Diferente do meu Passado? ( A Rockeira e o Playboy).

# 9

   — Hey Beatriz, aquilo foi incrível! – me virei dando de cara com André, o encarei friamente me desviando e seguindo caminho. Escutei o mesmo soltar um suspiro seguido por uma risada e se alinhar ao meu lado. — Você está brava ? – Me encarava freneticamente.

     — Brava ? Por que raios, eu estaria brava ?

  — Ah, não sei, mas você parece brava.

  — Será que estou brava ? Será que estou brava depois que um garoto intrometido simplesmente escreveu meu nome no show de talentos sem eu querer ?

  —  Eu só quis ajudar ! – Parei e o encarei.

  — Me ajudar ? Como ?

  — Ué, agora as pessoas não vão mais te ver como estranha ou esquisita, e sim a garota que ganhou segundo lugar no show de talentos. Você vai ficar bastante reconhecida.

   — É esse o problema! Eu não quero ficar reconhecida. – voltei a andar um pouco mais rápido.

  — E por que não ?

  — Por que, a partir do momento que você conhece mais pessoas, as chances de você obter mais decepções no futuro, são bem maiores.

   — Pare de pensar assim! Meu Deus, você só vê o lado negativo das coisas. – Um dos meus livros simplesmente deslizou de minhas mãos caindo ao chão.

    — A maioria das ações da vida humana, são negativas. Se você parar para perceber. - Peguei meu livro ao chão.

   —Nem todas, se você ver as coisas pelo outro lado, o lado positivo, você vai perceber que tudo de ruim que acontece a cada ser, são meios para levarem eles para coisas boas! As vezes coisas ruins acontecem para que as boas possam acontecer, nunca ouviu esse ditado ? – Revisei os olhos e bati meu livro contra seu peito.

   — Já ouvi sim, Já tentei até cumprir, mas não deu nenhum resultado, para mim foi a mesma coisa de quando eu penso negativo. Então, respeite, cada pessoa tem seu jeito de ver as coisas. – Saio dali e vou em direção ao meu trabalho.

     Depois de um dia cheio no trabalho, abri a porta da minha casa não escutando nada, interessante, provavelmente não tem ninguém em casa, obrigada Deus! Entrei fechando a porta e dando de cara com o Grenw, o encarei bufando .

   — Eai estranha que manda bem no violão. – apenas o ignorei. — Boa noite, para você também!

  — Boa noite! – Comecei a subir as escadas. — Onde está sua irmã ?

  — Não sei, provavelmente saiu.  – Bufei e fui para o meu quarto, comecei a arrumar algumas coisas, eu tinha quase certeza que isso iria ser ao contrário, tipo, eu achava que seria o Grenw que não pararia em casa, mas até o momento, está sendo invertido. Enfim, isso não é problema meu. Andei até meu guarda-roupa e ao piscar tudo ficou preto instantaneamente, soltei um grito e comecei a andar lentamente com as mãos para frente em direção ao corredor, ao finalmente conseguir abrir a porta, sinto alguém me abraçar, estalo os olhos e começo a me debater, pronto, é agora que vou ser sequestrada.

   — Ei, Ei, se acalma! Sou eu. – Continuei me debatendo e me soltei dele.

   — O que você fez ? – O mesmo estava com uma lanterna acessa a mão.

    — Como é ? Você acha que eu que fiz a energia cair ?

   — É provável. – ele suspirou e começou a andar em direção que tenho quase certeza que é a escada.

    — Se você acha, problema é seu. – Tive que seguir ele por causa da lanterna, já que a burra aqui esqueceu de colocar o celular para carregar. Sentou-se ao gramado do quintal e desligou a lanterna, me sentei ao seu lado e comecei a fitar o céu.