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PATRICK

Depois do aniversário da Sophia os dias passaram como uma lesma, me deixando completamente no ócio e na ansiedade.

No dia do aniversário, eu fiquei até o final pra ajudar com os presentes, a levar o que tinha sobrado e enfim, obviamente porque eu sou o pai.

Foi uma noite difícil, contando que eu tava puto e preocupado pra caralho com a situação da academia e tive que fazer sala pra convidados, afinal, eu com um ciúme do caralho que tenho do padrasto da Sophia com ela jamais deixaria ele na festa o tempo inteiro cuidando dela.

Depois que quase todos os convidados foram embora e tivemos que esperar o resto sem noção se mancar, puxei Sarah pra conversar. Aproveitei que Sophia tava dormindo no colo dela e Bruno tava entretido demais com os amigos dele.

Contei pra ela toda a parada e ela me garantiu que encontraria uma advogada foda pra me ajudar. Dito e feito. Tava eu, em plena quinta-feira, ansioso andando pra um lado e pro outro na sala esperando o horário da minha reunião com ela.

Mensagens

Alicia: oiii, já foi pra reunião?
Alicia: não se esquece de manter a calma, deixar ela a par de tudo que vai tudo se ajeitar.
Alicia: preciso do meu emprego ahahahah!
Patrick: e aí!? Ainda não, só daqui a uma hora. Tô nervoso pra caralho com o que ela vai falar, vai que ela diz que é um caso perdido. Sei nem qual vai ser minha reação.
Alicia: impossível! Para com isso!
Alicia: quer que eu vá com você?
Patrick: Tu iria?
Alicia: claro, por quê não? já não disse que preciso do emprego? kkkk além disso não tô fazendo nada em casa.
Patrick: pode ser então, mas vai ter que ir de moto.
Alicia: eu pego um uber, só me manda o endereço.
Patrick: para de graça, eu vou devagarzinho 🏍🏍
Alicia: afff, ok. vou me arrumar.

Alicia estava me ajudando pra caralho nessa situação, me dando um puta de um apoio. Não sabia se era só pelo emprego mesmo ou se tinha algo a mais, mas também não me importava.

Também parecia não ter comentado nada com Daniel, visto que até hoje ele não falou nada comigo, mas também, só vive na rua na casa do otário do Vinicius.

Depois que eu fiquei nessa situação sem fazer nada esses dias todos pensei muito na mina mesmo tentando evitar. Tava afimzasso dela, não podia negar, mas tinha que esquecer.

O que me deixava puto era que sempre foi difícil de eu sentir essa vontade louca além de sexo, as vezes é só beijar ou estar perto. Nunca nem cheguei a ter relacionamento sério porque eu nunca curti esse lance, ao contrário de Daniel que a cada ano tava com uma.

Hoje seria um dia cheio de coisas, como a reunião e ainda tinha festa no espaço hall com a galera da academia toda, já sabia que podia dar merda porque os da faculdade também iriam, precisava de controle ou de boas notícias.

Olhei no relógio e já estava quase na hora. Vesti uma camisa mais arrumadinha, uma calça moletom que eu usava pra tudo, era moletom, mas era maneira pra caralho e um tênis vans preto normal.

Peguei um capacete sobrando, minha carteira, meu celular e desci pra pegar minha moto. Se Daniel visse isso, surtaria. Eu não podia fazer nada, foi ideia da mina de ir junto.

Mandei mensagem avisando que tava saindo de casa e parti pra casa dela.

— Veio pra cá devagarzinho também? Porque assim, eu contei 7 minutos e sua casa não é perto daqui. — ela disse vindo na minha direção.

— Isso é porque você não tava na minha garupa, agora a responsa é outra. — retruquei.

— Aham, sei.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now