Capítulo 75 - Maturidade

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View


Acordei e fui ver o Lu... Acho que ele já se acostumou, pois me espera acordado. Estendeu os bracinhos e eu o peguei.

Dei um banho nele, o deixei com uma roupinha confortável e preparei sua mamadeira. Sentei no sofá e o coloquei
sobre minhas coxas, dobrei meus joelhos para que ele ficasse mais confortável.

Ele terminou e eu o coloquei no meu ombro, fiquei nos movimentando e batendo de leve nas costinhas dele, até que ele arrotou... Potentemente.

— Nossa... Esse é meu garoto. – Eu disse o encarando e ele sorriu. Coloquei o bico na boquinha dele e comecei a niná-lo, me arrisquei a cantar alguma coisa e logo ele estava pesando os olhinhos.

O coloquei no bercinho e fui me arrumar para a empresa.

[•••]

Quando cheguei, Gustavo me esperava na recepção e eu fiz um sinal para que ele me seguisse.

— Lena...

— Eu não quero que me peça desculpas novamente.

— Eu dependo muito...

— Você vai manter seu emprego... Mas precisa fazer algumas coisinhas.

— O que? – Eu me sentei na poltrona e me virei para ele.

Sônia está tirando umas cópias na recepção, são relatórios, notei várias discrepâncias neles, e como você acha que é um chefe muito melhor... Tem até o fim do dia para me entregar tudo. – Ele assentiu. — Pode começar.

Ele saiu da sala. Esperei Sônia entrar com os arquivos originais e comecei a fazê-los. Antes do meio dia, havia terminado e fui almoçar com minha secretária, como minha pausa não durava muito, o máximo que conseguíamos era um sanduíche na lanchonete e logo eu estava em frente à tela do computador.

Barry chegou e uma pilha de novos contratos surgiu, corremos muito, mas antes das seis, estava tudo pronto.

Sônia entrou na sala e avisou que Gustavo estava ali.

— Pode mandar ele entrar. – Ela assentiu e saiu da sala.

— O que esse babaca quer?

— Porque babaca?

— Nunca fui com a cara dele.

— Não sei, mas nos deixe sozinhos, por favor.

— Deve ser um aumento.

— Talvez. – Eu disse e Barry juntou suas coisas, saindo da minha sala. Quando Gustavo entrou na sala, com uma cara de velório, imaginei que não havia conseguido.

— Lena... Eu tentei, mas não consegui achar soluções que não demandassem mais dinheiro que o sugerido.

— O que você acha disso? – Entreguei o relatório que eu havia feito... Ele leu, comparou com a dele, leu de novo.

— Isso é incrível...

— E deste? – Entreguei o que Barry havia feito. Novamente ele conferiu e comparou com o dele.

— Como é possível?

— Barry e eu somos fodões, Gustavo. Não estamos aqui brincando, podemos parecer pouca coisa, mas sabemos muito bem onde estamos e quais são nossas obrigações.

Eu nunca me fiz de vítima para conseguir as coisas e eu tenho vários motivos para isso, passei por coisas que você nem sonha e esse é um dos principais motivos para você nunca me julgar.

— Eu não... Eu sempre quis esse posto.

— Todos querem, Gustavo. Eu pensei muito durante a noite sobre o que fazer com você, resolvi mostrar que você não é melhor que eu... Ou que Barry.

Outra coisa... Você pode falar o que quiser sobre minha pessoa, mas se eu ouvir o nome da minha esposa na sua boca de novo... Eu vou esquecer meu cargo e vou arrebentar seus dentes.

Todo mundo trabalha pensando no quanto se pode evoluir, mas se você não evolui como pessoa, acha mesmo que pode comandar uma empresa deste porte? – Ele baixou o olhar. — Eu não vou dizer que sou perfeita, mas me dedico a fazer muito bem tudo que me propõem. Na vida pessoal e aqui. Não vou dizer que não tive medo e não fiquei insegura, olha a responsabilidade que tenho nas mãos, mas isso é natural. Eu tive medo antes de namorar, antes de casar e quando soube que seria mãe. E obviamente achei a maior loucura ocupar o lugar de Henry, mas aceitar foi a melhor coisa que fiz. Eu estou indo muito bem, obrigado e não preciso da sua aprovação, já que fui escolhida pelo homem que pode ou não me julgar aqui.

Eu não vou mandar você embora, pois olhei sua ficha e você realmente tem muitos filhos e pela idade devem estar mesmo na faculdade e eles não tem culpa do pai ser um escroto.

— Meu Deus! Obrigada, Lena. Não sabe o quanto serei grato...

— Não quero sua gratidão. Sônia está procurando cursos e palestras sobre crescimento pessoal. Vamos ver se assim você aprende a ser um pouquinho melhor.

— Obrigado mesmo assim.

— Pode se retirar. – Ele saiu.

Sei que era uma coisa para dividir, mas agora que estou em um cargo importante, devo resolver minhas pendências sozinha. Barry socaria o homem e Kara ficaria preocupada comigo convivendo com uma pessoa dessas, Henry o mandaria embora sem pestanejar, mas acho mesmo que os filhos não têm culpa.

[•••]

Cheguei a minha casa e estava tudo fechado, então lembrei que Kara iria visitar os pais hoje. Tirei meus sapatos e meu colete, afrouxei minha gravata e subi as escadas... Escutei uma musica no quarto e abri a porta devagar. Kara estava deitada na cama, completamente nua, o que me fez largar tudo que estava em minha mão. Seu rosto tinha uma maquiagem pesada, lábios bem marcados de vermelho e os olhos perfeitamente destacados. Eu estava com minhas pernas bambas.

— Kara...

— Lee... Deixei nosso filho com meus pais por umas horinhas. Acho que precisamos nos aproveitar um pouco... – Eu comecei a tirar minha roupa rapidamente.

— Vou tomar um banho bem rápido já volto aqui. – Eu disse correndo para o banheiro e a escutei rir quando entrei afobada nele.

Saí do banho, me enxuguei e logo estava no quarto. Pulei na cama e a beijei.

— Kara... Não sabe o quanto eu precisava disso.

— Eu também preciso, amor. – Ela levou a mão embaixo do travesseiro e tirou o chicote de lá. Instintivamente eu gemi e me sentei no centro da cama, colocando minhas mãos perto da guarda da cama, só a esperando me algemar.

 Instintivamente eu gemi e me sentei no centro da cama, colocando minhas mãos perto da guarda da cama, só a esperando me algemar

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Cara da Lena ao chegar em casa...

Vou te contar... Não sei se tenho mais inveja da Lena ou da Kara. 🤔

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now