Capítulo 19 - Amor

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View



Ele levantou e foi para a sala de jantar, achei que era um momento deles e os deixei. Caminhei pela sala e vi fotos de Kara pequena. Da família reunida... Ela vestida de  pandinha... Quero essa foto.

Os gêmeos desceram as escadas e ficaram surpresos em me ver ali. Ficamos conversando um pouco e Kara entrou na sala. Ela estava com o rosto vermelho, ela havia chorado e me abraçou. Ficou um tempo no meu ombro.

— Aconteceu alguma coisa? Quer ir embora? Desculpe Kah, mas acho que eles não gostaram de mim. Eu devia ter procurado um emprego antes de fazer isso.

— Não é isso... Eu só estou emocionada. Não sei... Me sinto mais leve agora.

— Que bom, amor. – Eu beijei a testa dela e depois os lábios. Escutamos um pigarrear ao fundo e ela se afastou rapidamente, mas não precisamos nos esconder, a puxei pela cintura e fiquei agarrada a ela.

— Minha pequena, me dê licença para conversar com Lena. – Kara assentiu, beijou meu rosto e saiu da sala. — Pode se sentar, Lena. – Sentei e ele sentou a minha frente. — Você não me parece ser uma pessoa educada, se veste como uma marginal. – Eu tirei o boné. — Mas é inteligente, não me pediu para namorar Kara, como os garotos mijões que Kara trazia aqui quando era mais nova, que não tinham culhão para assumirem namoro e me pediam como se nunca tivessem feito nada com ela. Você é sincera, admitiu o erro e disse o que todo pai quer ouvir. – Coloquei o boné de novo. — Que vai fazer minha filha feliz. E ela está completamente apaixonada por você. Sinceramente, eu queria que minha filha saísse dessa vida e aproveitasse um pouco, mas pelo visto, terei que aturar você.

— Vai mesmo, pois não vou sair de perto de Kara. Só se o senhor me matar.

— Esse é o plano “B”. É só fazer ela chorar uma vez. Meu nome é Jeremiah Danvers, mas todos me chamam de Jerry, e por favor, não me chame de sogro.

— Ok sogrão, meu nome é Lutessa Lena Kieran Luthor, não gosto de apelidos, mas Kara me chama de Lee e eu aceito porque é ela. E eu não convivo bem com regras.

— Você é bem atrevida.

— O tempo está me melhorando.

— Não gostei de você. – Eu dei os ombros. Não me importo, a Kara gostando já está bem.

Kara nos chamou para jantar. Comecei a conversar com os gêmeos, pois o pai de Kara me cortava a cada frase que disparava a um deles. Foi horrível, mas pela Kara eu aguento toda e qualquer tipo de humilhação.

Na hora da despedida, Kara abraçou os pais.

— Venha mais vezes, minha filha. Não queremos mais ficar tão longe de você... Até morar aqui você pode. – O pai dela disse.

— Não precisa, pai. Eu vou vir mais vezes, a Lee estava certa, eu precisava disso, sempre vou precisar, vou vir sempre. – Eles sorriram e eu acenei para eles, mas a mãe dela caminhou até minha frente e me abraçou.

— Muito obrigada, Lena. Não sabe o quanto sou grata a você. – Eu retribui e sussurrei no ouvido dela.

— Alivia minha barra com o grandão ali e tá tudo certo. – Ela sorriu.

— Não ligue para ele. Ele sempre foi ciumento com Kara... Ele nunca vai aceitar os namorados dela.

Assenti, vi Kara abraçar o pai e saímos dali.

Entramos no carro e levei-a em casa, estacionei na frente. Ela tirou o cinto.

— Estaciona lá dentro.

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now