[ ADAPTAÇÃO ]
- Isso é tão tolo, os bobos caem nessa armadilha de se apaixonar... Eu sou diferente. Sou realista, pessoas gostam de sexo e devem fazer isso com várias pessoas, o mínimo que o sexo pode ser é bom... De bom para cima. - Lena Luthor.
...
— Lee... – Kara entrou na cozinha... — Acho que chegou a hora. – Eu sorri...
— Bom... Vamos tomar um banho quente. – Ela assentiu e fomos para o banheiro. — As contrações estão muito espaçadas?
— Estão diminuindo. – Assenti. Desliguei o fogão e estava sorrindo muito.
Subimos as escadas e ela apertou minha mão.
— Ok... Vai doer, amor. Mas vamos conseguir. – Ela assentiu e eu entreguei um biquíni para ela, coloquei uma sunga e uma regata.
Eu fiz tudo que o médico recomendou, liguei o chuveiro bem quente e entrei com Kara ali. Ela soltava gemidos de dor, massageei as costas dela como me mandaram.
— Nosso pequeno está chegando. – Eu disse e beijei a nuca dela. Estava tentando manter ela calma. — Fique sob a água que vou ligar para Dra. Liane. – Ela assentiu.
[•••]
Esse parto é o pior tipo... Kara está firme, mas eu estou sofrendo pelas duas. Estamos na sala do hospital, temos a médica que o Dr. de Kara indicou e que está nos acompanhando desde que conversamos com ele sobre a vontade de Kara e uma fisioterapeuta. Eu tinha ligado para toda galera no caminho, estava muito empolgada.
Kara está em uma bola de fisioterapia, fazendo muito movimento para ajudá-la no parto. Ela está tonta de tanta dor e isso me quebra no meio.
— Está na hora. Entra na banheira, Kara. – Sentei na borda da mesma e ela me encarou.
Ela apertou minha mão e agonizou... Fechei meus olhos... Eram horas sofrendo, se eu já estava cansada, imagina ela. Fiquei em pé e dei um beijo estilo homem-aranha nela, encarei seus olhos e beijei sua testa.
Olhei para baixo e vi um sangue se espalhando com a água e a cabeça dele aparecer.
— Ótimo amor... Você sabe que agora vai ser desesperador, mas eu estou com você. – Beijei o pescoço dela e ela levou a mão à cabeça dele, a médica disse que ela tentaria puxar para aliviar a dor, mas eu afastei sua mão. Ela apertou meu braço.
A médica se aproximou, fez um movimento e logo tinha um garotão dentro da água. Eu estava me debulhando em lágrimas... Era uma emoção sem explicação. Liane o virou e o deitou no peito de Kara, que estava chorando.
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Ele era perfeito... Choramingou pouco e logo a enfermeira colocou a pulseira nele e em Kara. Elas cortaram o cordão umbilical. Foi um momento mágico e a emoção é mais que inexplicável... Você fez uma vida e a viu chegar ao mundo, da forma mais natural possível.
— Pega ele, Lee... – Kara disse, ofegante e exausta. Seu rosto... o corpo todo estava extremamente inchado. Ela me entregou ele... Céus. Eu chorava de soluçar, eu tinha imaginado esse momento muitas vezes e tinha me policiado para não fazer fiasco, mas não deu. Ele é o bebê mais lindo do mundo...
— Oi pequeno... É a mamãe... Como você está? – Ele não chorou mais, apenas ergueu a mãozinha... Eu a beijei. — Não sabe o quanto esperei você, pequeno. – Olhei para Kara que estava como eu, chorando e rindo ao mesmo tempo. Entreguei-o para Kara e ela beijou a testa dele.
[•••]
Eu estava olhando Kara amamentar nosso filho... São muitas emoções para uma noite.
— Isso é lindo... – Eu disse a beijando. — Que ato maravilhoso... Nunca pensei que seria tão lindo esse gesto.
— Ele é lindo Lee...
— Perfeito! Meu coração está desnorteado aqui no peito.
— O meu também.
— Quero ver o meu novo netinho! – Henry disse entrando no quarto. Com ele entrou toda a turma.
— Olha se ele não é lindo? – Kara disse o virando.
— Perfeito! – Ouvi muitos elogios, todos estavam emocionados, senti uma mão pousada no meu ombro.
— Mandou bem, Luthor. – Barry disse e eu o abracei.
— Dou todo o mérito a Kara... Ela foi muito forte.
— Parabéns, grande gafanhota. Agora virou hominho.
— Não enche... O único “inho” aqui é seu amiguinho.
— Pare de menosprezar meu pequeno herói.
— Vou te deixar porque hoje é o dia mais feliz da minha vida. – Ele me abraçou forte, de verdade mesmo.
— Você merece gafanhota. Você merece! – Ele me ergueu e pela primeira vez, eu retribui, abraçando ele mais forte e chorando um pouco no ombro dele. Quando paramos e nos encaramos, ele estava chorando também. — Me dá um beijinho... – Ele disse se inclinando e eu me desvencilhei dele.
— Sai daqui... Não beijo macho.
Todos riram e logo ele foi para perto, ver meu primogênito.
[•••]
— Você não cansa? – Kara perguntou tocando meu rosto, eu estava observando nosso filho mamar e estava encantada...
— Como cansar? É a coisa mais preciosa que meus olhos já presenciaram. A mulher da minha vida e meu garotão... Juntinhos... É um privilégio.
— Eu... – Kara fez uma careta. — Segure ele. – Ela disse e eu o peguei. Ela levantou e os lençóis estavam ensanguentados. Ela caminhou até o banheiro e eu deixei o pequeno no berço ao lado da nossa cama. Kara deixou uma trilha de sangue e sentou no vaso.
— Está saindo ainda? – Ela assentiu. Peguei o celular e liguei para a médica.
— Olá Luthor.
— Oi Dra. Liane.... A Kara está sangrando muito… Muito mesmo, ela jorrou sangue por todo o quarto e está no vaso sangrando...
— Ok... Fiquem calmas, isso é perfeitamente normal. O útero de Kara está voltando ao normal, foram meses sem menstruar, agora o organismo dela vai se limpar sozinho. É natural. Me ligue se ela ficar muito fraca, mas isso é raro.
— Obrigada, Dra. Liane.
— Por nada... Ligue-me sempre que tiver uma dúvida.
— Ok. – Desliguei e a levei para o box, tirei o resto da roupa dela e liguei o chuveiro. – Ela disse que é normal, seu útero voltou para o lugar dele e agora seu organismo vai se limpar... Por você não ter menstruado.
— Que nojeira. – Ela disse. — Me deixe fazer isso sozinha... É vergonhoso...
— Não pense nisso... É natural, acontece. Eu só vou ver se nosso pequeno está bem e já volto.
Assim o fiz, observei-o um pouco e logo voltei para ajudar Kara.
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