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     Estava deitada sobre o sofá da sala olhando atentamente para a televisão, onde um rapaz havia acabado de matar um Alien. Suspirei pegando o controle as mãos e observando quanto tempo faltava para acabar o filme e começar outro. Faltava cerca de 40 minutos. Buli se mexeu ao meu lado e olhei para ele atentamente e comecei a acariciar o topo da sua cabeça.

Fazia cerca de duas semanas que eu não falava com Grenw. Eu tentei, mas toda as vezes eu pensava em lhe dar uma chance para conversar, eu começava a chorar sem perceber. Então, escolhi a opção ser covarde e fugir. Todas as vezes eu fugia.

  Olhei para o teto do apartamento e me celular vibrou novamente sobre a mesa de centro. Já não era a primeira vez que ele me notificava que tinha mensagem, mas a verdade é que também não estava afim de falar com pessoas. Mas, o outro ser continuava a mandar mensagem, por que a porcaria do celular não parava de apitar.

Luna:
Bea, você tá ocupada?
Bea?
Beatriz?
Bea?
Ei
Olha o celular, faz um favor.
Se arruma, estou na sua casa em 20 minutos.
Beatriz!!!!
Ok, quero nem saber, estou chegando. Coloca uma roupa boa, vamos ao shopping.
Chego em 10 minutos.

Eu:
Não vou, não tô afim de sair de casa.

Luna:
Você vai, não adianta falar que não. Nem que eu tenha que te arrastar até o carro, você vai.
Vai se arrumar, tô chegando.

Suspirei fundo largando o celular no sofá. O pior da Luna, é que assim como o Alexandre, ela não desiste fácil. E sempre cumpri o que fala. Me levantei do sofá indo até o quarto lentamente e colocando minha roupa de trabalho dentro da minha bolsa. Coloquei uma roupa extremamente básica e olhei para meu cachorro parado a porta do quarto.

- Aí, buli. Eu só queria ficar em casa. - Ele torceu a cabeça de leve, como se tentasse adivinhar o que eu estava dizendo. Ouvi meu celular apitar novamente. - É, acho que chegou, né... - Acariciei meu cachorro e peguei meu celular trancando a porta do apartamento e descendo as escadas lentamente.

  - Cadê o celular, o coisa bonita? - Me sentei ao banco do passageiro segurando o celular de qualquer jeito na mão e deixando no campo de visão dela. - E por que não me respondeu?

- A verdade? Não estava nem um pouco afim de sair de casa hoje, Luna.

- Ah, Bea. Nem vem com essa. - Ela suspirou e acelerou o carro alguns minutos depois que eu fechei a porta. Olhei para os bancos traseiros vendo Roberta, ela sorriu quando nossos olhos se encontraram e sorri de volta, abaixando o olhar logo em seguida.

- Oi, Roberta...

- Oi, Bea. Como você está? Melhorou?

- É, já estive melhor, mas tô melhorando. - Ela me observou atentamente.

- E o Grenw? - Olhei para Luna rapidamente. - Falou com ele?

- Não... - Luna suspirou ainda de olhos na estrada.

- Beatriz. Você não vai conseguir fugir sempre.

- Eu sei, mas...

- Roberta, como está o Grenw?

- É... A verdade é que não sei. A última vez que vi ele, foi a duas semanas atrás, e ele não parecia muito legal. - Abaixei o olhar.

- Tá vendo, Beatriz. Não é só você que não está legal. Para Grenw também foi um choque, mas se vocês ficarem afastados... Isso vai acabar estragando o que há entre vocês. - Ela Suspirou mais uma vez e se calou. Movi meu olhar para a janela.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Where stories live. Discover now