MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)

Vinte e seis

POR MIRANDA

Não tenho idéia dos planos de Marlon, ou como ele resolveria o problemas das roupas de modo rápido sem levantar suspeitas de seus pais.

Mas mesmo que ele milagrosamente conseguisse dar um jeito, eu não estava preparada para as pessoas que me esperavam na sua sala de estar, me lembrei do olhar de sua irmã Emile, passei a mão sobre minha testa.

Definitivamente não daria para ir, afinal todas as vezes que a fosse encarar me lembrarei do momento constrangedor em quê ela nos pegou.

O que me levou a me perguntar como não escutamos ela antes que nos pegasse?

Me lembrei dos beijos que Marlon me dava, aqueles cheios de amor e ternura que esquentava minha pele deixando- as em brasas, que me arrebatavam em desejo puro e incondicional, de seu toque firme e delicado, tão decido que despertavam o monstro sexual em mim, e como ele tinha aquele poder de me fazer esquecer o mundo a fora; em seus braços eu esquecia meus problemas e o que seria para o amanhã.

Estava óbvio, a culpa era de Marlon, se ele não viesse com suas confissões amorosas e distribuísse aqueles beijos que deveriam terem um placa alertando dos perigos e consequências que sofreria com eles, eu estaria mais alerta, tomaria os devidos cuidados.

Agora o erro havia sido feito, não tinha como voltar e mudar tudo, por isso sair do closet e como foi pedido por ele banhei rapidamente e penteie meus cabelos rebeldes, escovei meus dentes, acabei enrolando-me no roupão de banho com as letras MW bordadas em letras cursivas, me encaminhei até a cama e esperei impacientemente.

Pensando e repensando, recriando o cenário próximo que me aguardava.

De fato eu tinha que reconhecer, era cedo demais conhecer os pais dele, justo no dia seguinte em que aceitei me jogar nesta relação, mas como esperado minha vida com Marlon Wenecker não era previsível.

Era como uma complexa caixa de maquiagem que enquanto abria a superfície e a puxava , ela iria revelando cada degrau de diferentes partes, uma para determinada função específica, diferente das outras, mas tão amadas.

Toquei o anel de casamento, um sorriso se abriu em meus lábios ao se lembrar de minutos atrás, de suas promessas, que não me deixava insegura, e meio hesitante como Ramone me deixou.

Ao contrário eu tinha total confiança nele,poderia ser presunção minha afirmar isso assim tão rápido, afinal eu não o conhecia além do resumo que tinha lido na Wikipedia, não deixando de lembrar que o conhecia apenas a poucos dias, diferente dos anos que passei com meu ex noivo que achei tanto conhecer, o que no final acabou me mostrando o quão errada eu estava.

Com Marlon, ele tinha aquela coisa que me fazia querer confiar incondicionalmente nele, nosso relacionamento era como andar em uma corda bamba com ele do outro lado me aguardando de braços abertos me incentivando a continuar, eu não sei quando errarei o passo quê será uma queda mortal para a realidade sem dúvidas dolorosa, ou, serão os passos corretos para chegar no fim, em segurança para ele.

Porém eu queria conseguir atravessar aquela corda bamba em segurança, evitar a queda mortal, para ama-lo tão intensamente como ele parecia mostrar com aquele sorriso largo e olhos azuis claros ao dizer uma frase cliché balançando à sacola de papel preta de uma famosa loja de roupas.

--Querida cheguei! .

Me levantei da cama e caminhei até ele sem estar esperando, Marlon surpreso me viu passar os braços sobre seus ombros e puxa-lo para mim.

O beijei para esquecer o nervosismo que martelava em minha cabeça com o encontro inevitável com sua família, para saber que tudo ficará bem. E o mais importante,encontrar coragem para os encarar e não causar más impressões, escuto a sacola cair no chão quando seus braços me puxaram contra ele, não sei de quem saiu o gemido necessitado, mas ao nós afastar contestei que ambos sentia a necessidade desesperadora de nós tocar, de nós unirmos em um só, e esquecer aonde nossos corpos começava e onde terminava, suas mãos apertaram minha cintura em busca de reprimir seu desejo.