Dezoito

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Eu estou sobrecarregada.

Minha cabeça doía ao ponto de sentir minhas pálpebras pulsar, esses últimos dias após assinar o contrato, Marlon aquele cretino do meu marido e chefe resolveu que não podia fazer nada sozinho, a cada segundo das últimas quarenta e oito horas ele me manteve ocupada e perto dele em todo momento como se eu fosse um membro importante de seu corpo que ele não podia viver sem.

Seja nas reuniões, ou discussões com alguém importante, ou nas tele-conferências, e meu trabalho era anotar cada maldita parte que ele achava ser importante para depois digitar e entregar um relatório de cada reunião em pastas com cores neutras diferentes, todas resumidas de forma legível e compreensível.

O que resultou em passar a última noite em claro revisando aquelas papeladas, resumi-lá detalhadamente, e separar em ordem alfabética e colocar cada uma em pastas por cores, o trabalho cansativo e de curto prazo resultou em vários copos de um bom café extra forte sem açúcar no decorrer da noite, só vim à dormir apenas as quatro horas da manhã.

Infelizmente, acordei as cinco pelo despertador indicando as esquecidas corridas matinais, e mesmo depois de desligar o barulho irritante não consegui mais dormir, um desejo primitivo de me fazer lançar meu aparelho celular janela a fora, quase venceu minha sensatez.

Eu precisava dormir.

Por milagre eu consegui vim ao trabalho sem sofrer um acidente de carro. No momento eu estava parecendo um viciado em cafeína que não dormiu, meus olhos não se matinha abertos; e minhas mãos tremiam ligeiramente, Cristina da recepção me olhava estranho .

Talvez porque minha blusa estava do avesso; ou, porque meus cabelos estavam um horror, ou minha cara estava mais pálida que o normal, ou as bolsas roxas em baixo dos meus olhos; indícios óbvios da noite sem dormir.

O pior de tudo era que eu estava sem uma maquiagem sequer para tentar esconder meu estado lamentável.

Não que eu fosse uma pessoa que se preocupa com o que os outros pensam; e se mantém desesperadamente no padrão de beleza exigido pela sociedade.

Pelo contrário eu não me importo; mais eu não podia impor essa opinião em meu local de trabalho, onde principalmente você devia se manter elegante e linda, com graça e esses montes de besteira. Então mesmo que não fosse o que eu queria; eu pelo dinheiro para pagar as contas do fim do mês  e comprar o que eu quisesse; eu trabalhava e seguia as regras impostas por aquela empresa a risca.

Por isso eu tentaria concertar aquela aparência de quem acabou de morrer e voltou a vida para algo um pouco mais aceitável. Assim que entrei no elevador me encostei na parede gélida em uma tentativa vão de me manter em pé.

O que me fez lembrar da época da faculdade, quê com todas as suas provas, simulados, escrever artigos, planilhas, e entre outros, nunca sugou minhas energias até aquele ponto.

Talvez porque não tinha alguém como Marlon para evitar, ou; se estressar tentando esquecer que aquele homem que eu convivia em meu local de trabalho e era forçada a vê-lo todo santo dia, vendo sua beleza máscula e sorrisos sarcásticos irritantemente sexy, que fazia qualquer mulher querer saber o que tinha em baixo daqueles ternos sobre medida, acontece que eu não precisava pensar, eu não tinha que o imaginar, pois  infelizmente eu já o tinha visto em toda sua glória.

E puta merda.

Por mais que fosse errado e absolutamente jamais eu iria  admitir em voz alto, mesmo que fosse ameaçada por uma arma.

Que homem! Sua beleza ultrapassava a de Ramone, e de todos os homens que já vi, e na cama ? Um deus do sexo com toda a certeza.

Desde o dia em que eu soube quem realmente era meu chefe. Meu cérebro fazia questão de me lembrar da noite inesquecível naquele quarto de hotel.

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora