Capítulo 29 - A Virada

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View


Eu rezei, é só o que faço ultimamente, rezo pra tudo melhorar, rezo pra isso passar... Só o que está ao meu alcance.

— Eu não sei, Lena. Não sei mesmo...

— Você quer terminar? – Eu perguntei, já estava ao lado da cama dela e ela olhou para a janela...

— Eu só quero que isso passe. E acho... Que você me lembra isso tudo. – Bingo! É a primeira vez na vida que estava certa e quero morrer por causa disso...

— Eu entendo você... Vou me afastar. Só quero que saiba... Que eu amo você. Que eu agradeço por cada segundo ao seu lado e você foi a única pessoa no mundo que viu o meu melhor. Eu só peço desculpas.

Beijei o rosto dela e senti o aroma dela... A dor era agonizante.

Saí do quarto e Eliza caminhou em minha direção.

— Lena...

— Ela terminou comigo.

— Mentira...

— Eu nunca brincaria com uma coisa dessas. Só... Cuidem dela, se mudem para a casa dela, ela ficava muito melhor com os irmãos e por tudo que é mais sagrado... Não a deixem beber. – Eliza me abraçou.

— Eu sinto muito, Lee.

— Não mais que eu... Eu... Não sei o que fazer.

Sai dali e peguei um táxi.

[•••]

O detetive esperava na minha casa. Ele, Amber e outro cara.

— Lena... – Minha mãe me abraçou. — Seu pai se matou. – Eu apenas a abracei.

— Estamos aqui, pois ele deixou uma carta, onde confessava que atirou em Kara a mando da Sra... Andrea Rojas. Ele deixou todos os bens dele para você, Lena e disse que sente muito...

— Pode ler a carta, mas temos que levar, pois será usada como prova.

— Eu não quero ler, eu não me importo. Qualquer assunto sobre isso agora é só de Kara. – Eu fiz um cheque e entreguei ao detetive. — Pronto... Obrigada por seus serviços. Agora... Podem ir.

Eles se olharam e saíram. Lembro-me de apagar no sofá.

Acordei com minha mãe me sacudindo.

— Acorda, Lena, vamos ao velório do seu pai. – Quanto tempo eu dormi?

— Vai sonhando que vou homenagear aquele assassino. Ele matou meu filho... Abandonou vocês...

— Lena...

— Vai, eu não me importo e não vou.

Disse e fui para meu quarto dormir, já havia perdido meus dois empregos para ficar cuidando de Kara... Nossa... Eu já estou morrendo de saudade dela. Será que ela está bem?

— Eu te amo tanto, Kara. Me perdoa. – Eu disse, como se ela fosse me escutar e comecei a chorar... Eu me sentia tão culpada.

[•••]

— Eu nem sei o que estou fazendo nessa merda. – Eu disse irritada, tudo me irritava ultimamente.

— Você foi intimada. Só você.

— Covarde. Acha que vou perdoar ele pelo dinheiro, depois de toda a merda que virou minha vida?

— Estamos com você, filha.

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now