Capítulo 50

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- Eu gostei!


Emery diz, quando eu termino de definir seus cachos, que agora estão mais volumosos e mais hidratados, graças a uns cremes que eu comprei.
Depois de alguns dias da minha entrevista com a assistente social, onde eu desabafei sobre a minha família e expressei o meu desejo de ter a Emery, Karen Gibson declarou que eu e Hero nos saímos muito bem em todos os aspectos da entrevista, por isso, ela autorizou que Emery viesse morar conosco, sobe a condição de que nós receberíamos visitas surpresas dela, e se a Karen constatar definitivamente que eu e Hero temos total condição de criar a Emery, a mesma será " oficialmente "  nossa filha!
Então, hoje eu e Hero acordamos cedo e pegamos Emery no orfanato onde ela estava, e a trouxemos para a nossa casa, onde ela irá morar apartir de hoje. Emery está usando uma meia calça grossa branca, que não permite que ela sinta frio; um vestido vermelho bem soltinho e de mangas curtas e uma botinha, que mais parece um coturno, preta.
Eu pego o meu bebyliss, pois eu e Emery estamos no meu banheiro, e assim que começo a fazer algumas ondulações no meu cabelo, percebo que Emery me encara como quem quer dizer alguma coisa,



- Eu posso perguntar uma coisa?




Emery diz, e eu deixo o bebyliss de lado, ao mesmo tempo em que volto minha atenção para a garotinha, que está sentada na pia.
Eu viro o corpo de Emery, de forma que nós duas fiquemos cara a cara e eu digo ao mesmo tempo em que acarencio seu  pequeno rosto. 



- Claro que pode Princesa. O que foi?



Assim que eu termino de falar, o rosto de Emery fica vermelho, e ela abaixa sua cabeça, de forma que eu não consiga olhar em seus olhos verdes.
Gentilmente eu levo minha mão, que está sem o gesso, até o rosto de Emery, e levanto o mesmo, de forma que ela olha em meus olhos .






- Está tudo bem meu amor. Você pode me perguntar o que você quiser !




Eu digo, e Emery concorda com a cabeça, ao mesmo tempo em que que me olha gentilmente.




- Eu...eu posso chamar você de mãe e o tio Hero de pai ?



Emery pergunta, e na mesma hora eu sinto meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração esquentar.
Eu me ajoelho na frente de Emery, já sentindo lágrimas escorrem pelo meu rosto, apesar de também estar com um sorriso enorme no mesmo.




- É claro que pode meu amor. Se for isso mesmo que você quer, então você nem precisa perguntar!



Eu digo, e Emery franzi a testa quando percebe as lágrimas escorrendo mais depressa pelo meu rosto.




- Mas você ficou triste. Você também não gostou não é?! Todas as outras pessoas que me adotaram me pediam para não chama-las assim!




Emery diz, e eu na mesma hora balanço a cabeça em uma negativa, ao mesmo tempo em que enchugo minhas lágrimas.




- Não meu amor, eu não estou chorando de tristeza ou porque não gostei do que você falou, muito pelo contrário!
Eu amei o que você falou, e é claro que você pode me chamar de mãe, eu não me incomodo nem um pouco, e tenho certeza de que o Hero também não vai se incomodar!



Eu digo com propriedade, e percebo quando um sorrisinho tímido aparece no rosto de Emery.


- As outras pessoas que me adotaram não gostavam de serem chamadas assim, então eu parei de chama-las.
Elas também nunca fizeram o que você e o tio Hero estão fazendo por mim!




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