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Abri meus olhos lentamente, pisco algumas vezes até conseguir observar tudo a minha frente nítido. Havia um guarda-roupa todo branco, e a frente havia um pequena escrivaninha. E, não eram minhas, não que eu me lembre. Meu guarda-roupa não era branco, e eu não tinha pôsteres colados a minha parede de frente para a cama. Movi meu olhar para meus braços onde uma manga caia até metade do cotovelo. Levantei um sobrancelha em dúvida, acompanhei a extensão da camiseta até a barriga e observei atentamente o seu bordado. Eu com certeza não tinha uma camiseta assim.

   Senti algo quente entrar em contato com a pele da minha barriga, para ser mais exata, eram dois braços que se entrelaçam na minha barriga. Arregalei os olhos olhando atentamente para os braços, uma dor de cabeça profunda me atacou e por alguns segundos esqueci que havia uma pessoa ao meu lado. Senti ela suspirar fundo e olhei em seu rosto. Ele dormia profundamente. Espera, se eu estou deitada aqui, apenas com uma camisa que vai ate meus joelhos, sem calça ou shorts, e ele está do meu lado, apenas de shorts, então.... NÃO!

- Não, não! - Seguro um dos seus travesseiros e começo a acertar seu rosto. - Filho da mãe... O que você fez comigo?! - Acabo parando quando uma tontura sinistra me faz deitar novamente.

- Ou, ou. Que jeito mais agressivo de acordar a pessoa que você passou a noite. - O encarei assustada. Seus lábios formavam um longo sorriso provocador. Dei um tapa em seu braço, e novamente segurei o travesseiro arremessando dele.

- Grenw, eu vou te matar! - Continuava acertando sua cabeça com o outro travesseiro.

  - Por que? Você não reclamou noite passada. - Parei por alguns segundos e voltei a chocar o travesseiro com o seu rosto com mais força. Eu estava extremamente com raiva.

  - Idiota! - Suas mãos seguraram meus braços e ele me virou na cama ficando por cima. Segurava delicadamente meus braços, mas firmes, um a cada lado do meu corpo. Ele sorriu quando seus olhos encontram o meu. - Me solta, Grenw! Eu vou te matar. Você é um galinha!

  - Sou? Está irritada? - Seu sorriso se tornou provador novamente e seus olhos me observaram com mais intensidade.

- Não, seu Idiota. Estou normal. É ÓBVIO QUE ESTOU IRRITADA! Eu não sou o tipo de garota que se diverte a noite, transando! - Tentei me debater.

-  Nunca disse que era. - Seu sorriso se fechou em um olhar sério.

- Então por que me arrastou para sua cama, seu galinha?! - Isso soou mais como uma afirmação do que uma pergunta.

- Por que você estava bêbada. Alterada. - Desviei o olhar.

- Impossível, eu não bebo. - Tentei me soltar dele. Mas seus braços estavam firmes.

- Ah, mas você bebeu, até demais. E no fim, caiu no sono. - Sorriu e com uma de suas mãos percorreu a extensão do meu rosto até meu queixo. Consegui me soltar dele e o empurrei na cama, mas ele me segurou e me puxou para si. - Não precisa ficar tão eufórica, eu não vou fazer nada que você não queira.

- Nem precisa, né. Você já fez! - Ele Suspirou colocando seu queixo ao meu ombro.

- Nunca disse que fiz algo. - Parei de me mexer olhando para frente por alguns segundos. Senti sua respiração e os músculos do seu peito tensos.

- O que? Mas, olha eu, estou vestindo só uma camiseta e você só um short. Então, tecnicamente...

- Não, Beatriz. Não fiz nada para ti. - Ele me soltou e pude ver seu rosto. De certa forma, sua expressão não mentia.

  - Então, por que... - Ele Suspirou levando a mão ao pescoço.

- Como eu disse, você estava alterada, e se jogou a piscina. Te trouxe a casa para não preocupar seus pais ou seu amigo. E, você estava molhada, então, troquei seu roupa.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Onde histórias criam vida. Descubra agora