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Acabamos caindo por um barzinho que diziam eles ser o mais frequentado sempre, não mentiram, já que metade da faculdade estava lá, pelo menos as pessoas que eu conhecia de vista.

Eles foram logo procurando uma mesa e eu fiquei parada na frente teclando pro Daniel. Tava numa puta expectativa do rolê de hoje, ver se o beijo saía, se era pra hoje, ontem... e também pra me divertir mesmo.

Avistei-o descendo de um carro, desliguei meu telefone colocando na bolsa e fui em direção a ele.

— Até que enfim hein. — puxei ele pra um abraço meio cumprimento.

— Opa, que foi? — ele disse me afastando.

— Você chegou, ué. Tô te mandando mensagem pra saber onde você tá e você não responde. — franzi a sobrancelha.

— Tem certeza que é comigo!? — ele riu confuso.

De começo não entendi, depois mais uma vez quis xingar a mim mesma. Olhar para as tatuagens é de grande ajuda pra diferenciar, pena que eu era uma ansiosa e já fui direto me tacando no garoto.

— Desculpa, não é a primeira vez que eu confundo. — sorri fraco.

— Relaxa. — ele deu de ombros passando por mim.

— Ah, — o chamei e ele olhou pra trás — já que você tá aqui, mais uma vez quero te agradecer por aquele dia. Patrick, ne!? — estiquei minha mão pra ele.

— Tá tudo tranquilo, precisa ficar agradecendo não.  — eu assenti engolindo a seco. — Te vejo por aí!

Ele mandou uma piscadinha e se virou de novo entrando no bar. Fiquei o observando enquanto ele sentava na mesa com um pessoal, até reconheci o tal do Leandro da oficina que ficou conversando comigo depois que o doido subiu na moto.

Era estranho, mas eu sentia uma energia muito doida perto do Patrick das três vezes que trombei com ele. Não sabia identificar o que era, bom ou ruim, mas eu sentia.

— Ali? Ali!? — balancei a cabeça voltando a prestar atenção na vida e percebi Daniel acenando no meu rosto pra chamar minha atenção.

— Ah, oi. — voltei a vida. — Me distrai aqui, e aí, tudo bem?

— Melhor agora. — ele disse fazendo com que eu desse um tapinha no ombro dele. Nós rimos. — Tava sentado numa mesa com o pessoal, vi Jade passando, ela me disse que você tava tentando falar comigo. Fiquei sem bateria.

— Ahhh, por isso não chegava mensagem. — ele assentiu. — Vamos entrar então?

— Bora beber de verdade! — ele me abraçou de lado e fomos entrando.

Passamos na mesa do irmão dele que ficou olhando naquela encarada, mas o Daniel não riscou nem o olho.

— Amiga, não acredito que o garoto que você tanto fala é o Daniel. Que babado! — Eduarda disse assim que chegamos na mesa.

— Vocês se conhecem? — franzi a sobrancelha.

— Hum, de longa data. — ela riu. — Gostei da escolha, se fosse o outro irmão seria complicado.

Engoli a seco, agora mesmo que eu não contaria  quem era o tal do meu anjo da guarda de verdade.

Dei uma risadinha e puxei uma cadeira assim como ele. Jade já estava no fim de uma caneca de chopp assim com Phelipe, e Duda com Matheus dividiam uma caipirinha.

— Vamo encher a cara hoje? — Matheus perguntou pra gente.

— Eu tô disposta, não sei vocês. — falei olhando o cardápio de bebidas.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now