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   Alguns dias se passaram, e estávamos de volta a casa, eu estava trabalhando, ou tentando, na verdade é que não estava com cabeça para o trabalho, durante uma semana, aconteceu várias, e várias coisas.

   Em primeiro momento, houve alguns problemas com minha carteira de motorista, consequentemente não consegui comprar minha moto que tanto queria. Em segundo momento, minha avó estava internada, não que eu fosse muito apegada a ela, mas ainda considerava ela família. E para piorar toda essas situação, eu e Grenw estamos, brigados, digamos assim. Não é bem brigados, a verdade é que ele reencontrou uma amiga distante, uma amiga do passado, e essa mesma garota foi a qual quase matou um dos meus amigos por pura diversão. Ou talvez, outra sentimento que não faço a menor ideia. É melhor não tirar conclusões precipitadas, mas eu sei, essa garota não é uma boa pessoa.

E adivinha, eu tentei dizer isso para Grenw, na maior calma. E ele acreditou? Não! Pelo contrario, ele disse "Não diga assim, ela mudou, e isso é importante". Okay, ela realmente pode ter mudado, eu acredito nisso, afinal, olhe para mim, também mudei de anos para cá. Mas, eu não confio nela, passe o tempo que passar.

Quando eu junto a outro rapaz salvamos Diego das garras dessa garota, eles estavam tipo em um ferro velho, ele estava inconsciente ao chão, e ela dava gargalhadas com a situação. E bom, lutamos, e por muito pouco, tipo, pouco mesmo, eu venci. Ela foi presa, mas saiu depois de 2 anos.

  E cá estamos nós, é realmente muita coincidência ela aparecer nessa cidade, logo após o albino ser preso. Muita coincidência.

O mais engraçado dessa história toda, é que Diego também não acreditava em mim, ele dizia que eu era "paranoica" que uma mulher igual ela, psicóloga, reservada e amiga, nunca armaria algo tão ruim para alguém, e ADIVINHE. É. Ele se lascou por causa disso. E sabe aquela sensação que isso vai se repetir? Então.

  Quando faltava em média, uma hora para acabar meu expediente, eu recebi uma mensagem do Grenw, dizendo que ele iria me buscar ao trabalho. Respondi normalmente e voltei a servir as pessoas da lanchonete. Não demorou muito para uma chuva sinistra desmoronar ao lado de fora. Raios cortavam o céu, seguidos por trovões estridentes.

  Fiquei esperando na porta da lanchonete e nada daquele garoto aparecer. Eu suspirei fundo, tão fundo que meus pulmões pareciam que iria explodir a qualquer momento. Coloquei minha carteira e celular dentro de um saco plástico, e sai da lanchonete andando na chuva. É, eu, uma anta, esqueci o guarda-chuva, com isso, cá estou. Em menos de dois minutos eu estava encharcada. Andava de cabeça baixa pela calçada, enquanto sentia os pingos de água caírem sobre minha cabeça. Atravessei uma avenida e continuei andando por uma rua mais deserta, percebi um carro parar ao meu lado e o motorista abrir o vidro.

- Bea! Entra, você está toda encharcada. Meu Deus. - Olhei na direção do carro, e lá estava ele. Abriu a porta rapidamente vindo em minha direção. Usava uma calça preta com alguns rasgos nas pernas e uma blusa cinza, seus cabelos estavam caídos em direção a sua orelha, e seu semblante era de surpresa. - Vem! - Ele abriu a porta do carro, e suspirei pesadamente antes de adentrar. Entrou em seguida se sentando ao banco do motorista. - Por que você não me esperou? Eu fui até lá, mas você não estava mais, e....

- Essa pergunta tinha que ser feita para você, Grenw. O que aconteceu com o combinado? Na sua mensagem, você dizia que iria me buscar na saída do trabalho, e não que iria atrasar uma hora e me deixar plantada lá. - Disse com um tom de voz baixo.

- Desculpa, ma Belle. Kelly me ligou um tempo depois e, precisei ajudar ela... - Soltei uma risada sarcástica.

- Legal, você me deixou tomar um belo banho de chuva, para ajudar sua amiga?

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Место, где живут истории. Откройте их для себя