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Por Emile

Olhei para as medidas na madeira da porta de entrada da  cozinha, toquei timidamente e ao lado de cada altura estava as inicias M.T e A.T na qual creio que seja minhas meias irmãs Amanda e Miranda.

Uma não sabe sobre esse fato; e a outra que sabe não faz a mínima idéia que eu saiba sobre o segredinho sujo de nossa mãe...

Olho para Amanda que estava sentada no chão do gramado do modéstio quintal com a grama bem cortada; ao lado de um lindo cachorro o mais fofo do mundo no qual tive o prazer de conhecer, Fury.

Vejo a loira virar e sorri verdadeiramente, as covinhas ao lado de sua bochechas - as mesma que as minhas - se aprofundaram enquanto me chamava, peguei na mesa a pequena bacia de plástico.

Caminho até ela me sento ao seu lado sem me importar se iria me sujar, Fury enterrou seu focinho em meu pescoço antes de lamber, sorri maravilhada com sua recepção.

Sempre quis ter um cachorro e ter um cachorro que mal me conhece me recebendo tão bem como se eu fizesse parte de sua família a vida toda me derretia por dentro.

-Oi.- sussurrei acariciando suas orelhas pontudas.

Vejo Amanda pelo canto de olho encher a bacia de água, e depois molhar um pequeno pedaço de algodão.

-Ok quem está pronta para ajeitar as unhas ?.-perguntou se voltando para mim em expectativa

Desde que viu minhas unhas grandes, durinhas e perfeitas - palavras dela não minha - sem nenhum esmalte Amanda exclamou que iria arruma-las ! Eu sei, eu mal tinha pisado na entrada da casa, mau tinha dito meu nome que em menos de seis segundos ela olhou para minha mão e disse que iria por cor ali, enquanto Miranda fosse fazer as compras para a janta, e o pai da mesma ainda estava no trabalho não vi problema nenhum em passar um tempo tendo alguém que cuidasse das minhas unhas.

-Nossa suas cutículas estão de matar, a quanto tempo você não tira ?.- perguntou ela estalando a língua, mais ao mesmo tempo seus olhos brilhando em animação.

-Não tiro com frequência, minha mãe não deixa e quando permite eu tenho que pintar com cores base ou nude .- disse vendo ela molhar meus polegar com o algodão, e depois pegar o alicate.

- E porque não?  Sua mãe acha que você  tem o quê seis anos?

-Minha mãe não deixa eu pintar com cores fortes porque eu sou uma mocinha e só quando eu estiver de maior poderei, caso contrário eu sou puta .

Vejo o cenho dela se franzir.

-Não sei porque mais o modo de dizer da sua mãe me irrita, me faz me lembrar da minha.- murmurou tirando minhas cutículas  com maestría.

É porque é a mesma ... quis dizer mais mordi a língua.

Lembro da ordem explícita de meu irmão, os Teixeiras não podiam nem sonhar que Manuela era minha mãe. Sei por alto o que minha mãe fez à eles, me lembrei da conversa ditas a pressa por uma muito abalada Miranda quando fui procurá-la e perguntar se estava tudo bem eu ter pego sua blusa emprestada.

Sei que era errado ouvir atrás da porta, mais quando Miranda disse algo que me deixou com um pé atrás da orelha fiquei paralisada.

(...)

-Ela está aqui.- um soluço escapou de meus lábios..

Vejo a esposa do meu irmão com seus ombros trêmulos, quis entrar e perguntar se estava tudo bem mais parei abruptamente ao escutar essas palavras que mudariam minha vida.

--Manuela minha mãe.

O que ? Como assim ? Lembrei do olhar de pânico de minha mãe; e depois para o rosto pálido e chocado de Miranda... será possível?  Não, não podia ser ela! Ou podia ser dessa Manuela que ela está se referindo ? Como quem pra confirmar minhas perguntas Miranda sentencia..

MEU CHEFE DEVASSO ( Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora