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MARATONA 5/5

Chegamos na academia eram umas 00h, todo mundo estava localizado exatamente igual da última vez. Cumprimentei todo mundo, apresentei dona Jade e claro, fui atrás da minha bebida.

Eu não estava totalmente na vibe como da última vez de beber pra caralho e nem iria, só tomaria uma latinha e ficaria curtindo com as meninas.

— Trouxe mais uma hoje? — Livia riu vindo falar comigo.

— Não podia? — perguntei nervosa.

— Claro que sim, só tô falando. — ela disse e eu assenti aliviada. — Jade o nome dela, certo?

— Sim sim, troca ideia com ela, ela é super maneira. — falei observando de longe Duda e ela conversando com uns meninos.

— Não é a ex de Leandro? — perguntou.

— Aham, não me diz que esse traste vai estar aqui hoje? — disse já com bode. Ranço desse moleque, e olha que isso é difícil.

— Traste? Como assim? Leandro é super legal. — ela disse indignada. Eu fingi um vômito e ela caiu na risada. — Realmente não sei como ele é com as minas, mas pro seu alívio ele não vai vir não, acho que tá de mudança.

— Ata, ainda bem que é verdade mesmo, prefiro ele longe da minha bebê. — sorri pra Jade de longe.

— Posso te perguntar uma coisa? — eu assenti. — Ela pega mulher?

Eu ri. — Olha, é bem a cara dela. Vai na sorte.

Começo de resenha e já tinha coisa pra eu contar para as meninas, inclusive parecia que elas também devido às risadinhas com os meninos.

Dessa vez o clima estava bem mais tranquilo, da última vez que rolou resenha que vim com Duda todo mundo tava enchendo muito a cara e dançando, já agora estavam mais trocando ideia bebendo socialmente.

Quando mandei Livia tentar a sorte, ela deu dois tapinhas nas minhas costas animada e saiu pra falar com umas meninas que eu não conhecia muito bem, então fui atrás das minhas.

— Duda tá bem mais divertida que da última vez, viu Alicia? — José disse mandando uma piscadinha pra mim.

— Ah, é? — olhei pra ela que fez cara de santa do pau oco.

— Agora que tô solteira tô melhor mesmo. — ela disse dando um beijo no ombro e eu balancei a cabeça negativamente rindo fraco.

Óbvio que eu concordava que ela tinha que viver a vida dela mesmo, mas é que era inevitável não pensar no Matheuszinho, ainda bem que ele ia viajar com Phelipe. Faria bem a ele.

— Papo reto? — José arregalou os olhos.

— Caralho, pensei que tu e o Matheus não iam terminar nunca, sem neurose. — Luis falou surpreso.

— Vocês conhecem ele? — franzi a sobrancelha.

— Claro po, ele já malhou aqui na academia e também das choppadas da faculdade né. — disse ele.

— O importante é que terminamos e eu tô querendo beber e me divertir, podemos? — Duda falou e logo em seguida virou o resto que tinha no copo.

— Claro que podemos, vamo lá pegar mais! — José puxou ela e Luís que foram até as bebidas.

— Tá quietinha por quê amiga? — perguntei abraçando a Jade de lado.

— Triste, ne!? Não tem como não ficar. — ela disse cabisbaixa.

— Faz o seguinte? Cola na Duda, atrai essa energia que ela tá, bebe com eles e se diverte, vai!? Quero te ver sofrer por aquele cara não. — coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha dela.

— É difícil, mas queria mesmo ficar como ela. Ele não merece minha tristeza. — ela negou com a
cabeça.

— Isso aí, vai lá! Hoje vai ser legal! — a encorajei com um sorriso de lado.

— E você? Não vai beber mais não? — ela perguntou.

— Tô indo aos poucos, vou conversar com a nova professora de dança, ok? — ela assentiu e foi na direção deles.

Ela obedeceu minha sugestão e foi pra perto deles, que não estavam perdendo tempo mesmo jogando muita vodca dentro do copo. Se eu fosse continuar bebendo, eu me manteria firme na minha loira.

Fiquei conversando mó cota com a professora nova de ballet, Alana o nome dela, ela tinha adorado minha ideia de fazer espetáculo e ofereceu ajuda, tudo que faltava era o veredito de Patrick.

Que inclusive estava como sempre sentado trocando ideia com alguém e de cara fechada com um copo na mão.

Me mantive boa parte da resenha com meu único copo, dançando no lugar e cantando as músicas. Não é que eu não estava gostando, só desanimada, mas mesmo assim aproveitando minimamente.

Alana deu um tapinha na minha mão sinalizando que ia dançar com o resto do pessoal mais animado e eu assenti indo sentar num banco que separava a musculação da parte de luta, onde o chefe estava ainda.

— Não tá com eles por quê? — Patrick perguntou me vendo observar todo mundo dançando.

— Hoje tô na vibe de beber na minha e rir do outros mesmo, na outra eu já fui "os outros". — respondi.

— Saquei. — ele assentiu. Também me mantive olhando pra frente sem falar nada. — Aí, você tá bem depois do que aconteceu lá na festa?

— Eu estou, por que não estaria? — franzi a sobrancelha.

— Sei lá, você é toda frágil, vai que bolou lá que a mina falou daquele jeito contigo. — ele deu de ombros.

— Ei, eu não sou frágil. — falei brava dando uma cotovelada nele. — Sou bem mais forte do que você imagina.

— Hum sei, passou o que pela vida? Toda patricinha, balletzinho, calma, sorridente... com certeza nasceu em berço de ouro.

— Assim você me ofende, Patrick. — falei séria me virando pra ele. — Você não sabe nada sobre mim, nada. Se eu sou como sou hoje é simplesmente por ser forte, nada além nem menos. Cuidado com o que você fala.

Ele levantou os braços em sinal de rendição e eu voltei a olhar pra frente. — Foi mal aí.

Dei de ombros. — tanto faz.

E o maldito do silêncio se instalou. Ele fechou a cara de novo, os amigos dele que estavam conversando já não estavam mais ali também, só sobrou nós dois e o constrangimento.

— Você também não tá com uma cara das boas. — puxei assunto. Maldita hora pra ser uma pessoa tagarela e que perdoa tudo rápido.

— Só problemas. — ele resmungou.

— Que!? — fiz careta. Eles tinham aumentado o som e com a pouca vontade dele de falar também era impossível de ouvir.

— Problemas, só problemas. — ele falou mais alto.

— Quer conversar sobre? — olhei pra ele preocupada.

Tô cansada de conversar comigo mesma pra não me envolver em problema dos outros, aliás, eu nunca fui assim, foi só vir pra cá.

Eu nunca me escutava.

— Com essa barulheira? — ele riu de nervoso.

— A gente pode ir pra outro lugar, sei lá. — sugeri.

Ele me fitou como se estranhasse, fiquei até vermelha de vergonha pela sua encarada.

— Ou pode falar aqui mes...

Ele me interrompeu se levantando. — Bora lá no meu escritório!




É ISTO! vocês são demais, mais uma vez. Se conseguirem achar mais celulares (pra ser mais exata sete), pede pra mãe, pro pai, pro irmão, teremos maratona amanhã, quarta ou sexta. Depende de vocês MASSSSS SEM PRESSÃO!

CÓDIGO: Kwai527387918

Era uma vez, AliOnde as histórias ganham vida. Descobre agora