[ ADAPTAÇÃO ]
- Isso é tão tolo, os bobos caem nessa armadilha de se apaixonar... Eu sou diferente. Sou realista, pessoas gostam de sexo e devem fazer isso com várias pessoas, o mínimo que o sexo pode ser é bom... De bom para cima. - Lena Luthor.
...
Peguei o quadro, os pincéis, as tintas e entreguei a ela.
— Comprei o básico. Queria que você pintasse algo para mim. Teria problema? – Ela pegou o quadro.
— Faz um tempão que não pinto.
— Vamos lá... É pra mim... Eu assisto e depois podemos comer uma pizza. Abriu uma pizzaria nova com o dono italiano mesmo. Deve ser divina, podemos levar seus irmãos... – Ela me olhou. — Falei bobagem?
— Não, eu adorei a idéia. Vou tomar um banho e já volto.
Assim ela fez, depois colocou uma musica clássica e começou a pintar. Seus traços eram firmes, é como se ela já soubesse o que faria. Depois de uma hora, ela terminou e eu já estava de boca aberta.
— Minha nossa...
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— Não exagere, foi algo rápido e sem pretensão.
— Kara... Isso ficou incrível. Você tem que mostrar seu talento a alguém.
— Isso é coisa de começo de namoro, acha tudo que eu faço perfeito, mas não é tão bom assim.
— Podemos fazer o seguinte, vamos perguntar a Gayle. Ela faz avaliação em uma galeria, vamos levar esse quadro, mas não vamos dizer que é seu. Ela vai nos dar uma opinião mais que sincera, não vai puxar sardinha para ninguém.
— Não sei... Ela vai detestar e vou ficar deprimida.
— Não tem como detestar. Eu não entendo nada de artes, mas acho que você devia investir nisso. Vamos esperar Gayle concordar comigo amanhã.
— Amanhã? Não vai começar a trabalhar?
— Não, nenhuma empresa me aceitou.
— Por quê?
— Meu ex-sogro é muito influente e usou isso para me destruir. Subornou todas as empresas da cidade. Andei como louca e não consegui nada. – Ela me abraçou.
— Vamos dar um jeito... O apartamento, porque não vem morar comigo? Você dorme mais aqui mesmo.
— Não, Kara... Você não entende? Isso é sobre mim. Eu larguei tudo para podermos ficar juntas, mas não vou viver na sombra de outra mulher. Eu quero fazer algo por mim... Eu ainda tenho algumas economias, vou me virar até encontrar algo.
— Não seria viver na minha sombra... Você dorme aqui quase sempre, seria mais sensato.
— Vamos logo pra casa dos seus pais. Minha cabeça está cheia, preciso de crianças e quero conhecer seus pais. – Senti Kara travar. — Algum problema?
— Eu não contei para os meus pais que larguei o emprego.
— O que? Por quê? Eles vão adorar e você pode voltar a conviver com eles.
