Capítulo 02 - Alguém Diferente

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View






Tomei um banho demorado com a música no último volume. Não me importa que tipo de música esteja tocando, o importante é não ser só eu… Preciso de vozes.

Depois que saí do banho, liguei a TV e deixei em um filme qualquer. Andrea tinha deixado o dinheiro em uma maleta sobre a cama. Liguei para o hotel e reservei uma suíte. Comi alguma coisa e fiquei me perguntando… Temos várias empregadas e elas vivem mais nesta casa que nós. Escovei os dentes e peguei a maletinha, indo para o hotel.



[•••]



O hotel era incrível, quarto enorme… Liguei a TV para não ficar sozinha e me deitei na enorme cama. Lembrei do homem da recepção que disse que tinha um mini-bar e caminhei até a sala. Me servi de um whisky e o virei todo. Aquilo queimou até minha alma… Caso eu tenha uma. Virei uns três copos antes da campainha tocar. Eu preciso de muito mais para ficar bêbada e Imra disse que eu fico bem mais humana quando fico bêbada. Por isso eu evito isso.

Abri a porta e conheci a primeira riqueza deste lixo de cidade. Nunca vi mulher mais linda… Loira, olhos azuis intensos, pele clara, devidamente contrastando com o vestido preto que ela usava que ressaltava as maravilhosas curvas do corpo dela.

— Entre. – Ela assentiu e entrou. — Pode sentar. – Ela o fez. — Você bebe alguma coisa?

— Sim, um vinho branco cairia bem. – Assenti e procurei o vinho. A servi e me sentei ao lado dela, com um copo de Whisky cheio. Ela provou o vinho. — Muito bom, obrigada.

— Então… Você beija na boca?

— Não.

— Eu pago mais.

— Não.

— Que bela puta eu fui arrumar. – Ela me olhou como se eu tivesse falado alguma besteira.

— Você me chamou de puta?

— Ai, desculpe… Você deve ter entrado no quarto errado... Eu contratei uma prostituta.

— Você contratou uma acompanhante de luxo, mas isso não te dá o direito de me ofender.

— Desculpe, madre superiora. – Ela negou sorrindo e balançou a cabeça.

— Realmente hoje não é meu dia... Agora eu entendo porque sua esposa não liga… Ela deve querer se livrar de você.

— Ela não quer se livrar de mim, ela aceita qualquer coisa para ficar comigo… Assim acontece com todas as mulheres que dormem comigo… Ficam de quatro. – Ela revirou os olhos.

— Olá, Sr. ego, acho que você deixou essa sala apertada.

— Vamos logo com isso, preciso comer alguém diferente. – Ela levantou e foi até a porta. — Sério isso?

— Arrume alguém que aguente essa quantia enorme de bobagens que você fala. Não estamos no mesmo ambiente nem há dez minutos e já enjoei até da sua voz.

— Meu senhor… A puta tem orgulho. – Ela jogou o vinho na minha cara e saiu batendo a porta. – Depois de uns segundos, ela entrou como um furacão.

— Quem você pensa que é? Acha que pode humilhar as pessoas e ficar impune?… E a sua consciência? Você tem uma? – Ela disse com o dedo apontado para mim.

Eu a peguei e empurrei até a parede, prendendo seus punhos sobre sua cabeça.

— Não, não tenho consciência, não tenho nada, sou só essa carcaça deliciosa que você está vendo. Eu entendo muito de mulheres e a regra básica de vocês… É que não importa o quão furiosa vocês saiam… Se vocês voltarem… É por que querem. – Ela me deu um tapão no rosto, chegou a virá-lo e eu a beijei. No começo ela esperneou, mas depois retribuiu, me puxando para ela e agarrando forte minha nuca.

Me afastei dela, para dar o tempo dela sair, caso não quisesse continuar. Ela ficou olhando em meus olhos e depois passou o dedo por meus lábios, puxando minha nuca e minha cintura. Subi o vestido dela e levantei sua coxa, a alisando e arranhando de leve. Subi mais seu vestido, até sua barriga e a peguei no colo, a levando até a cama. Ela tirou o vestido e estava de costas para mim, ela usava uma lingerie vermelha e pude ver algumas marcas roxas espalhadas pelo corpo dela, aquilo me destruiu um pouco, me senti culpada por falar aquelas coisas. Eu a abracei por trás e beijei a nuca dela várias vezes, ela levou a mão até meu cabelo e entrelaçou os dedos ali.

— Você é linda, Marie. Seu corpo é perfeito. – Ela se virou para mim e estava corada… acho que pela excitação.

— Obrigada. – Eu assenti. Tirei minha blusa e meu top.

— Olha… Eu não contei por telefone, mas você já deve ter sentido que sou diferente. Eu saí da cama e tirei minha calça e minha cueca. — Se você achar estranho… ou não trabalhar com meu tipo, pode ir.

— Você trouxe camisinha? – Ela perguntou sorrindo e eu assenti. Peguei uma no meu bolso e sentei na cama. Ela sentou no meu colo. Eu desenrolei a camisinha no meu membro e o guiei até a entrada dela. Ela sentou devagar e depois começou a se movimentar. — Ah…

— Porra… – Eu senti meu coração acelerado e minhas veias queriam saltar do meu corpo… aquilo era a melhor sensação que já havia experimentado. — Merda… isso… – Eu não aguentei com ela me deixando louca e a deitei na cama, a penetrando mais firme e mais rápido.

— Isso… vai… ah céus… – Ela arranhava minhas costas e meus olhos doíam de tanto que eu os revirava. A beijei de novo, os outros clientes não podem, mas eu posso… era o beijo mais desengonçado do mundo, pois não sei quem estava mais perdida em gemidos. Senti minhas bolas contraírem e ela apertou forte o corpo contra o meu, e rebolou frenéticamente contra meu pau… — Senhor… ahhhhh. – Ela gritou e suas paredes apertaram meu membro… Ela se tremeu toda e não sabia o que fazer… eu gozei e cai meu corpo sobre o dela. Ela ficou de olhos fechados por um tempo e depois me empurrou de cima dela.

— Hey, Calma.

— Não podíamos ter nos beijado. Não…

— Fica tranquila, não vou contar para os outros machos que te comem que você me beijou. Eu sou irresistível e isso é inevitável. – Ela levantou e começou a juntar as roupas.

— Não precisa ir, podemos fazer de novo.

— Eu nunca mais vou deixar você me tocar… é só um sexo bom, e depois? Tenho pena da sua mulher.

— Você é chata demais. – Sentei-me na cama. — Nem compensa ter uma boceta gostosa de ser fodida. – Novamente ela acertou um tapa em meu rosto.

— Espero não ter o desprazer de encontrar você de novo. Me dê logo o meu dinheiro. – Fiquei em silêncio e caminhei até a maleta.

— Pode pegar, não sei quanto tempo ficamos juntas. – Eu disse e me servi de mais whisky.

Passar a noite sozinha de novo não estava nos meus planos… não posso ficar sozinha. Ela caminhou até a porta.

— Eu adorei trepar com você, vou te ligar daqui há uns dias… quem sabe sua raiva não tenha passado. – Ela ficou parada e demorou um pouco para sair, mas se foi… deixando-me sozinha.

Liguei para Andrea e obviamente ela não estava em casa.

Vesti-me e peguei meu carro. Fui para os becos escuros de Nacional City e dirigi devagar, analisando quem teria a sorte de dormir comigo. Avistei uma que parecia triste de estar ali e estacionei ao lado dela.

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now