Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).

#52

     Abri os olhos lentamente vendo alguns raios de sol aparecerem sobre o chão perto da janela, provavelmente já era de manhã e eu havia dormindo, mas quando eu dormi, eu realmente não lembro. Olhei ao meu lado e não havia ninguém, me sentei brevemente a cama coçando os olhos.

  - Bom dia. - Olhei em direção a porta do banheiro de onde Grenw sairá com uma toalha em volta do pescoço. Levava um sorriso encantador aos lábios.

- Bom dia. - Sorri brevemente desviando o olhar logo em seguida.

- O banheiro está livre, se quiser usar. - Apenas aceno com a cabeça enquanto permaneço sentada a cama. Ele se senta a minha frente me olhando, o que me faz desviar o olhar novamente. - Está tudo bem?

- Sim. Só, estou com sono.

- Pode voltar a dormir, se preferir. - Balancei a cabeça.

- Sebastian ainda não abriu a porta?

- Não, ele vai abrir só na parte da tarde. - Soltei um longo suspiro. - Mas, dá para a gente assistir algo, se você quiser, é claro.

- Pode ser... - Me levantei lentamente olhando para ele. - Tem alguma roupa para mim colocar? Eu não trouxe nenhuma minha, e...

- Tem sim, a esquerda tem algumas camisas minha, e do lado tem uma calça ou um shorts, não lembro. Pode usar. - Aceno com a cabeça, eu não estava brigada com ele, na verdade tínhamos nos reconciliados, mas usar roupas dele, era um nível superior. Eu sempre amei seu perfume, e adorava abraçar, apenas para sentir seu perfume.

Fui em direção ao banheiro e tomei um banho quente. Fiquei bastante tempo embaixo da água, deixando-a cair sobre meu corpo. Coloquei a roupa que havia pegado do Grenw e sai do banheiro. Grenw permanecia sentado a cama com as duas mãos apoiadas atrás do corpo enquanto assistia alguma coisa a televisão. Nossos olhares se encontraram e ele sorriu.

- Encontrei um filme que tenho certeza que você vai gostar. Constantine, John Constantine. - Sorri, eu realmente admirava esse filme.

- Que legal. - Me sentei ao seu lado enquanto assistia. Não demorou muito para deitarmos a cama exatamente no momento em que John Constantine se concentra ao gato e desce até o inferno. - Acho que ele foi o melhor Constantine. Não vejo a hora de uma continuação.

- Eu também, mas, se tiver continuação, o que será que vai acontecer no filme? - Seus olhos encontram os meus.

  - Não sei, provavelmente ele irá ficar com a principal, e terão que resolver algum mistério, digamos assim. Mas quem sabe, tudo pode acontecer. - Um sorriso brotou em seus lábios. Um sorriso fofo. Suas mãos subiram para minha bochecha enquanto acariciava lentamente. Começou a se aproximar, cada vez mais. E foi nesse momento que nossas bocas se encontraram. Um beijo lento, mas ainda assim, intenso.

Seus braços rodearam minha barriga me puxando para mais perto. Levei minhas mãos ao seu cabelo puxando seu rosto para mais perto, aprofundando o beijo.

   Uma luz clareou o quarto e uma voz ecoou pelo lugar. Me afastei de Grenw corada e olhei em direção a porta onde Sebastian permanecia de braços cruzados encostado a porta. Sebastian levava uma expressão brincalhona ao rosto, diferente de Grenw que parecia irritado.

- Já chega, pombinhos. - Grenw se levantou da cama indo em direção ao primo, e não sei bem o que aconteceu, Sebastian se afastou de porta saindo do quarto e andando rapidamente pelo corredor. Enquanto Grenw andava rapidamente atrás do garoto. Ele está, irritado?

Soltei uma risada e me levantei da cama, peguei meu celular e desci as escadas indo em direção a cozinha. Leontina estava fazendo o café e sorriu quando me viu.

3 meses depois...

Havia acabado de sair do trabalho, o sol estava escondido atrás das várias e várias nuvens cinzas. E uma brisa gelada passava pelos meus braços nus, o que me fazia estremecer. Andava em direção a minha casa, e rezava para que a chuva esperasse um pouco antes de despencar.

  Consegui chegar a tempo, e no exato momento que coloquei meus pés para dentro, uma chuva sinistra despencou do lado de fora. Raios cortavam o céu, seguidos por trovões. Buli estava desesperado sobre minhas pernas, eu sabia, ele morria de medo de trovões.

  A campainha soou, olhei para porta com um olhar duvidoso, quem viria a essa hora, com essa chuva para minha casa? Isso me trás lembranças. Me levantei lentamente e andei até a porta, quando a abri Grenw estava parado a porta, todos encharcado e com uma sacola as mãos. Seus olhos me observaram por alguns segundos e ele sorriu em uma risada sem humor.

- O que você está fazendo aqui? - Puxei ele para dentro fechando a porta logo em seguida.

- Você não foi me ver, então vim até você. - Suspirei fundo.

- Desculpe, eu acabei de chegar do trabalho e começou a chover, então...

- Tudo bem, não tem portância.

- Vai se trocar, tem uma troca de roupa sua no meu quarto. - Ele apenas acenou brevemente e desapareceu pelo corredor. Coloquei a sacola a bancada da cozinha e abri revelando muitas guloseimas. Dei de ombros, e tirei todas da sacola para não molhar mais.

  - Essa camisa está com seu perfume. - Olhei brevemente para ele e soltei um sorriso envergonhada.

- É... A verdade é que uso ela para dormir, então.

- Ontw, que fofa. - Revirei os olhos e sorri. Andou lentamente em minha direção e me abraçou. - Eu realmente estava com saudades. - Olhei para ele. - Você está bem?

- Estou sim, e você?

- Estou sim, Ma Belle. Como foi o trabalho hoje?

- Cansativo. - Suspirei e ele me segurou me tirando do chão.

- Ei, ei. - Escutei ele sorrir e me levar até o sofá.

- Sente-se aqui. Vou pegar algo para comer. - Apenas concordei com a cabeça e logo ele apareceu com um pacote de chocolate. Começamos a conversar enquanto comíamos. Até que em um momento as coisas começaram a esquentar, extremamente.

   Sem perceber nossos lábios estavam pressionados um sobre o outro, enquanto suas mãos navegavam pelo meu corpo que respondia com longos e longos arrepios. Sua boca desceu em direção ao meu pescoço e soltei um suspiro sedento. Grenw me segurou ao colo enquanto voltava a me beijar e começou a andar lentamente até o quarto.

 - Eu te amo, muito. - Grenw havia me colocado na cama e estava por cima, me observando atentamente, sorri diante de seu olhar e sussurrei.

- Eu também amo você. - Ele sorriu e nossas bocas voltaram a se encontrar. 

(...)