Capítulo 69 - Mulheres

1.1K 142 44
                                    

Lutessa Lena Luthor  |  Point of View




— Não... Eu não entendi aonde você quer chegar. – Eu disse como se o assunto não fosse incômodo e trocando de canal.

— Nem eu sei por que estou falando disso. – Ele disse vermelho... Ele estava muito sem graça. – Você já procurou alguma acompanhante?

— Você já?

— Não. Mas fiquei tentado, pois você sabe que eu era muito inseguro e essa prostituta avaliava os caras e colocava notas nas transas. Mas eu não a contratei, pois fiquei com medo de ser esculachado e confirmar minhas inseguranças. Mas você não me respondeu.

— Eu já utilizei de todos os recursos possíveis para transar. Isso não é novidade.

— Mas eu queria saber o porquê disso. Você tinha qualquer mulher... A hora que quisesse. Porque procurava prostitutas?

— Eu não sou um ímã de mulher... Tinha noites em que eu não conhecia ninguém.

— Mas não dava para ficar umas noites sem sexo?

— Não era só sexo... Ajudava, mas eu não conseguia ficar sozinha... Eu precisava de música... Ou TV... Precisava de vozes. Minha mente era confusa, ficar comigo mesma era o fim do mundo para mim.

— E agora? – Eu parei para pensar.

— Agora eu me sinto em paz... Em qualquer situação eu fico bem, com Kara, com meu filho... Sozinha.

— Que bom... Você não quer me contar nada?

— Você já sabe tudo sobre mim. – Ele me encarou e assentiu.

Deitou e ficamos assistindo a alguns clipes até a hora da reunião.

[•••]

— Minha irmãzinha, você arrasou lá. Céus! Nem meu pai se saiu tão bem, nem parecia essa ranzinza irritante que conheço.

— Eu estava inspirada mesmo. Queria que acabasse logo para que eu durma e volte para casa.

— Dois a zero.

— Pede um quarto só para você. – Eu disse entrando no elevador.

— Não. Vamos dormir juntos e acordar de conchinha. Como nos filmes.

— Cala a boca.

— Eu não quero dormir sozinho hoje.

— Porque não pediu um quarto com duas camas então?

— Deixa de ser chata. Eu queria a suíte principal.

— Por isso que eu ganho um monte de contrato e nunca dobramos o lucro.

— O lema de nosso querido papi é... Funcionários em primeiro lugar.

— Você é tão chato que até uma viajem de elevador dura vinte anos.

— Tirou as palavras da minha boca. – Ele disse e as portas se abriram. — E eu fico com o controle. Vamos assistir uns pornôs.

— Quantos anos você tem?

— Não sei. Sou tão viril que me confundo as vezes.

— Oito.

Abri minha mochila e peguei minha roupa, indo para o banheiro.

Quando saí do mesmo, Barry estava sentado na beira da cama e vidrado na TV.

— Isso é humanamente impossível. – Ele disse enquanto uma mulher se virava em trinta para atender cinco caras com paus enormes.

TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now