Caixa de Pandora

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 Macayla batia a ponta do lápis rapidamente na sua cadeira enquanto assistia Rachel de camarote logo no canto do lado esquerdo da sala. Ela estava desenhando um par de chifres e um bigode em em uma bonequinha esquisita no caderno cuja uma seta apontava dizendo seu nome, "Aurora", no canto do caderno.

  Ela literalmente não estava nem aí para a aula. Já Macayla, acabou levando bronca do professor que bateu a mão direita na sua mesa. 

— Styles, por favor preste atenção na aula! É a segunda vez que chamo sua atenção hoje! O que tanto te prende lá trás hein? —  Disse ele franzindo o cenho. 

  O professor consertou os óculos e prosseguiu sua aula fazendo Maca respirar fundo.

—  Relaxa um pouco. —  Disse Rafael sentando logo ao lado aos sussurros. —  Rachel está aqui por algum motivo. 

—  Eu sei.

—  Então por que está tão focada?

— Pressentimento ruim.... Muito ruim. —  Disse ela segurando sua caneta com força.

— Pressentimento ruim relacionado a Rachel?

—  Eu não sei Rafa. Tem alguma coisa errada... Tem algo mexendo com meus sentidos, e acho que Rachel sentiu o mesmo... Algo está errado... Talvez... Uma presença ou poderes... Algo se presenciando.

  Rafael franziu a testa sem entender. Porém logo depois cismou de dor. Era seu braço novamente.

—  Parece que você não é a única sentindo a tal presença. —  Disse Rafa colocando o braço em cima da mesa e o enrolando com a blusa de frio para ninguém reparar nas marcas.

  Naquele momento Rachel saiu da sala sem nem sequer falar com o professor.

—  Ei! Mocinha! —  Disse ele, mas já era tarde demais, ela já estava longe dali. Maca e Rafael se entreolharam na mesma hora, porém não fizeram nada.

— Confiamos nela? — Perguntou Rafael e Maca sorriu.

— Nenhum imbecil seria idiota o suficiente de desafiar a Deusa da Morte.  Mas se em dentro de alguns minutos ela não voltar eu vou atrás dela...

***

  Rachel entrou em uma sala vazia, aparentemente a sala de química, limpou seu nariz agora ensanguentado e seu sentido vampírico apossou-se de seu rosto. Seus olhos avermelhados a deixava mais sensual, e suas presas revelavam sua fome. As veias negras de Rachel quebravam sua beleza, porém não por completo.

  Ela pressionou o maxilar e se sentou na cadeira do professor, mesmo a sala estando vazia. Cruzou as pernas ainda transformada em vampira quando sorriu de canto.

— Até quando irá ficar escondido atrás desse chuveiro feito um pirralho mimado? —  Perguntou ela. —  Sentiu saudades minhas e não conseguiu ficar longe, Azazel? —  Disse seu nome vagamente quando um garotinho de aparentemente 10 à 12 anos apareceu das sombras por detrás do chuveiro de química.

  Ele continuava exatamente igual.

— Como descobriu que eu estava aqui?

—  Achei seu presentinho na mochila de Macayla. —  Respondeu retirando do bolso um cubo mágico completamente branco enquanto colocava as pernas cruzada em cima da mesa, fazendo Azazel gargalhar aos risos.

— Que feio Rachel. Fuçando a mochila de uma adolescente?! — Disse ele sorrindo e Rachel bateu a mão na mesa removendo o sorriso do rosto de Azazel.

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoWhere stories live. Discover now