- Ah está, sabemos quando mente. - Você está de brincadeira, como que esses dois conseguem me ler tão bem, nem eu me leio tão bem assim.

- É que...

- Por que não me disse que você iria ser a "Namorada" do Grenw, Beatriz? - A encarei surpresa.

- C-como sabe? - Dei um passo para frente segurando meu pulso.

- Eu contei para ela. - Alexandre segurava uma colher a mão.

- Oque? Alexandre, por que?

- Por que eu perguntei. E ele não iria mentir para mim. - Minha mãe voltou a me encarar. Magina que não, você não sabe nem a metade...

- Alexandre! - Suspirei o encarando meio irritada e triste ao mesmo tempo.

- Fiz isso pelo seu bem, Bea.

- Beatriz, você sabe que eu não me importo com essas coisas. Ajudar as pessoas, é algo bom, mas, não minta para mim, por favor. - Parava quase sempre para suspirar. Assenti envergonhada. - E agora, oque vai ser? Vão continuar com isso?

- Sim... Mais um final de semana. - Desviei o olhar observando o Alexandre que franziu o cenho.

- Ai, Beatriz. - ela afastou a cadeira se levantando.

- Desculpa, mãe. Não queria fazer isso, eu achei que seria só...

- Está tudo bem. Adolescente fazem coisas idiotas, está tudo bem. Já fiz muita besteira também. Mas, Roberta estará junto ? - Assenti.

- Tudo bem. Isso me tranquiliza um pouco. Me diga o lugar onde estará, e terá que me ligar sempre. - Assenti. Ela sorriu e me abraçou forte. - Eu não quero seu mal, só quero te proteger das maldades do mundo, filha. - A abracei de volta.