A tristeza dela

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Entrei em meu quarto e fechei a porta, estava com muita raiva dele e  de mim mesma  de tudo ,juro que minha vontade era descer lá e falar tudo que estava entalado dentro de mim, era um misto de indignação com raiva, tudo misturado ,sentimentos a f...

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Entrei em meu quarto e fechei a porta, estava com muita raiva dele e  de mim mesma  de tudo ,juro que minha vontade era descer lá e falar tudo que estava entalado dentro de mim, era um misto de indignação com raiva, tudo misturado ,sentimentos a flor da pele por ouvi-lo,  neste instante  tudo que eu queria era sumir desaparecer da vida dele para sempre e esquecer de tudo até mesmo da minha parte na herança do meu pai ,viver daquele jeito   estava me sufocando,   aquilo  tudo foi doloroso demais ,o racismo sempre deixa as suas marcas, é horrível ser discriminada pela cor da sua pele ,como se o fato de você ser negro, te faça valer menos como pessoa  . Pensei me sentando no chão e dando vazão a toda aquela dor ,prometendo  a mim mesma nunca mais chorar por aquele homem.
Já mais calma fui até o banheiro e me olhei no espelho tentando ver a mulher em que quero me transformar, chega de ficar sonhando com o que não pode ser. Pensei pegando o frasco de denaquilante e o coloquei no algodão que passei sobre o rosto,  depois tirei aquele vestido de  festa e tomei um banho de banheira bem demorado, aquela água morna serviu para relaxar todo o meu corpo e minha mente parecia ter ficado mais serena e calma ,estava precisando disto.


Naquela noite me senti feliz por estar com ele naquela festa sendo invejada por todas aquelas mulheres por tê-lo do meu lado ,mas se ela soubessem a nossa vida é na realidade sei que acabariam por ter pena de mim.
Não posso ficar remoendo todas aquelas coisas que ele disse  ainda mais sabendo que ele sempre teve essas ideias preconceituosas ,racistas, nojentas .Pensei deixando aquela banheira e pegando a minha toalha comecei a me secar .

No seu próprio quarto Frederico tirou toda sua roupa e se jogou em sua cama ,droga a sua mãe tinha o obrigado a dizer aquelas coisas que não refletiram o que ele realmente sentia.
Acreditou durante toda vida que tinha os mesmos preconceitos racistas de sua mãe, mas agora sabia que não tinha ,visto tudo que estava sentindo por ela.
Sabia muito bem que se admiti-se esse amor  a vida deles naquela casa se transformaria em um inferno ,porque a mãe não iria aceitar e não queria ter problemas e também sabia que sua atitude no fundo a protegeria dos ataques da mãe.
Foi melhor assim ,deixar a senhora Esperança pensando que eu a desprezo. Ele pensou se deitando em sua cama.
Era de madrugada quando decidi me levantar depois de ficar tentando pegar no sono sem sucesso.
Desisti, acabei vestindo o meu robe  de seda sobre a camisola e deixei a proteção do meu quarto.

Frederico sentiu sede e percebeu que não tinha água em seu quarto ,não devia ter exagerado na bebida. Ele pensou se levando e decidindo ir até a cozinha, vestiu apenas a calça  de seu pijama, mas sabia que a essa hora todos da casa já deviam estar dormindo, exclusive ela. Pensou passando enfrente da porta do quarto dela.
Quando chegou a cozinha a viu e disse.
— Parece que não sou o único aqui que não conseguiu dormir.
Não o olhei e também não  respondi o seu comentário ,pois estava furiosa com ele.
—O que foi ,não vai responder ,estou falando com você. Ele falou pegando um copo de água e bebendo.
—Estou poupando você de ter que perder seu tempo falando com uma negra. Ela falou com ironia.
—Então você ouviu quando conversei com a minha mãe na sala. Ele quis saber meio tenso.
—Cada palavra que disse e sabendo o quanto me despreza não acho que tenhamos que dizer mais nada um ao outro. Falei decidida me virando para deixar a cozinha.
Confuso e tenso ele a segurou pelo braço e disse.

—Às coisas não são como você está pensando.
—Ah... não , são como então? Ela quis saber o olhando para ele.
—Droga ,não era para você ter escutado. Ele falou.
—Claro ,como se isto pudesse mudar alguma coisa. Ela falou irônica nada satisfeita com as justificativas dele.
—Não queria que você soubesse. Ele falou.
—Para de dizer essas coisas ,não faz nenhum sentindo ,sei perfeitamente que você é racista igualzinho a sua mãe e nunca me escondeu isto não tem porque ficar se justificando, as cartas estão todas na mesa você é odioso Frederico Romanov.Ela falou irada tentando se soltar dos braços dele .

—Mentirosa ,sei que cada palavra sua é desmentida pelo seu corpo cada vez que  te toco assim .Ele falou descendo os lábios pelo pescoço dela, tocando seus seios mesmo sobre a camisola .

—Não me toca , não quero suas caricias ,não quero nada que  venha de você seu racista .

Ele se afastou e a soltou dizendo .

—Não sou o monstro que você esta pintando Afifa .Ele falou tenso .

—É  muito pior do que eu imaginava .Ela falou .

—Mas isto não muda o fato de que nós dois nós queremos .Ele falou .

—Vou deixar de querer ,não posso ficar desejando alguém que despreza a minha cor ,tudo que eu sou .Falei triste .

—Você esta  chorando? Ele quis saber a olhando .

Me odiei por fazer isto diante dele , não o queria testemunhando a minha fraqueza ,mas foi  forte do que minha vontade de me controlar, ser forte o tempo todo é muito difícil .Pensei vendo ele me abraçar e chorei ainda mais .............................................................


Queridos  leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijosssssssssss



A CláusulaWhere stories live. Discover now