84

1.7K 272 284
                                    

PATRICK

Fui cedo trabalhar feliz da vida, tudo pra evitar o Daniel. Fiquei gastando a onda com os moleques na academia de manhã cedo quando não tinha ninguém, ficamos treinando e rachando o bico.

José até hoje estava se remoendo pela Duda, até eu pensei que ela falaria algo com ele, mas ela simplesmente cagou, azar o dele de ter se envolvido e eu ria pra caralho com Luís.

Luís por sua vez tava voltando com a ex dele graças ao dia do bm que foi um divisor de águas pra muitos. O moleque tava feliz da vida e eu e ele quase que marcando encontro de casal, vê se pode? Nunca me imaginaria assim.

A verdade que eu tava caidinho pela Alicia mesmo e não podia negar. Nunca acreditei que opostos se atraem e ainda não acho que isso seja universal, mas se encaixou direitinho na minha vida. Ela me completou de alguma forma.

Almocei pela academia mesmo de quentinha com eles e depois aos trabalhos. De manhã cedo eu dava aula de muay thai, depois a tarde era José e a noite as vezes eu pegava também.

— Alguém aí com saudade? — Alicia bateu na porta do escritório e logo em seguida entrou.

— Foi um dia longo sem você. — falei e ela sentou no meu colo abraçando meu pescoço e selando meus lábios.

— Agora é sério, como foi ontem? — ela perguntou curiosa.

— Tranquilo, eu passei na academia primeiro pra pagar as moças que iam limpar a zona de sábado e também fiz umas ligações de trabalho, depois fui pra casa, ignorei o Daniel a tarde toda e a noite ele saiu. — expliquei. — Agora a novidade é, eu bem fofoqueiro que sou vi ele chegando de carro com alguém e não era o Vinicius, chegou bêbado até e depois eu escutei ele falando no telefone o nome "Laura", será que eles se pegaram?

— Sério!? — ela arregalou os olhos e fez uma cara de decepcionada.

— Que foi? Rolou ciúme? — fiz o ciumento.

— Não, seu idiota. — ela levantou do meu colo e ajeitou a bolsa. — Só fiquei surpresa, só isso.

— Ram. — grunhi. — Sabe que que eu acho? Que a gente tem que parar de falar de Daniel e beijar mais? — puxei ela pelo braço fazendo ela voltar a se sentar no meu colo.

Ela sorriu pra mim e encostou nossos lábios lentamente, nossas línguas se cruzaram e os dentes sorriram entre o beijo. Senti meu coração acelerar mais forte, eu já estava acostumado a beija-la, mas eu sentia cada vez mais o gostar.

Levei minha mão até a nuca dela entrelaçando meus dedos entre seu cabelo e senti os dedos dela apertando o meio das minhas costas. A maciez e a boca carnuda dela deixava o beijo mais excitante ainda, a cada cinco segundos de beijo era inevitável não mordiscar o lábio inferior dela.

Terminamos o beijo com selinhos suaves, ela levou a mão até minha nuca acarinhando e olhou nos meus olhos.

— Poderia ficar o dia todo te beijando aqui, mas não sou mais adolescente e tenho que trabalhar. — ela se levantou.

— Depois dessa encarada pensei que vinha uma declaração. Putz, que quebra de expectativa! — ri frustrado.

— Deixa isso pra outro dia. — ela piscou pra mim indo em direção da porta.

— Se Alana já estiver aí desce com ela pra gente falar sobre o tal espetáculo. — disse pra ela que abriu um sorrisão e balançou a cabeça positivamente ansiosa.

Fiquei rindo sozinho depois que ela saiu da animação da garota, eu nem sabia o que era ficar assim. Eu estava começando a ter noção com essa vontade louca de estar perto dela, mas não era assim.

Era uma vez, AliOù les histoires vivent. Découvrez maintenant