Lágrimas de Luto

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  Adam sabia que seus poderes tinham limites. Respirou fundo ainda com os olhos negros e aguardou. Aurora atacou, mas ele ainda com as mãos no bolso desviou sem se preocupar. E todos os golpes que ela infringia, ele desviava. Era como se... Como se ele prevê-se todos os passos dela.

 Aurora sorriu. Era como se ela estivesse gostando daquilo. Como o fato de alguém entender exatamente como ela age está em sua frente naquele momento.

 Ela tentou um soco e ele desviou socando-lhe o nariz. Entretanto nesse momento ela desaparece como se fosse feita de névoa negra.

—  Então você é de fato um médium. Parabéns Adam. Acontece que eu também posso ser onipresente quando quero. —  Ela aumentou o sorriso reaparecendo no mesmo local. —  Acha que prever meus ataques é um bônus? 

—  Não. —  Disse ele. — Mas pegar você de surpresa é. —  Ele respondeu a abraçando por debaixo de seus braços e a levando na direção da parede pra bater ela de costas.

  Ele segurou as mãos na cabeça dela para lhe causar dor. Ela franziu o cenho da testa sorrindo logo em seguida. Ele estava sendo testado. Ela estava permitindo tudo aquilo pra saber até onde ele chegava. E Adam cego por sua vingança, não queria ver o importante.

—  Você não me pegou de surpresa. —  Ela desapareceu  se tornando completamente onipresente.

  Ainda estava ali... Ele sentia, mas não poderia prever aonde até que ele sorriu. Ela havia voltado.

—  Sim. Eu te peguei sim. —  respondeu fincando uma adaga escondida em Aurora que encarou a ferida em seu peito e gargalhou ao retirar a adaga em uma velocidade surpreendente e o segurá-lo pelo pescoço com toda facilidade do mundo.

—  Você realmente acha que pode me matar seu tolo?! —  Disse ela. —  Acabou Adam. Cresça, eu venci!

—  Me devolva o MEU FILHO!!! — Ele gritou chorando enquanto sua face se envermelhava.

—  Rafael, é o meu triunfo. —  Aurora olhou Adam de cima a abaixo. —  E você é a destruição dele... "queridinho" —  Disse por fim ao erguer aquela adaga acima do rosto do médium, que já estava roxo com a garganta fechada. Adam sorriu suavemente como se implorasse o perdão de Rafael ele iria ficar sozinho nesse mundo, pelo egoísmo do pai. E então Aurora desceu o punhal exatamente no olho direito de Adam, jogando o médium no chão.

  Ele gritou. 

  E ela removeu a adaga com tudo pronta para o apunhalar e finalizar sua segunda morte naquela semana.

  Porém ela se irritou.

  Se irritou, pois teve de usar a adaga para rebater em algo que atirou na sua direção. Uma bala de uma arma.

  Logo depois, aquela mulher com a arma na mão jogou a pistola com tudo no chão largando um rosnado forte  de uma lobisomem branca extremamente nervosa que pulou já transformada na direção de Aurora. A deusa dos anjos se dissipou em uma névoa negra reaparecendo atrás da lobisomem, exceto que um rapaz de longas asas corria pela lateral da parede dando um impulso para socar Aurora no rosto. Ela entretanto fora mais ágil, e segurou seu punho o ajoelhando no estômago.

 Alexia chegou logo em seguindo correndo com seu arco e deslizando de joelhos. Atirou diversas flechas na direção dela quando Zak voou para cima na tentativa de desviar. Alexia se levantou pulou e deu um impulso pela parede para chutar o rosto de Aurora que bloqueou o ataque.

 Zak correu na direção de Adam e Dany correu para ajudar Alex.

—  ADAM! — Disse ele guardando as asas e tirando a camisa para estancar o sangue que jorrava do olho direito dele. —  Ele estava muito pálido e havia perdido muito sangue.

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoWhere stories live. Discover now