Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol Único

Deus Está Morto.

Era tarde demais...

Era tarde demais quando as pessoas entraram em choque, e o mundo havia parado em um caos e tumulto.

Taxas de suicídio de repente estouraram e o medo corrompeu os humanos por completo.

O motivo de descendentes do inferno estarem sempre em segredo era justamente por causa do pânico que causaria nas ruas se fossem descobertos. Jornalistas não paravam de filmar e todos de repente começaram a rezar tão forte, e profundo que era algo inaceitável... Era como se o mundo tivesse voltado a idade média, e a igreja voltasse ao poder.

Todos aqueles que não estavam rezando eram considerados demônios. Afinal como saber se alguém é ou não um descendente do inferno? Como ter a certeza???

Era esse tipo de caos que Aurora queria.

Se os humanos temessem uns aos outros, se o grande segredo dos anjos e demônios fossem descobertos, isso forçaria um tumulto da qual deveria ser consertado. Eles já haviam perdido...

Pois mesmo que vençam Aurora, como iriam controlar todas aquelas pessoas assustadas??

Ela era esperta. Só havia duas formas de conseguir consertar essa bagunça, ou Deus destroiria o mundo, ou Aurora venceria e consertaria o mundo.

"Maca..." Dizia aquela voz distante. "Maca acorda... Rápido!", novamente aquela voz lembrando um eco em sua cabeça prestes a libertá-la.

— MACAYLA! — Gritou e ela finalmente acordou no susto com o rosto dolorido acompanhando o sangue seco em seu rosto, ela recobrou a consciência vagamente ainda um tanto zonza, mas consciente. — Graça à Deus! — Aquela voz era familiar, foi então que Macayla despertou de uma só vez e ao ver aquele rosto familiar se alegrou imediatamente com euforia.

— RAFAEL! — Exclamou buscando alcançá-lo para abraçar seu amigo, entretanto as correntes de prata a apertavam naquela cadeira de uma forma brutal, ela gemeu de dor ao se mexer. Rafael estava do mesmo jeito só que de frente pra ela, sentado em uma cadeira de madeira acorrentado feito um animal. — Bom... Eu te daria um beijo na boca agora, mas como pode ver... Estou em um tratamento de Spa. — Respondeu irônica enquanto que seu amigo riu de sua fala feliz por vê-la viva.

— Não temos muito tempo até ele chegar. — Disse ele mudando de assunto e encarando a porta daquela parte vazia de um cômodo esquecido.

— Ele quem? — perguntou ela tentando se soltar das correntes.

— Os capangas de Aurora... Ela meio que por algum motivo pediu para que nós dois ficássemos a sós, disse que tínhamos de matar a saudade um do outro, aquele papo estranho dela antes do fim... —  Disse ele suspirando em tédio e ódio.

— Muito suspeito, deixar os inimigos em uma privacidade particular em um hotel cinco estrelas como este, o que será que ela está aprontando? —  Perguntou tentando não demonstrar medo, ou estranheza e sim a mesma ironia de sempre.

— Nada de bom, Maca... É hoje... A noite de lua roxa. Eu não sei o que vai acontecer, mas eu sei que você será sacrificada, por isso temos pouco tempo pra te tirar daqui!

— Não saio daqui sem você. — Ela respondeu.

— Macayla, eu estou vivo e vou prosseguir vivo por que Aurora precisa de mim assim! Larga de ser teimosa só uma vez na vida e me escuta! Você vai morrer entende? Ela vai te usar para matar o mundo INTEIRO!

— Muito bem gênio! E você realmente acredita que ela deixou a gente aqui tranquilo pra poder planejar nossa fuga sem desconfiar de nada???? Como acha que eu irei escapar dessa jaula?? Pela porta da frente??? Eu fui pega Rafael! Se Rachel não me achar eu vou morrer! Exceto por uma única coisa.