TRAP - Adaptação Karlena

Capítulo 22 - O Jantar

Lutessa Lena Luthor  |  Point of View

Pela manhã, eu apenas levantei, pois não consegui fechar o olho. Minha mãe estava assistindo TV na sala.

— Como foi a noite, mãe? Precisamos colocar outra cama naquele quarto.

— Não se incomode, Lena. Porque essas olheiras?

— Não consegui dormir direito.

— Não queremos ser um incômodo.

— Não são... Fiquem tranquilas. Vamos dar um jeito... Eu só preciso organizar minha mente. A Kara realmente está grávida.

— Fico feliz por você, filha.

— Eu preciso de um emprego descente. Eu vou ganhar uma mixaria de recepcionista... Acho que vou vender meu carro.

— Lena... Você ama o seu carro.

— Eu amo você, mãe. Amo a Katie e amo a Kara. Preciso rever minhas prioridades.

— Eu vou procurar um emprego pra ajudar você.

— E quem vai cuidar da Katie? Não vamos nos precipitar. – Sentei no sofá. — Essa hora a Kara foi pra faculdade, vou lá ver como ela está. — Deixei uns dólares na mesa, não tenho nada na geladeira, tem um mercado na esquina.

— Tudo bem, obrigada minha filha.

Assenti e peguei meu carro... Na verdade acho que é a ultima volta que vou dar com ele.

Cheguei na faculdade e fiquei esperando o intervalo. Minha cabeça doía de tantas dúvidas e de tantos problemas. Logo Kara saiu da sala e só de vê-la, meu coração pulou louco no peito e eu sorri... Eu sou tão sortuda.

— Lee? O que faz aqui?

— Vim ver a mãe do meu pequeno. – Ela sorriu. — Como você está, amor? – Ela me abraçou.

— Muito bem, Lee. É cedo, mas acho que já sinto ele. Eu sorri e coloquei minha mão na barriga dela.

— Nosso amor está aqui, Kara.

— Está, Lee. Mas você não dormiu direito?

— Não... Meu pai penhorou a casa dele e agora Katie e minha mãe estão naquele cubículo que alugo.

— Já cansei de dizer pra você morar comigo.

— Minha mãe, irmã e eu? Seria muito abuso.

— Lee, vamos nos casar de qualquer forma. Só estamos adiantando as coisas.

— Vou ver se a Katie se adapta lá, se não eu penso na sua proposta.

— Melhor assim. – Ela se virou e me fez abraça-la por trás. — Eu marquei um jantar com meus pais hoje. Vamos contar a eles.

— Tudo bem, espero que seu pai não me enforque.

— Não... No máximo ele vai cortar seu pau fora. – Eu gemi de dor só de pensar.

— E você deixaria? – Ela se virou e circulou meu pescoço com seus braços.

— Ele é meu pai, tenho que respeitar as decisões dele. – Fingi indignação e ela mordeu meu queixo.

— Se bem que... A mais prejudicada seria você... Não poderia mais desfrutar do meu talento.

— Bom... Você é bem talentosa com essa boca linda, então não seria tão prejudicada assim.

— Que bom que vou deixar um herdeiro no mundo.

— Sim. – Sorrimos e eu selei nossos lábios.