Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol Único

O fim é apenas o começo

  Rafael respirou fundo enquanto massageava a têmpora da testa. Sua dor de cabeça estava o matando, era tanta coisa acontecendo aquele momento que não dava para acompanhar.

— E aí campeão. — Disse Taylor se sentando ao lado dele naquela sofá. — Tudo certo?

— Ei pai... Tudo certo, só... Um pouco estressado. Onde ele foi? — Perguntou se referindo ao Adam.

— Resolver uns assuntos na casa do Blake.

— Entendi... É, pai? —  Perguntou encarando o lobisomem que o encarou de volta na espera de sua pergunta.

— Como era, no seu tempo da escola? —  perguntou tentando entender mais sobre o passado de seus pais.

—  Estranho falar sobre meu passado agora que o mundo está acordando. —  Ele respondeu apontando para a TV. 

  Nela o noticiário reportava os casos de desaparecidos por todo o mundo terem aumentado 78%. As desconfianças sobre algo ruim estar acontecendo pelo mundo era no limite. 

  Uma questão de tempo para que descobrissem a verdade.

— Aurora está chamando bastante atenção com esses enfermos... —  Disse Tay respirando fundo. —  O passado era tranquilo. A escola era tranquila até Rebecca chegar. Era enorme, parecia um castelo. —  Ele sorriu. —  Tinha um campus gigantesco onde podíamos jogar o que quiséssemos, Futebol, golfe, ou até mesmo fazer um piquenique.

— Parecia divertido.

—  Mas era divertido. Até... Bom... Enfim. Coisas aconteceram, Lúcifer pisou na terra e muitos morreram naquele dia, mas ainda bem que não foi nenhum dos nossos amigos. Quero dizer... Até o pai da Rachel chegar.

—  Lucy morreu depois da chegada do conde Drácula não foi?

—  E bloodville deixou de existir por completo. 

—  Que triste. —  Disse o rapaz.

—  Sim... — Taylor parecia triste.

— A tristeza é um sentimento de dor que pretendo erradicar deste mundo. — Respondeu aquela voz fazendo Taylor entrar em alerta. — Não haverá dor, ou tristeza, muito menos raiva ou falta de empatia. Tudo será perfeito.

— Aurora... — Disse Rafael engolindo em seco ao encarar a mulher.

—  Pode me chamar de Mãe. — Ela sorriu ao vê-lo.

—  Isso nunca. —  Disse Taylor com os olhos amarelos  e as garras expostas. — Sai da minha casa Aurora...

—  Estou aqui para cumprir a promessa que Adam me deve. Mas ele não cumpriu.

—  E o que ele te devia? —  Perguntou Rafael.

—  Você. Você em troca da vida do seu amado pai adotivo. —  Aurora encarou Taylor dos pés a cabeça. —  Um desperdício de morte por sinal.

  Taylor grunhiu em raiva e seu filho rapidamente se prontificou na frente dele.

— Rafael!

—  Você não vai machucar o meu pai... —  Disse com a coragem estampada no rosto e Aurora riu da atitude ao desaparecer naquela névoa negra e ressurgindo atrás de Taylor que sentiu o cheiro imediatamente.

  Taylor empurrou Rafael que voou contra a cozinha, logo após o homem segurou o punho de Aurora com a mão revelando as presas de cima e de baixo para ela.

—  Que fofo. Seja um bom cachorrinho Taylor. —  Respondeu ela dando-lhe uma joelhada e desaparecendo novamente.

  Aurora fez isso diversas vezes, desaparecia e reaparecia para golpeá-lo. Aquilo fez Taylor se irritar e finalmente acertar um golpe nela. Exceto que no momento que seu punho a acertou ela já havia desaparecido.