Capítulo 17 - Blefe

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Lutessa Lena Luthor | Point of View


Na segunda a tarde, fui a uma das empresas que marcaram entrevista comigo. Ela era bem importante, então foi fácil de escolher. Me anunciei para a recepcionista e ela me guiou até a sala do DP.

— Olá, Sra. Luthor, sente-se.

— Obrigado, fiquei muito extasiada quando recebi a hora da entrevista, essa empresa é um sonho.

— Sra. Luthor... Eu queria me desculpar profundamente. Seus anos de experiência e suas qualificações são tudo o que estávamos procurando em tempos, mas...

— Oh céus! O “mas” sempre estraga tudo.

— Sim, o Sr. Rojas foi bem enfático na proibição da sua contratação. Eu, particularmente, fui contra pois acho que sua contratação nos traria muito mais lucros, mas ele fez uma proposta direta para o meu superior e ele aceitou na hora.

— Droga! Se ele conseguiu com vocês...

— Eu liguei para oito empresas de amigos meus e eles também estão na mesma. – Ele me disse.

— Tudo bem... Vou dar uma circulada.

— Desculpe, Sra. Luthor.

— Não se preocupe. Eu vou ver o que faço.

Nos despedimos e eu fui a todas as outras empresas que tinham me feito uma proposta e todas me deram desculpas esfarrapadas.

Cheguei à minha casa provisória e me atirei no sofá. Kara está ajudando na creche de Nia.

Eu fui até o centro e comprei uma tela, alguns pincéis e outros materiais para pintura. Kara gosta disso, mas não foi estimulada a continuar trabalhando o dom. Quer dizer... Eu nunca vi nenhuma pintura dela, mas tenho a impressão de que são incríveis.

Fui até a casa dos meus pais e minha mãe me recebeu. Ela me abraçou e eu estranhei a atitude dela.

— O que houve?

— Você está bem?

— Estou ótima... Por quê?

— Seu pai disse um monte de coisas e está te procurando faz tempo.

— Faz tempo que não o vejo. Quero ver a Katie

— Ela está no quarto, mas seja rápida, pois seu pai volta às 18h.

Assenti e entrei no quarto da minha irmã.

— Tess! – Ela disse e pulou no meu colo.

— Hey, pequena! Que saudade de você.

— Eu também, Tess. Você demorou, disse que me levaria na casa legal da irmã dos gêmeos.

— Hey, pequena! Esse é nosso segredo, lembra? Não pode contar pra ninguém.

— Sim, mas quando você vai me levar?

— Vou tentar... Mas vai ser complicado, pois seu pai está muito irritado comigo.

— Eu não quero ficar mais longe de você, Tess, volta pra cá.

— Eu não posso, pequena. Seu pai... Olha, são muitos problemas.

— Os adultos complicam tudo.

— Complicam mesmo, mas não esquece que amo você. Amo muito. – Ela apertou forte meu pescoço.

— Amo você, Tess. Sinto sua falta.

— Eu também, amor. Sinto muito mesmo.

Nos despedimos e eu desci as escadas, minha mãe me deu outro abraço e saí dali.

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now