Capítulo 70 - Confirmação

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View


— Não. Todos são homens e bem velhos.

— Quero fotos depois. – Ela disse irritada e eu segurei o queixo dela, dando um beijo em sua boca.

— Não seja ciumenta, minha vida. Sabe que só tenho olhos para minha esposa dos olhos mais lindos da face da terra. – Ela se forçou para não rir, mas acabou se entregando.

— Odeio não conseguir ficar irritada com você. – Ela disse indo até a mochila de Lu. – Temos que nos arrumar para o almoço.

Assenti e o coloquei no berço novamente.

Eu estava arrumando minha gola da camisa polo e Kara colocava seu vestido soltinho, pois cismava que estava gordinha, mesmo que eu não ache sequer um resquício de adiposidade naquele corpo lindo.

— Kara... Preciso conversar com você.

— Fale, amor. Que séria. – Ela sorriu e eu sentei na cama.

— Você não acha que já está na hora de excluir seu blog? – Ela arqueou a sobrancelha.

— Está com medo que descubram? Vergonha?

— Não. – Eu disse achando um absurdo. — Você que vive dizendo que não quer ir às minhas festas de trabalho, pois tem medo que alguém te reconheça. Eu nunca teria vergonha disso, Kara. Me ofende que você pense dessa maneira.

— Porque esse assunto agora?

— Barry... – Ela arregalou os olhos. — Ele associou seu nome com o de uma acompanhante que um colega indicou... Ele ligou os pontos.

— Eu achei que você já havia contado para ele... Vocês são tão íntimos.

— Eu contei sobre minha vida inteira a ele, mas isso é seu, Kara. Seria muito imbecil se eu espalhasse suas intimidades por aí. Eu só quero dizer que ele desconfia.

— O que você quer fazer?

— Nada. Eu só estou te dizendo que ele desconfia, mas não me importo com isso. Essa conversa foi bem mais tensa do que imaginei. Vergonha de você? Ridículo, Kara. – Falei me levantando.

— O jeito que você disse. Eu não me importo que descubram, eu até estava a fim de fazer outro post, dizendo que estou muito bem casada e que temos um filho.

— Pode fazer... Eu vou amar ler. Você escreve muito bem.

— Eu não me importo se você quiser contar para eles. Fique a vontade. Não sou mais paranóica com isso, pois se te conheci por causa disso, com certeza, valeu a pena. – Eu sorri.

— Eu amo você, Kara. Nunca senti vergonha de você, pelo contrário, sinto orgulho por você ter se sacrificado por causa de sua família. Eu tenho o maior orgulho da mulher guerreira que tenho como esposa. Eu não quis ser grossa... Você me conhece, não consigo me expressar direito. Mas pode escrever o post, pode colocar foto nossa e eu até assino em baixo se você quiser... Só não pense que você me envergonha. – Eu a abracei forte e ela me apertou.

— Eu amo você, Lena. Se te deixa confortável, pode contar ao Barry... Ou ao Henry. Não vai interferir em nada... Eu já
contei a Nora, mas ela disse que guardaria segredo. Na verdade, ela aceitou muito melhor do que eu pensei.

— Muito bom. Ela é incrível mesmo.

Kara começou a se maquiar e eu fui colocar a mochila de Lukas no carro.

[•••]

Havíamos acabado o almoço e Henry nos liberou de trabalharmos a tarde. Ficamos conversando um tempo, até que Barry levantou.

— Você nem sabe o que eu comprei na viagem. – Ele bateu no meu ombro e pegou algo dentro da pasta dele. Era o DVD de um filme... As fitas de Poughkeepsie.

— Aonde você achou isso?

— Quando conversamos sobre esse filme, eu pesquisei se havia algum lugar que tinha... Aqui, obviamente não, mas tem essa lojinha macabra em Londres que tem todos os clássicos.

— Clássicos... Nos poupe, vão ser essa chacina sozinhos no quarto e no volume mais baixo. – Nora disse em um tom severo e nós assentimos.

Subimos as escadas e logo estávamos deitados na cama, vendo aquele horror concentradíssimos.

— Lena... Sabe que podemos conversar sobre qualquer coisa, né? E como eu me considero seu melhor amigo... Minha irmã de coração, eu preciso compartilhar uma coisa com você.

— Fale.

— Eu acho mesmo que a tal acompanhante de luxo é a Kara. Pelo último post dela, o tempo é o mesmo de relacionamento de vocês.

— Olha B... Kara era sim acompanhante. Foi assim que a conheci.

— Então você sabia?

— Claro que sim...

— Que susto! Achei que você era milico desavisado. Mas papai disse que Kara era nobre demais, e se fosse ela mesmo, ela teria contado a você. Porque você nunca me contou?

— Você é meu irmão cara, mas isso não é sobre mim... É a privacidade dela. Só estamos tendo essa conversa porque ela me autorizou. Isso é a vida dela.

— Você está certa... Me desculpe. – Eu o abracei.

— Obrigada por se preocupar.

— Eu amo você. Vou me preocupar para sempre.

Aquilo fez meu coração acelerar, mas voltei a posição em que estava e ele retornou na parte do filme onde estávamos.

[•••]

Chegamos a nossa casa, Kara tomou um banho e foi preparar um bolo. Deixou o Lu no cercadinho deitadinho com alguns brinquedos e eu fiz um sanduíche para esperar o empreiteiro que ajudaria na reforma da casa.

Quando ele chegou, mostrei onde queria pintar, falei as modificações e ele anotava enquanto eu falava. Depois ele disse o que podia fazer quatro orçamentos. Estudei um pouco eles... Que eram bem caros, mas Kara queria muito essa piscina, então tive que ficar com o mais caro.

Ele saiu e eu fiquei organizando um orçamento na minha cabeça. Até ela sentar no meu colo e começar a falar que não via a hora de se bronzear. Beijei o ombro dela e ela me abraçou. Ficamos olhando Lukas dormindo no cercadinho, então decidimos coloca-lo no berço.

O bolo ficou pronto e Kara o partiu, o deixando esfriar no balcão. Ela massageou meus ombros e eu relaxei um pouco.

Depois de comermos, subimos para nosso quarto, depois de fazer minha higiene me deitei esperando minha esposa.

Depois de um tempo Kara finalmente deitou-se ao meu lado e nos cobrimos. Estava um frio intenso e eu cedi meu lugar para ela não deitar na cama gelada, pois havia me deitado bem antes dela.

 Estava um frio intenso e eu cedi meu lugar para ela não deitar na cama gelada, pois havia me deitado bem antes dela

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TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now