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No dia seguinte, me encontrava andando pelo corredor principal da escola, parei diante de um painel onde anunciava as inscrições para o show de talentos, observei por um tempo, isso era interessante, mostrar seu talento para as outras pessoas, mas é então que vem aquela pergunta, que talento ? balancei a cabeça negativamente e continuei andando até ser barrada.

- Oi Nerd, então você vai participar do show de talentos ? - Sabrina colocou a mão sob a cintura e me encarou com um sorriso sínico, enquanto seu rebanho apenas ria.

- Não.

- É uma pena, eu realmente iria adorar te detonar na frente da escola e cidade inteira . - Seu sorriso aumentou um pouco mais mostrando um pouco de falta de base perto da boca. Apenas dei de ombro.

- Não vai ser dessa.... - Sabrina começou a falar mais alto que eu, oque me fez parar instantemente.

- Todo ano eu consigo ganhar o primeiro lugar, os juízes me aplaudem em pé, isso é uma honra que provavelmente você nunca irá ter. - Suspirei fundo, essa garota sabe como deixar as outras no fundo do poço. Senti um braço ser colocado ao meu ombro, olhei ao lado vendo André ali. Que intimidade é essa ?

- Oi Beatriz. Oi Sabrina. - virei um pouco a cabeça para o lado oposto a ele e Suspirei.

- André... Oi. - Todas as garotas a minha frente se alinharam e abriram um sorriso do tipo " Você é lindo, te quero." Oque faz sentido, por que mesmo não querendo admitir, André é um garoto diferente, mas consegue ser muito bonito.

- Espero que não estejam enchendo o saco da minha amiga . - O encarei friamente tirando seu braço do meu ombro.

- Não, não . Só estávamos conversando. - Mas que garota mentirosa, oque que algumas não fazem por beleza, não é. Comecei a andar passando por entre as garotas e indo em direção a minha sala.

- Ei Bea, calma aí. - Suspirei fundo fechando meus olhos e logo abrindo.

- Você está brava ?

- Não! - Continue andando.

- E por que está com essa cara ? - Parei diante do mesmo o encarando.

- Primeiro, não me chama de Bea por que você não tem essa intimidade. Segundo, amigos ? Nós não somos amigos. E terceiro, me esquece, garoto. - o vi sorrir.

- Por que não somos amigo, Bea ?

- Por que não .

- E por que não, Bea ? - Bufei e voltei a andar.

- Ei. - Ficou a minha frente enquanto pegava um pedaço de papel e escreveu algo nele.

- Se precisar, me liga. - Estendeu o papel.

- Não, Obrigada.

- Você vai pegar esse papel. Assim que precisar, só me chamar. - Colocou o papel ao meu bolso e saiu andando. Esse garoto não desiste nunca.

- Nunca que vou te ligar. - Sussurro para mim mesma e vou até minha sala.

Um tempo depois estava limpando uma das mesas da lanchonete enquanto observava o sol se pondo ao horizonte. Logo estava andando pela rua e observando a paisagem, estrelas, pobres estrelas, são ofuscadas pelo brilho das lâmpadas, mesmo tentando ao máximo nos alcançar com seu brilho, é sempre quase impossível.

Cheguei em casa alguns minutos depois, fechei a porta atrás de mim e observei ao canto da mesma duas malas de porte médio que pareciam estar bufando de roupas. Mas oque ?  Andei em direção a cozinha na procura da minha mãe.

- Mãe ? - A mesma apareceu a divisória entre a cozinha e a sala e me encarou com um brinco a mão.

- Oi filha . - Sorriu colocando o brinco.

- Por que as malas na entrada ?

- Eu junto ao seu pai, iremos fazer uma viagem á trabalho, e para não te deixar mais cansada, vamos levar o Victor .

- Legal , e por que não me avisaram antes ?- ando atrás da mesma.

- Por que recebemos a certeza hoje enquanto você estava a escola. E não queria te atrapalhar.

- Mãe. Você está escondendo algo de mim ? Seu rosto parece nervoso.

- Na verdade filha, um colega nosso de trabalho também irá com a esposa e o filho mais novo, então, decidimos que os outros dois filhos iriam ficar aqui com você, lhe fazendo companhia, até a nossa volta. Já que vocês possuem a mesma idade. - Me pai entrou ao cômodo.

- Vocês oque ? - Os encarei sem acreditar. - Eu realmente espero que vocês estejam brincando. Por favor, não quero ficar a uma casa com adolescente. - Digo observando meu pai.

- Desculpa filha, mas dessa vez não tem como voltar atrás. - Meu pai foi em direção aos quartos deixando apenas eu e minha mãe.

- Mãe, por favor. Não quero ficar a uma casa com mais dois adolescentes, já não basta eu ser uma adolescente em crise, você quer me juntar com mais dois ?

- Filha, você vai gostar deles. Eles parecem ser legais.

- Mãe, todo mundo parece ser legal, até um Serial Killer quando quer matar alguém, ele é legal com sua vítima. "Parecer" não é uma comprovação, certeza que devem encher a cara toda hora, eu juro que se for, eu chuto eles para fora em poucos minutos. - Minha mãe sorriu andando até mim.

- Beatriz, você precisa socializar mais com pessoas da sua faixa etária. Você só conhece gente, vamos dizer assim, velhas. A única pessoa que você realmente virou amiga e é da mesma idade que você foi o Alexandre, que infelizmente ainda mora em Curitiba. Querendo ou não, você precisa curtir sua vida, quem sabe arrumar um namorado.

- Mãe! Me responde uma coisa, por que vou "socializar" com adolescente? A maioria só pensa em beber e pegar geral. Isso é algo escroto, mas é a realidade. Então não, obrigada, prefiro ficar como estou. Namorado ? Há! - a mesma sorriu.

- Bea, nem todos são assim.

- Okay Dona Alice, quando encontrar algum garoto que não seja babaca, por favor, me avisa. - A mesma Assentiu e andou até a porta, abrindo a mesma e cumprimentando uma mulher alta ruiva, seguido por um senhor que aparentava ter uns 40 anos, logo o Lucas, e por fim , uma garota de cabelos pretos que entrou a porta rindo. Espera, essa é a garota que ajudei na escola aquele dia.

Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).Where stories live. Discover now