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EDUARDA

Assim que Alicia saiu pra beijar o boy dela - isso dito pela própria - comecei a beber e dançar como se não houvesse amanhã. Não ia de jeito nenhum ficar sofrendo pelo Matheus depois de tudo.

José era muito meu tipo e eu sabia que mesmo que ele fosse daquele jeitinho, todo carinhoso e etc, ele entendia que eu não queria relacionamento, então eu curtia ficar com ele pela diversão.

— Tu tá muito gata hoje, já te disse isso? — ele parou na minha frente e colocou uma mecha do meu cabelo pra trás.

— Só hoje? — fiz beicinho.

— Com certeza não, mas hoje tá surreal. — ele disse me puxando pela cintura e grudando nossos lábios.

O beijo dele não chegava nem aos pés do beijo que eu tinha com o Matheus, muito pelo fato de que não envolvia sentimento nenhum. Mas era bom, tinha malícia e dava um tesão muito doido dentro de mim.

Ele se afastou com um selinho, envolveu um braço no meu pescoço, beijou minha testa e voltou pros meninos.

— Caralho, outra? — ele gritou pra mais uma mina que entrava no camarote.

— Tu é sem noção demais. — Luís deu um tapa na cabeça dele. — E que outra...

— Claro que você tá falando isso, tua ex porra. — Bené disse indo cumprimentar a mina.

— Não acredito que você trouxe a Lorena, cara. — Livia disse feliz e foi agarrar a garota.

— Eu não trouxe nada, quem chamou foi o Bené. — Luís chegou perto da menina. — E aí, linda?

— Ex? — perguntei pro José fofoqueira.

— Aham, eles terminaram amigassos, mas ainda se gostam. Bené é muito louco, mane. — José caiu na risada.

— Vim animar, né? — ela disse terminando de beijar o Luís e começou a cumprimentar as meninas, incluindo eu.

Ela parecia ser muito maneira, ao contrário das outras que tinham chegado antes. A que tava pegando o Bené era até que maneirinha, mas a outra...

— Agora tá todo mundo de casal, ihaaaaa! — Bené gritou animado.

— Alicia não tá. — falei.

— Isso a gente resolve chamando o irmãozinho do Ptk pra cá, né não? — Luís disse abraçando o Patrick de lado que empurrou ele puto da vida. — Opaaa, ciumento.

— Que eu saiba eu também não tô. — ele disse emburrado.

— Porque você não quer, porque a outra ali não para de se jogar pra você. — olhei de rabo de olho pra mina chata.

Ele fez careta e eu ri pra caralho.

— Melhor ele aproveitar, daqui a pouco a outra lá do outro camarote vai vir perturbar ele. — José provocou. — Rebeca! — sussurrou pra mim.

Eu tava rindo muito do Patrick boladão quieto e os moleques enchendo o saco dele, ele caia muito na pilha.

— Para com esse bico do tamanho do mundo e bora dançar! — andei até ele e peguei seus braços o balançando. — Tava tão legal no carro.

— Tá bom, quer animar? — ele disse se soltando e eu assenti. — Bora comprar uma vodca lá e geral virar um copo.

— Aí tu quer me matar. — falei.

— Ué, não quer animar?

— Eu fecho! — Livia topou e daí só ladeira a baixo.

Os meninos foram lá comprar e ficou só nós meninas dançando no camarote.

Era uma vez, AliOnde as histórias ganham vida. Descobre agora