O Deus da Criação

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Laura se ajoelhou e começou a chorar, era algo tão puro tão... Angelical que ela não pode deixar de chorar, ao mesmo tempo que ele se parecia o ser mais puro do universo, também parecia-se como um homem, mas era impossível descrevê-lo. Era impossível ser descrito ou compreendido ela só sabia que ele era tão perfeito que não conseguia deixar de chorar.

Tanto que ele assumiu outra forma e desta vez uma forma mais compreensiva para Laura.

— Eu sinto muito. Não era minha intenção que me visse meu filho acabou te trazendo um pouco mais cedo do que esperava. — Ele respondeu na forma de um homem negro e jovem, por volta dos 30 anos, sua barba lhe entregava um charme, e seu cabelo envolvido em um penteado elegante. Ele usava um terno e gravata desta vez, como se estivesse preparado para um casamento.

— O Senhor... é tão.... Lindo. — Respondeu erguendo o rosto e juntando as mãos na boca desacreditada.

— A maioria teria enlouquecido, mas você não é a maioria certo? — Ele sorriu oferecendo sua mão para que ela levantasse e ao tocá-la um arrepio misturado com choque e alegria repentina entrelaçou o corpo dela como nunca, e o local que antes era um espaço branco, mudou de forma se tornando uma classe de aula.

Ela se perguntava o porque de uma classe, mas suspeitou que já que tinha perguntas a serem feitas a um grande mestre, ele a avaliou como uma estudante que perguntava ao professor, mirou os olhos na carteira vazia e nela havia um papel escrito, como em uma prova cheia de questões.

Laura entendeu que devia pegá-la e ler as questões, então se sentou na carteira e limpou suas lágrimas ainda tremendo pelo que havia visto.

Aquelas perguntas... Eram as perguntas que ela tinha para ele.

— Se sabe o que vou perguntar, por que tenho que lê-las e perguntar de novo? — Disse ela confusa e sorriu vagamente.

— Se você você vai a escola e estuda para uma prova, mas se esquece do que estudou, por que se dar ao trabalho de tentar perguntar ao professor se sabe que ele não te dirá?

— Para... Para tentar obter alguma nota. Ou de se lembrar do que esqueceu?

— Se tens dúvidas sobre o que está em suas mãos, me pergunte mesmo que eu já saiba que pergunta fará, pois assim fará com que eu como mestre te ajude a entender as respostas e você como aluna entenda de forma compreensiva.

— Entendo...

— Apenas leia. — Disse ele com aquele tom agradável de ser escutado por ela.

Laura respirou fundo tentando parar com a tremedeira e engoliu em seco lendo a primeira questão.

— Por que me abandonou? — Perguntou se referindo a todas as vezes que rezou por ele e parecia que nunca escutava. — Sou uma aberração que não tem jeito e por isso você me deixou? — Ela encarava o chão em graça.

— Nunca abandonei você, foi você que me abandonou Laura. — Ele respondeu.

— Como ousa! Passei minha vida crente a você, devota a você! — Disse ela ainda com as lágrimas tentando sair.

— E no último momento você me deixou.

— Por que tudo o que eu pedia nunca era realizado! Nasci metade demônio sem ter escolha de ser aceita nos céus! Fui adormecida por séculos! Meu pai morreu, minhas governantas... Todos com quem eu já amei haviam sido... E a Carm ela... Ela já havia superado... Eu não tinha mais nada! Você me tirou tudo! Como quer que eu seja devota a ti se você me abandona daquela forma! — Ela voltou a chorar como se ofender o grande Criador daquele jeito a cortasse em pedaços. e especialmente quando ela acaba revivendo os piores momentos de sua vida.

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoWhere stories live. Discover now