#16

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    Beatriz.

    Já havia se passado cerca de uma semana desde que eu perdi a paciência e agredi Loan, e praticamente todos ainda não entenderam que ele começou, e continuam me encarando irritados. Eu ligo? Na realidade, não. Mas meu ódio pelo Loan está tão grande, que sinto que posso a qualquer momento matar ele.

     Estava indo para casa, depois de um longo dia se trabalho. Andava pela calçada deserta, onde a única coisa que se escutava era o som dos carros que atravessavam a pista atrás dos prédios. Andei sem fones, para ter uma segurança maior. Mas, do mesmo jeito, acabei me chocando com alguém. Fiquei em silêncio e continuei meu caminho.

     — Ei, olha para onde anda. – Suspirei.

     — Desculpe.

    — Vai simplesmente me dar as costas, estranha?

   — Sim, já reconheci sua voz, e não estou afim de ter que brigar com você novamente. – Viro um pouco minha cabeça encarando Loan.

     — Há, mas e aí, me diga, como foi seus dias de suspensão?

    — Foram normais, e o seu pescoço, como está ? Quebrou? Fiquei sabendo que mais um pouco, eu o quebrava. Devia ter quebrado.

    — Há, você é muito fraca para sequer torcer meu pescoço. – Sorriu  sarcasticamente. — Não acha que uma garota, não devia estar andando sozinha a rua? Ah, esqueci, você não é considerada uma garota. – Suspirei, dando indiferença para esse garoto.

   — Você também não pode ser considerado um garoto, já que agrediu uma MULHER e depois ficou fazendo drama. Mas, nem por isso eu estou te julgando.

   — Você não tem controle de sua boca, não é? Está em desvantagem e continua a fazer piadinhas para esconder seu medo.

    — Há, há. Quem disse que tenho medo de você? – Deu um passo para trás, sorrindo.

    — Devia.

   — Por que?. – Senti uma mão alcançar meu braço e me puxar para trás, logo outro braço percorreu meu pescoço me dando um Mata-leão.

    — Por que sou um homem, além de super popular. – Se aproximou de mim.

    — Para outras pessoas, você deve ser considerado homem e popular, para mim não passa de um garotinho.  - Seus olhos me encaravam quase saltando a face em minha direção, podia ver as suas veias se dilatarem e pulsarem, tão rápido quanto minha pulsação, senti um impacto em meu rosto que o virou, soltei um grunhido , meu rosto começou a queimar e arder e quando abri meus olhos a vista estava um pouco turva mesmo assim pude ver,  Loan abaixar o braço e me dar mais dois socos no estômago,aquele desgraçado, filho de uma mãe, de dentro de mim brotou uma efervescência que me impulsionou, era como se estivessem  sido possuída , bati meu cotovelo contra o estômago de Bruno o fazendo de inclinar me soltando e voei no pescoço do Loan com as minhas unhas cravando e rasgando a sua pele o fazendo gritar de dor.  Pulei ao chão novamente e pude ver seu rosto vermelho olhou para os lados oque parecia algum sinal para seus companheiros.

    Aqueles malditos socos no estômago doíam e muito ,fazia um tempo que não sentia essa dor novamente, percebi que cada vez mais eles se aproximavam, Eduardo veio com um soco em minha direção ,mas lembrei de minhas aulas e assim peguei sua mão a torcendo e a levando ao seu pescoço fazendo uma gravata ,meu rosto próximo ao seu ,podia sentir sua respiração acelerada.....será que estava ...com medo ?

     — Pode vir. – Sorri para Loan, mesmo doendo, tinha que ser forte, e suportar as dores.

    — Que dó de você. – disse ironicamente. Buno veio em minha direção , segurei os cabelos do tal se Eduardo que estava entre meus braços e choquei sua cabeça contra aquelas latas de lixo enormes que ficam nas calçadas ,o fazendo desmaiar com um corte na testa. Bruno estalou os olhos , parou por um momento movendo seu olhar em direção ao Loan, que o gritou "vai " e ele veio, idiota. Braços esticados e punhos fechados na minha direção, defendi com os braços o primeiros golpe ,mas não consegui evitar o segundo com a mão esquerda que acertou minha costela e me fez soltar um gemido de tirar o fôlego. Me curvei por alguns segundos e logo encarei ele irritada. Me aproximei do mesmo e comecei a distribuir socos aleatórios pelo seu rosto. Estava defendendo todos, isso estava me irritando. Com um impulso dei um golpe fazendo meu pé se chocar contra seu rosto. O mesmo virou o rosto e começou a cuspir um pouco de sangue. Caiu ao chão assim como eu, menos um. Havia outro vindo em minha direção, ia andar na direção dele também, mas algo prende meu pé, olho rapidamente para o garoto que está ao chão mas mesmo assim, continua segurando meu tornozelo. Quando olhei novamente para frente, sinto uma mão entrar em contato com o meu olho esquerdo. Direcionei minha mão para o olho, e pisei com tudo na mão do garoto deitado que soltou meu tornozelo.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Where stories live. Discover now