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    8 meses depois ...

     E já fazia um tempo desde tudo aquilo ocorreu, e vai por mim, não tinha ocorrido nada de muito interessante na minha vida nesse período, apenas eu, muito cansada, pois agora a antiga só lanchonete, depois de uma reforma virou uma Lanchonete/ Café e sou a " Gerente" do empregados novos, um desafio para ser sincera.

    Mas não reclamo, minha vida voltou a ser o que era antes, sem paixonites. Mesmo sentindo muito a falta do Grenw, não tinha notícias dele já fazia quase 4 meses. Enquanto pensava nisso tudo, limpava o balcão onde geralmente sentava as pessoas que não se interessavam em sentar em grupos ou aquelas que queriam bater um papo aleatório com a garçonete. Porém, pelo horário não estava tão movimentado como o habitual, apenas um rapaz alto não muito velho, deveria ter em torno de uns 20 anos, com um chapéu que se usava muito no século anterior e um traje social, sentado a dois bancos de distância de mim. Isaac que estava sentado a minha frente tomando um café preto e me dando altos sermões. Além de uma ou duas pessoas sentadas nas mesas.

    Enquanto no fundo tocava uma música animada, conhecida por The Other side - The Greatest show, e eu amava essa música, o que me fez movimentar a boca como se estivesse cantando mas sem nenhum som sair de minha boca. Despejava um pouco de álcool em gel sobre o papel toalha e logo passava sobre o balcão. 

- Eu estou falando sério, gata. Não me ignore. - Continuei fazendo o que eu estava fazendo sem dar muita atenção ao Isaac. 

- Eu não estou te ignorado, eu só não quero falar sobre ele. - Ele soltou uma risada irônica.

- Quer sim, mas tem medo. Olha, gata, eu sei que você ainda ama ele, e na real, ele tentou falar com você, mas você fica se bancando de difícil, olha ai, está solitária. 

- Eu não estou solitária, Isaac. E, não foi bancar a difícil, é mais medo do futuro mesmo. 

- Está sim, só não me ofereço para curar sua carência, por que seu coração já pertence a outro. - Ele deu um gole rápido ao café e me fitou novamente, enquanto eu soltava uma risada. - Todo mundo tem medo do futuro, minha cara, mas você deve se conter e aproveitar o presente, e quando o futuro chegar, você não terá mais medo, por que já será o presente. - Soltei um suspirou.

- Você está bem filosófico, esse café não está te fazendo bem. - Ele sorriu.

- Esse café tá ótimo, mas é serio, Beatriz. -  O encarei surpresa, essa era a primeira vez em um tempo que ele me chamava pelo meu nome. - Vai falar com ele. - Revirei os olhos.

- Tá, vou pensar. - Ele suspirou. 

- Vou indo nessa. Tchau, gata. - Ele deixou o dinheiro do café e saiu do estabelecimento. - Continuei limpando e não demorou muito para o cara de antes, de chapéu começar a falar comigo. 

- Você deixou alguém extremamente importante para você ir embora, não é mesmo? - O encarei surpresa.

- É... Perdão?

- Você, Beatriz. - Ele olhou ao me crachá. - Deixou alguém ir embora, por que deixou?

- Perdão, moço, mas eu realmente não sei do que você está falando, e nem quem é você.

- Oh, perdoe-me. Sou Edward.  - Ele levou sua xícara a boca.- E você não me respondeu. O que fez para que ele fosse embora? - Eu suspirei fundo. 

- Digamos que ele foi idiota o suficiente para acreditar em alguém que não valia a pena. 

- E você deixou ele ir sem ao menos falar com ele?

- É... Quase isso. Destino não quis, então...

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora