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   Acordei até que bem, hoje era um sábado de sol, fui até o banheiro. Estava pensando no que o Grenw me disse, então seria esse um dos motivos dele ser um babaca ?

  Desci as escadas indo em direção a cozinha onde Roberta estava sentada com uma revista na mão e na outra um biscoito .

      — Bom dia! - Roberta deu um leve sorriso abaixando a revista.

 . — Bom dia. Café? - Aponto para a garrafa.

    — Sim, eu fiz café. Ei, oque vai fazer hoje ? - Me encarou sorrindo, eu não entendo como ela consegue sorrir 24 horas por dia.

      — Obrigada. - Dei de ombros para a segunda pergunta pegando uma xícara.


      — Beatriz, vamos lá, compartilhe comigo. - A encarei friamente e balancei a cabeça negativamente. — Poxa, que maldade.
  
    — Tchau. - Coloco a xícara a pia e pego minha mochila saindo da casa.

     Um tempo de caminhada depois, eu chego a clínica veterinária, um lugar no qual eu presto serviços comunitários, sabe, eu dou banho nos animais, curo seus machucados e esse tipo de coisa. Por que ? Bom, é complicado de explicar, mas eu realmente amo animais, eu acredito que são mais puros que os humanos, afinal, eles não julgam os donos pela cor da pele, pela opção sexual, ou ainda mais, pela aparência.
  
     O mais engraçado, que nessa clínica eu fiz um grande amigo, sim, uma amigo de quatro patas, ele era um cachorro que poucas pessoas percebiam, consequentemente, eu comecei a ter muito amor por ele, e assim foi, foi batizado de buli, e ganhou até uma coleira. Na verdade, ele já possui dono, que no caso, sou eu, mas como não posso levar ele para casa, Ana, a dona da clínica, cuida dele para mim.

    Alguns dias haviam se passado, e finalmente, tudo tinha voltado ao seu devido lugar, meus pais haviam voltado da viagem a trabalho, ou seja, aqueles dois adolescentes tinham ido para suas devidas casas. Além disso, Grenw meio que diminuiu sua babaquice, mesmo Loan ainda me enchendo a paciência, ele evitava bastante, não era um doce de pessoa, mas também não era aquela coisa chata que era antes. Mesmo ignorando freneticamente André, ele ainda insistia em ser meu amigo, é sério, eu realmente não entendo essa garoto.

     Estava deitada a cama, o relógio já marcava cerca de 19horas, finalmente paz. Era oque eu achava, não se passará nem 5 minutos quando meu celular começou a tocar, observei o mesmo, número desconhecido, geralmente eu não atendia, então apenas desliguei, novamente começou a tocar e acabei atendendo. Descobrindo no fim, que era Roberta, a garota que estava ficando aqui em casa junto ao irmão. Me dissera que precisava de minha ajuda, estava numa festa não muito longe daqui e estava em enrascadas. Suspirei irritada e me levantei colocando uma roupa e sai de casa, tenho algumas perguntas básicas para mim mesma. Primeiro, por que me chamar, justo eu? . Segundo, por que eu estou indo ? Entendo que disse que caso ela precisasse de mim, poderia me chamar, mas foi só da boca para fora.

     Cheguei ao lugar indicado um tempo depois, o observei de longe o lugar, e me arrependi de ter vindo, era uma festa adolescente, aquelas famosas e nojentas festas de adolescentes, todo mundo bêbado, drogado e se pegando. Eca! Adentrei ao lugar me esquivando de todos os jovens enquanto procurava a garota, aquela música alta estava me irritando, sério a música estava literalmente alta, minha cabeça parecia que ia explodir. Observei uma escada e subi as pressas, pisquei lentamente suspirando pesadamente e comecei a andar pelo minúsculo corredor até me deparar com pessoas que eu menos queria.

    — Ora ora ora, se não é a estranha. Você sabe que está muito longe de casa, não é ? – Sabrina me olhou de cima a baixo e sorriu sarcasticamente
— Que roupa é essa?

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora