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Assim que entreguei a chave pro Luís, Daniel me parou no corredor avisando que iria partir pra casa de uber comigo, estranhei, mas dei de ombros.

O carro não demorou muito pra chegar na boate e nem em casa, fui tirando a camisa logo na sala e indo pro meu quarto.

— Tá rolando alguma coisa entre você e Alicia, né? — Daniel perguntou abrindo minha porta.

Eu tava tirando minha roupa pra tomar banho, olhei pra ele com as sobrancelhas arqueadas e ele estava com aquela cara dele de cachorro sem dono.

— Do nada isso, moleque? — ignorei tirando a bermuda que eu tava.

— Fala sério, Patrick. Eu sei que tá rolando. — ele disse conformado encostando na porta.

— Tá rolando nada não cara. — menti pegando minha toalha estendida da cadeira do computador e passei por ele pro corredor.

— É mentira. — ele afirmou me seguindo. — Por que ela te escolheria pra levar ela pra casa?

— Por que você é chato pra caralho? — debochei. Ele revirou os olhos.

— Porra, que viagem. Você não vai me contar? — ele insistiu travando a porta do banheiro pra eu não entrar.

— Pergunta você pra ela, o assunto não é comigo. — o puxei pra fora e entrei no banheiro.

— Se tiver rolando o assunto é contigo mesmo, você que é meu irmão. — ele falou.

— Tomar no cu Daniel, na hora de me foder com o teu pai você não é meu irmão, né? Não fode. — disse com raiva e fechei a porta na cara dele.

— Como assim te foder com meu pai? — ele perguntou confuso do outro lado da porta.

Nem respondi porra nenhuma, o cara conseguiu me irritar. Só escutei depois de um tempo a porta da sala batendo forte e eu ignorei indo tomar meu banho.

ALICIA

Eu nunca em toda minha vida tinha sentido uma dor de cabeça tão louca quanto a hora que eu acordei. Meu quarto estava completamente escuro, minha cabeça não processava o dia anterior e eu não conseguia conter o enjoo.

Levantei da cama rápido e corri pro banheiro agachando na privada pra tentar vomitar, mas foi só alarme falso. Fui pra cozinha, olhei no relógio da parede e eram quase 13h da tarde de sexta.

Fui até o quarto das meninas com a mão na cabeça pra tentar aliviar a dor e nem elas estavam lá. Que manhã doida, ou tarde. Decidi tomar um remédio antirressaca e tomar um banho.

Me enrolei na toalha, me sentei no sofá assim mesmo e fiquei tentando recordar da noite passada, mas a última coisa que eu lembrava era do Matheus chegando com Phelipe.

Alguns minutos depois as meninas entraram pela porta com sacos de mercado na mão e rindo.

— Olha a bêbada acordada! — Eduarda me zoou colocando as compras na mesa.

— Podem começar a me explicar o que aconteceu que eu não lembro de nada. — bati no espaço ao meu lado do sofá.

— Não lembra de nada, nadinha? — Jade perguntou indignada. Eu neguei. — Meu Deus, vai chorar! — ela disse e as duas caíram na risada.

— Paremmm! — resmunguei dramática e fingi um choro. — Sentem logo aqui.

— Espera a gente guardar as compras. — Eduarda pediu e eu assenti.

Estava morrendo de dor de cabeça, não ia me oferecer não e elas sabiam que eu era cara de pau a esse ponto quando eu queria e quando eu fazia drama elas cuidavam de mim.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now