[05] Dê prazer para ele

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A Feirinha estava em seu ápice. Todos os monstros estavam reunidos na tendinha de Rubel em busca dos dedinhos de lagarto salgados. Pediam aos montes, o que parecia deixá-lo realmente contente. Talvez sentir-se importante fosse sua maior vantagem e sua maior fraqueza. Quem cava pela apreciação alheia com as próprias mãos é o primeiro a cansar... no caso dele, o primeiro a morrer.

Era por isso que eu usava uma pá.

Depois que todo o alvoroço ao meu redor acabou após a competição, Jungkook ordenou que todos fossem em busca de algo produtivo para fazer e deixasse-nos em paz. Tinha uma expressão calma e respirava lentamente, mas seus olhos escuros denunciavam a volúpia que escorria pela ponta de seus dedos, ainda mais quando tocou em minha pele molhada e gelada e acendeu uma tocha de desejo em meu âmago com o calor irradiante de seu corpo.

— Você e eu temos algo a fazer, não temos? — perguntou ajudando-me a levantar carinhosamente.

Pôs apenas uma mão em minhas costas e guiou-me em direção a uma área remota do Cemitério. Haviam poucas lápides ali, porém era rodeada por grandes árvores em ruínas e por arbustos. Enquanto atravessávamos o campo onde ainda podíamos ser vistos, suas mãos permaneceram no mesmo lugar, contudo, assim que as árvores começaram a nos esconder, senti sua grande mão deslizando para cima até agarrar um punhado dos cabelos de minha nuca e forçar-me a parar momentaneamente bem ao lado de uma grande lápide sem registro algum, apenas com uma grande cruz invertida esculpida pitorescamente.

— Já pensou em fazer ao ar livre, meu Jimin? — perguntou-me num sussurro velado contra minha orelha.

Fechei os olhos por segundos, apenas apreciando a sensação gostosa de sua voz rouca contra a pele sensível e gelada de meu pescoço, depois neguei quase timidamente. Mordi o lábio e prendi a respiração quando ele posicionou seu corpo atrás do meu fazendo questão de esfregar sua ereção contra minha bunda.

Então continuou, mordendo delicadamente o lóbulo de minha orelha.

— Já pensou em chupar meu pau aqui contra essa lápide?

Virou-se escorando-se contra a alvenaria e puxou-me pela mão até estarmos cara a cara. Suas bochechas estavam vermelhas, assim como seus olhos brilhantes e extremamente intensos. Mesmo com suas perguntas indecentes, continuava tão sério quanto antes. Forçou-me pelos ombros até me ter de joelhos diante de si. Lambi os lábios ao vê-lo começando a desafivelar o cinto de sua calça social calmamente. Parecia que não tinha pressa nenhuma.

E eu estava começando a gostar.

— Responda-me, humano — rosnou entredentes. — Você vai ser meu bom garoto?

Meu rosto estava quente de luxúria e ínfima timidez, mas meu coração estava acelerado demais para não concordar com um leve aceno e um sorriso pidão. Não conseguia pensar em nada além de seu corpo musculoso coberto por aquele terno sexy, por sua expressão imperial e pela forma como desabotoava sua calça tão sensualmente. Talvez sua verdadeira intenção fosse instigar minha luxúria até o limite para depois enlouquecer-me de desejo.

— Serei um bom... — interrompeu-me segurando meu queixo, forçando meu maxilar até ter minha boca completamente aberta. — Um om aoto...

Arregalei os olhos quando desceu sua cueca e liberou seu membro pulsante contra meu rosto, batendo-o suavemente contra minha bochecha antes de começar a deslizar a cabeça até meus lábios, apenas esfregando-a contra eles e incitando-me sem pudor algum. Colocou-a na ponta de minha língua, depois afastou-se minimamente e sorriu contido antes de enfiá-lo por completo em minha boca.

— Essa será sua punição. Eu avisei-o que podia se machucar na competição, mas você é um maldito teimoso. Dessa vez, o prazer será inteiramente meu. Nada para você.

Nas Mãos do Diabo [1] O MaestroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora