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    Depois de todos os dias que passamos "acampando", finalmente estava de volta a casa. Quer dizer eu voltei a uma semana atrás, mas a preguiça de lembrar, não conta? Eram em torno de 6 horas da manhã. Eu estava irritada já que me despertador soará cedo, e no dia anterior havia ido dormir tarde. Eu sei que o despertador não tinha culpa, mas nesse momento ele estava ao chão, com algumas partes faltando. Segurei ele as mãos colocando de volta ao lugar, e decidido que mais tarde iria arrumar ele. Depois de 20 minutos me arrumando, desci as escadas com minha mochila e meus fones auriculares.

- Bom dia. - Alexandre lia um jornal e segurava uma xícara de café a outra mão. Se fosse analizar bem, e colocasse um óculos, iria parecer um pai, mas caso eu diga isso, bom, ele me mata.

  - Bom dia. - Andei até a mesa onde estava a garrafa de café. - Acordou cedo hoje, em senhor.

- Não, eu sempre acordo cedo. - Ele fechou o jornal me encarando.

- Na verdade não, você acorda depois das 7 horas, e nesse momento, ainda são 6h25 minutos. Então, você acordou cedo hoje. - Ele Suspirou e sorriu.

- Bom, hoje foi uma excessão.

- Entendo. Tchau, então, vou indo. - Sorri colocando a xícara a pia, e andando até a porta, mas ele me segura antes de eu chegar.

- Pode me esperar, eu vou com você. - Suspirei afirmando com a cabeça, e não demorou muito para ele pegar seu casaco e sairmos de casa.

Já próximos do portão da escola, nos entre olhamos. Ele Suspirou bagunçando meu cabelo. Me encarou levantando uma sobrancelha quando alguém me chamou.

- Beatriz. Quanto tempo. - André se aproximou de mim me abraçando. Permaneci precificada, sem mover um músculo. Eu não lembro ao certo de lhe dar essa liberdade, mas, não reclamo.

- Oi, André. - Ele sorriu amigavelmente. Escutei Alexandre forçar uma tosse e olhei para ele. - Alexandre, esse é o André, André, Alexandre. - Alexandre balançou a cabeça afirmando, como um, "prazer em conhecer, mas se afasta dela". Enquanto André sorriu. Colocou seu braço em volta do meu pescoço e saiu me puxando lentamente. - Ei... Tchau, Ale. - Segui aquele garoto. Mesmo não querendo.

Ao decorrer da semana, foi exatamente a mesma rotina. Casa, escola, trabalho, casa. E se repetiu durante vários dias. Não teve nenhuma diferença relevante, que contasse realmente. Apenas os mesmo diálogos, mesmas pessoas, e assim vai.

  Em plena uma sexta-feira de lua cheia, estava andando pela calçada enquanto observava o céu estrelado. Andava em direção a uma nova discoteca que abriu ao centro. Não faz meu tipo, já que não me interesso por eventos que envolva diversas pessoas, mas, fui praticamente obrigada a ir. Roberta me encheu a paciência, e no final, acabei cedendo.

Se possível ver de uma certa distância, luzes extremamente brilhantes, e silhuetas pulando. Eu Suspirei fundo. Queria me dar alguns estalos, por que raios eu tive que vir aqui. Adentrei o local bem iluminado e pisquei diversas vezes os olhos para me acostumar com a iluminação. Ao fundo escuto alguém gritar meu nome e movo meu olhar naquela direção. Observo Roberta balançar freneticamente os braços e sorrir. Solto outro suspiro seguido por um passo, e começo a ir naquela direção.

  - Você finalmente chegou. - Ela me abraçou sorrindo.

- É.

- Não fica brava, Bea. Eu só quero que você se divirta. - Eu Suspirei.

- Eu sei, Roberta. - Novamente um sorriso confortador brotou em seus lábios enquanto me puxava para um dos bancos.

- Não fica emburrada. - Grenw sorriu me encarando.

- Não estou emburrada. - Seus dedos percorreram meus lábios e segurou meu queixo virando delicadamente para fitar meus olhos.

- Não é o que parece. - Afastei sua mão corada e desviei o olhar.

- Não enche, Grenw. Eu só estou na minha.

- Resumindo, emburrada. - O Encarei. O sorriso arrogante permanecia em seus lábios. - E sabe, você é realmente fofa, e digamos, linda, quando está emburrada. Parece uma criança. - Eu não sabia se corava pelo breve elogio, ou se lhe batia por me chamar de criança.

- Idiota. - Soltei uma risada amarga. E ele me abraçou, algo que foi bem inesperado.  - Ei.

  Narradora:

Ao lado de fora do local, havia uma van preta parada ao outro lado da rua. Ao lado de dentro era possível ver um rapaz de no máximo 30 anos, falar a um telefone enquanto observava atentamente através do vidro, mirando na direção do lugar.

- Chefe, a encontrei. - Ouviu uma risada diabólica do outro lado da linha, o que o fez afastar o telefone do ouvido.

- Ótimo. Mudou muito desde aquela época? - O rapaz percebeu o tom de ironia em sua voz.

- Sim, mudou bastante. Mas, é fácil localizar uma pessoa com história.

- Sim, eu concordo, cadete. Me mande a localização da garota, temos contas a acertar.

- Sim, mas, o que eu faço agora?

- O que você faz agora? Que pergunta mais idiota. Você continua vigiando ela, e me informando de cada passo, caso contrário, eu corto sua garganta. - O rapaz engoliu em seco.

- O-Okay, chefe. - Já não era possível ouvir a voz do senhor, então o rapaz tirou o telefone do orelha e continuou observando.
    

    
    
  

   

 

   
   

    
 
   
    

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora