Não é Real

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   Macayla não sabia com quem falar primeiro, Rachel ou Lizzy. Ela estava extremamente sem palavras sobre como reagir aquela situação. 

  Zak havia abordado Lizzy o que facilitou a escolha de Maca indo diretamente na direção da Rainha.

—  Oi Maca! Como vai? —  Disse Rachel como se nada houvesse acontecido.

—  O que diabos você faz aqui? —  perguntou ainda surpresa com o fato de Lizzy ter entrado junto de Rachel.

— Bom. Adam queria falar comigo sobre as novidades em relação a Aurora, e eu queria ficar de olhos na Lizzy. Garota engraçada por falar nisso... Então preferi me matricular na sua escola, assim posso ficar de olhos em todo mundo e mato a saudade de fingir que estou estudando quando na verdade estou planejando meu próximo encontro com algum bonitão do 3º ano. — Se explicou fazendo Macayla pressionar o maxilar com força.

—  Como vai ficar de olho se o que está pensando é em qual homem vai beijar primeiro? —  Perguntou furiosa.

—  Ih! qual é Maca? Não fique com ciúmes. Sabe que meu coração é seu. —  Ela piscou para Macayla e logo então Rachel foi em direção ao Rafael encarando o rapaz de forma sensual e observadora, mas saindo logo em seguida para explorar a escola sozinha.

—  Eu preciso ir urgentemente ao banheiro. —  Disse Rafael correndo dali sem dar nenhuma explicação. Macayla revirou os olhos e então encarou Lizzy mais uma vez.

— Diferente não é? —  Disse Alex abraçando Macayla por trás.

—  Sim... Sinto cheiro de Adam. —  Respondeu Maca.

—  Tenho medo de abrir a porta da minha sala de aula e ele estiver lá como professor de alguma matéria aleatória. O cara sabe de tudo. Parece a tal da Aurora. Chega dar medo credo... —  Disse Alexia.

—  Que nada. Vamos lá precisa me contar como foi o trabalho! Depois a gente conversa com Lizzy. —  Respondeu Macayla abraçando a cintura de Alex e saindo ambas para a sala de aula.

  Já Zak que havia puxado Lizzy para conversar estava travado e sem reação.

—  O-O que aconteceu? Por que está toda... Ham...

—  O que? Estou feia não estou? Ele definitivamente exagerou demais... Eu disse que não precisava de tudo isso pra ir pra escola! Ai meu Deus será que estão rindo de mim? —  Perguntava Lizzy desajeitada e extrovertida como sempre o que fez Zak rir da situação, aquilo o aliviou. Lizzy de sempre ainda estava ali, só que maquiada.

—  Você está linda Lizzy. Muito linda. Só estranhei que logo depois da nossa conversa você simplesmente apareceu assim, toda bonitona. Fiquei preocupado de que eu possa ter dito algo que a fez mudar...

—  Não estou bonita o suficiente assim? —  Perguntou Lizzy preocupada. —  Por que se você estava preocupado então..

—  Elise... —  Chamou ele pelo nome. — Eu não te dei o espelho para você perguntar as pessoas o que elas acham do seu visual... Eu te dei o espelho para que você pergunte a si mesma do que acha do visual. — Ele sorriu envergonhado.

  Lizzy acabou soltando um riso envergonhado também.

—  Estou me achando um arraso. —  Disse ela e Zak pareceu aliviado e satisfeito.

—  Ótimo. Então continue. —  Disse ele. 

—  E o melhor de tudo. Meu padrasto nem dormiu em casa ontem. Acho que ele deve estar na rua arrumando algum jeito de consertar a cara quebrada dele.

—  Desculpe por isso.

—  Não peça. Salvou minha vida ontem. —  Ela sorriu. —  Enfim... Preciso ir para a aula... Eu... Ham... Bom... —  Ela voltou a ficar totalmente sem o que responder naquele momento. —  Tchau. —  Disse no desespero saindo em direção do banheiro e logo se virando ao perceber que estava no lugar errado e desajeitadamente foi para sua sala fazendo Azakiel sorrir.

*** 

  Adam Smith se encarava no espelho com o rosto sério. Ele realmente estava preocupado.

  De repente sentiu a presença de Aurora no espelho e virou-se. Ela não estava lá. Apenas uma mão que saia do espelho atrás de Adam acariciou seu rosto forçando o médium a voltar-se para o espelho. Não tinha ninguém ali.

  Aurora estava brincando com ele.

—  Vadia. —  Disse ele com a raiva estampada em seu rosto.

—  Quem é vadia? —  Disse Taylor sorrindo na porta. —  Falando sozinho de novo amor?

—  Eu? Eu não! A vadia sou eu! Sou uma mega vadia maravilhosa! Simples assim. Adoro me olhar no espelho e me chamar de vadia.

—  Ah. —  Taylor sorriu saindo da porta e abraçando Adam por trás. —  Posso fazer isso por você se quiser.

—  Você vai se atrasar para o seu trabalho Tay... —  Disse o médium enquanto Taylor beijava o pescoço dele.

—  Eu não me importo. —  Respondeu e Adam encarou Taylor com um sorriso no rosto.

—  Hum.... Interessante. —  Ele mordeu o canto dos lábios beijando Taylor com vontade que o beijou de volta. Taylor soltou um rosnado de lobisomem que fez Adam rir. Porém ele havia gostado.

  Tay então removeu seu terno enquanto Adam desabotoava sua camisa social. 

 Sem mais demoras Adam também jogou seu terno estampado no chão agarrando o lobisomem enquanto removia seu cinto as pressas. 

  O médium empurrou Taylor na cama o beijando lentamente. Taylor sorriu.

—  Me beija com vontade. —  Disse Taylor e os olhos de Adam ferveram em pecado e luxúria beijando Taylor selvagemente permitindo que a mão boba daquele homem deslizasse por dentro de suas calças. 

  Adam sorriu e segurou o pescoço de Taylor com uma mão usando a outra para arranhar seu peitoral.

 Tay beijou Adam selvagemente por todo o seu pescoço, e olhou nos olhos de Adam antes de começar seu dia com luxúria. 

***

  Enquanto isso Eva batia no banheiro do quarto onde Laura se hospedava. Na antiga escola de Bloodville. 

— Concluí o feitiço de proteção na escola tudo bem querida? —  Disse Eva tentando ouvir a resposta de Laura que depois de alguns segundos respondeu.

—  Tudo bem... Já vou sair... —  Disse ela.

—  Está tudo bem? —  Perguntou a mulher insistindo um pouco mais.

—  Sim. Só tomando um banho demorado mesmo. —  Respondeu tentando sorrir, e de fato havia o barulho do chuveiro escorrendo pelo ralo.

—  Qualquer coisa basta me chamar, estarei com Carmilla no pátio.

—  Tudo bem. —  Respondeu Laura convencendo sua mãe de se afastar.

  Laura voltou a soltar sua respiração, ela estava embaixo do chuveiro e começou a tossir, seus olhos voltaram a se tornar alaranjados e ela engoliu em seco com as lágrimas se expondo de seus olhos. Ela parecia tentar agarrar suas costas, porém sem sucesso obviamente. Entretanto o motivo especifico da tentativa fútil de agarrar as próprias costas era para inutilmente tentar remover aquela marca.

  Uma marca negra enorme em suas costas... Aquela era a marca cuja Carmilla mais desprezava sentia repulsa, devido ao seu passado árduo.

  O símbolo das bruxas negras.










Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoWhere stories live. Discover now