A Cláusula

O encontro com ele

Olho para aquele homem arrogante ,mas antes que pudesse responder a pergunta dele vejo a porta se abrir e o doutor Araújo entrar.
— Frederico o que está fazendo aqui?
— Vim ver o apartamento ,já que um cliente importante iria ocupa-lo na semana que vem e qual não foi a minha surpresa ao me deparar com essa moça aqui e digamos que não foi nada agradável. Ele falou com firmeza cortante.
— Afifa vai ficar aqui até amanhã. Ele respondeu conciso.
— Amanhã  é a leitura do testamento, me fala o que ela tem a ver com isto, não entendo. Ele falou tenso já que jamais gostou de surpresas como aquela.

— Ainda não posso lhe dizer nada ,terá que esperar até amanhã com os outros, mas enquanto isto exijo que a deixe em paz, fui eu quem a instalou aqui. Ele falou de maneira direta.
— Segredos, mistérios não estou gostando nada disto, depois o senhor trabalha para mim, tem que obedecer às minhas ordens. Ele falou de maneira rude.
Afifa olhava para ele entendendo que  era uma espécie de menino mimado que se achava o dono do mundo, na verdade agia feito um ditador cruel e arrogante ,mas a mim ele não vai assustar com essas atitudes, sei que certamente é um dos enteados do meu pai ,segundo o advogado chama-se Frederico. Pensei tensa ouvindo a conversa dos dois.
— Sinto muito  ter de  discordar Frederico, mas na verdade trabalhava para o senhor Franco e não para você. O homem falou.
— É um abuso agir assim, tem obrigação de me dizer quem é essa aí uma......
Ao ouvi-lo repetir aquelas coisas não me aguentei e disse furiosa o interrompendo.  
— Uma negra, vai fala seu racista, devia denunciar você as autoridades pelo que sei em seu país racismo é crime.  
— Meu país ,então devo entender que não é brasileira? Ele indagou ficando ainda mais curioso sobre quem seria ela que parecia ter caído de paraquedas em assuntos que deveriam dizer respeito apenas a ele e o irmão juntamente com a mãe. Pensou olhando para ela dava para ver que era uma pobre coitada, uma pobretona que usava aquele vestido colorido que mais parecia uma alegoria de carnaval. Pensou de péssimo humor pela audácia daquele advogado em lhe negar  informações sobre a leitura do testamento e ainda teve o desprazer de encontrar aquela negra.
— Sim sou angolana. Ela respondeu um tanto intimidada pelas atitudes grosseiras dele que não ia facilitar em nada sua vida neste país, por isto que estava aliviada assim que conseguisse receber sua parte da herança iria voltar para Luanda imediatamente. Pensou decidida a manter -se longe dessa família .

—Claro uma africana. Ele falou com desprezo.
Senti o desprezo nas palavras dele ,como se o fato de ser negra fosse um crime. Pensei tensa e respirando aliviada vendo ele sair e dizer.

—Araújo isto não vai ficar assim, quando tomar posse da herança irá direto para rua pelo seu atrevimento. Ele falou saindo e batendo a porta com força.
Sozinha com o advogado acabei me sentando no sofá e fui dizendo.
—Esse homem ele é louco, só pode ser, precisa ver as coisas que ele me falou, um racista nojento odiei ele, sério e olha que nunca tive  esse tipo de sentimento por no ninguém , mas precisava ver a forma como me tratou quando me pegou dormindo na cama ,achou que fosse uma empregada folgada que tinha tirado uma soneca na hora do trabalho, fiquei tão assustada. Ela falou com sinceridade.
—Peço que me perdoe -me por isto, deveria ter avisado ele sobre o apartamento estar ocupado e isto teria evitado este encontro desagradável, Frederico não é uma pessoa fácil, tem um gênio forte e arrogante e prepotente ,mas sabe dirigir a Mineradora como ninguém ,na verdade com mãos de ferro ,usando tudo que aprendeu com o seu pai ,sabe que eles pareciam pai e filho já o outro rapaz nunca se envolveu nos negócios e psicólogo. Araújo falou.
—Espero que esse irmão seja diferente desse aí, na verdade, não vejo a hora de pegar a minha parte na herança e voltar para a minha Angola. Ela falou olhando para o homem que apesar de ser um estranho lhe passava segurança.
Pobre coitada não faz ideia do que a aguarda nesta leitura do testamento ,ainda não conseguia compreender como o amigo pode estabelecer aquela cláusula ,sé ainda todo esse imbróglio  envolvesse Igor juro que seria mais aceitável, já que este é doce e gentil tudo que Frederico Romonov não é. Pensou se salvaguardando para o que estava por vir no dia seguinte.
A leitura do testamento guardava várias surpresas e sabia que ia ser um guerra pelo que conhecia de todos eles.
Mas lhe preocupava a posição da menina em toda essa história, ela parecia tão frágil e despreparada para ser jogada no seio daquela família. Pensou dizendo.
— Trouxe seu jantar, ja que aqui não  tem funcionários. Ele falou levando as sacolas para a cozinha.
—Obrigado! Ela falou o olhando.
—Não precisa agradecer prometi ao seu pai que cuidaria dos seus interesses, amanhã nos vemos na Sede da empresa ,o motorista virá busca-la às nove horas, preciso ir tchau a minha esposa esta me esperando . Ele falou se despedindo.
Jantei àquele comida deliciosa que era um arroz com batatas e um filé de frango.
Não queria pensar que no dia seguinte ,teria que se encontrar com ele de novo, ver seu olhar de desprezo sobre ela, ouvir a suas palavras ofensivas. Pensou terminando a refeição.
Frederico entrou em casa furioso e disse.
—Maldito doutor Araújo, isto não vai ficar assim. Ele falou indo até o bar para preparar um drink .
Ao ver o filho naquela situação Esperança disse.
—Filho o que está acontecendo, porque esse nervosismo todo?
—Mamãe tem uma negra maldita instalada no apartamento funcional da empresa e essa infeliz me disse irá a leitura do testamento, é isto que me pergunto, quem é ela e porque estará  presente para a leitura isto não faz sentido nenhum ela nem se quer faz parte da família .............................

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijossssssssssss