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Alguns dias se passaram, e em pleno sábado estava observando atentamente a um tempo meu chinelo ao lado da minha cama. Pássaros cantavam ao outro lado da janela. Eu sabia, ainda eram cerca de 7h30 da manhã. Me levantei lentamente e andei até o banheiro. Não demorou muito para mim descer as escadas já arrumada para um dia assistindo filmes. Nada combina com dia de chuva, como um sábado de chuva.

  A cozinha estava bem barulhenta, adentrei a mesma. Alexandre estava sentado a mesa junto a minha mãe, enquanto meu pai estava fazendo panquecas para o café da manhã.

- Bom dia, bom dia. - Andei até o armário ao lado da geladeira pegando uma caneca.

  - Bom dia, filha - Meu pai sorriu.

   - Bom dia, Bea. - Alexandre levou a xícara aos lábios tomando um gole do que eu acho que seja leite com café.

  - Bom dia, amor. - Minha mãe se levantou me dando um beijo a testa. - Dormiu bem?

  - Sim, só tirando o fato que acordei cedo em um final de semana, mas dormi bem. - Ela sorriu e foi até meu pai.

   - Ficando velha, ein. - Encarei Alexandre sem enteder.

  - Como assim? - Minha mãe se aproximou.

  - Hoje é seu aniversário, filha. Esqueceu? - Ela sorriu me abraçando. - Parabéns, meu amor. - Nossa, tanta coisa aconteceu durante esses dias que tinha até me esquecido que iria completar 18 anos.

  - Parabéns, filha. - Meu pai sorriu de onde ele estava e continuou fazendo o que estava fazendo.

  - Parabéns, Bea. - Alexandre se levantou vindo em minha direção e me abraçou. - Chegou o momento em que a senhorita responde pelos seus atos. - O Encarei surpresa e sorriu lhe dando um soco ao ombro. Ele começou a rir e se afastou.

- Obrigada, gente. - sorri e me sentei para tomar café.

- Diga-me, quais são seus planos para hoje? - Alexandre me encarou.

  - Eu não sei ao certo, mas vou fazer trabalho com o Grenw e voltar para casa e assistir filmes.

- Mas já vai na casa do Grenw? - ele levantou uma sobrancelha.

- Tenho trabalho para fazer, Ale. - Suspirei.

- Trabalho, hum. Trabalho, sei bem como é esse tipo de trabalho.

- Alexandre! É trabalho mesmo. - Ele sorriu e deu de ombros.

  - Sei. Tá bem. Tá bem.  - Tomei meu café reunido com a minha família e depois de um tempo fui para casa do Grenw.

  Bati de leve a porta e uma moça que vestia uma roupa preta e branca, básica a abriu.

  - Olá, gostaria de falar com o Grenw. - Ela sorriu me dando passagem.

- Me siga, por favor. - Fechou a porta e começou a andar. Passou pela cozinha de jantar e abriu uma porta revelando uma sala de estar magnífica. Ela olhou para dentro do cômodo e moveu seu olhar para mim.

  - Sinto muito, mas ele está dormindo nesse momento. Gostaria de esperar a sala de jantar?

  - Não, não. Ele vai acordar. - A observei sorrindo. Ela me lançou um olhar sem enteder e adentrei a sala. Peguei uma almofada a mão.

- Cuidado... -  A encarei sorrindo.

- Não se precupe. - Joguei a almofada na direção do garoto. A almofada entrou em contato com seu rosto o que o fez dar um pulo do sofá e quase cair ao chão. Me encarou surpreso e fechou o livro que estava em seu colo.

- Por que você fez isso? - Seu olhar estava irritado. Dei de ombros.

- Você tinha que acordar. Temos trabalho para fazer. - Ele suspirou e se levantou.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora