Capítulo 63 - Inesquecível

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View

Meses depois...


Cheguei à nossa casa e Kara estava lendo na varanda.

— Oi amor... Como passou?

— Bem e você?

— Bem... Esse contrato foi uma benção, mas cansa tanta responsabilidade. – Ela abriu espaço no balanço e eu sentei ao seu lado.

— Mas você vai tirar de letra. – Ela beijou meu rosto e se aconchegou ao meu corpo.

— O que está lendo? – Peguei o livro. — Parto humanizado?

— Sim...

— É o que o bebê nasce na água?

— Não necessariamente, mas é o que tem muito pouca de intervenção médica...

— Quer fazer isso?

— Não sei se posso... Eu não sei se minha outra gravidez não me deixou com nenhuma sequela. Eu tenho que estar cem por cento para isso.

— Mas acho que se tivesse algo, teríamos problemas para ter outro filho... E isso não aconteceu, foi instantâneo, vamos conversar com seu médico se é isso que você quer.

— Falando nisso... Você está me devendo uma piscina. – Ela disse e eu entrelacei nossos dedos.

— Eu pensei muito nisso... Mas enquanto a Andrea não dá as caras, acho melhor não deixarmos pessoas estranhas circulando por nosso quintal, quando isso acabar, vou dar um jeito na sua piscina.

— Verdade... Nenhum sinal dela?

— Não... Eu desconfio que ela saiba do nosso sistema reforçado de segurança.

— Será?

— Eu acho, mas não vamos falar sobre isso. Vamos pedir algo para comer?

— Hoje é quarta. – Ela disse.

— Putz... Que droga. Esqueci mesmo.

— Vamos nos arrumar então.

[•••]

Estávamos jantando, preferi não beber esta noite, pois seria o caos acordar de ressaca e ter de trabalhar no outro dia.

— E o jantar, Kah? Vai fazer na sua casa ou seus pais vão faze-lo?

— Lena e meu pai estão guerreando por isso. Eu estou esperando por eles. – Eles riram.

— Vai ser na nossa.

— Meu pai diz o mesmo.

— Eu vou ganhar essa guerra.

— Céus, Kah. Paparicada desse jeito... Que vida difícil. – Caitlin falou e Kara repousou a mão no ombro.

— Um sacrifício. – Me puxou e beijou meu rosto.

Seguimos o jantar e depois Henry pediu para que eu fosse ao escritório dele. Me sentei no sofá e logo ele entrou acompanhado por Barry.

— Vou ser bem breve... O que é raro. – Ele disse e pensou. — Talvez eu não seja breve. – Nós rimos... Isso é provável, já que tudo vira um discurso com ele. — Sabe... Eu ando muito cansado, quero descansar, viajar com Nora a hora que der na telha para qualquer lugar do mundo. Eu estou ficando mais velho a cada dia e sinto que perco muito tempo não estando com ela.

— Papai... Você não é velho.

— Tem mais pique que o Barry. – Eu disse e B. bateu na minha cabeça.

TRAP - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora