[ ADAPTAÇÃO ]
- Isso é tão tolo, os bobos caem nessa armadilha de se apaixonar... Eu sou diferente. Sou realista, pessoas gostam de sexo e devem fazer isso com várias pessoas, o mínimo que o sexo pode ser é bom... De bom para cima. - Lena Luthor.
...
Peguei o celular de Kara e marquei uma consulta com o médico dela na primeira hora da tarde. A arrastei para lá sob vários protestos.
— O que viemos fazer aqui?
— Só vamos conversar com seu médico.
— Sobre o que?
— Suas mudanças de humor.
— Sra. Danvers.
Entramos na sala do médico.
— Olá, Kara! Como está se sentindo? Quem é essa bela moça?
— Estou bem e essa linda moça é minha namorada. Ela que marcou a consulta...
— Entendo... Sentem-se. – Nós o fizemos. — O que ela tem, bela moça?
— Lena... Minha namorada está com mudanças repentinas de humor, demonstra grande carência afetiva as vezes e está com a menstruação atrasada. – Ele sorriu.
— Vocês tentaram uma inseminação recentemente?
— Eu sou intersexual, doutor.
— Oh! Então vamos ao exame de sangue, mas tudo leva a crer que temos um bebê a caminho. – Kara levou as mãos à boca.
— O que? Lena, você sabia disso?
— Desconfiava amor, e agora vamos confirmar isso.
Ela entrou em uma sala com a enfermeira e eu fiquei esperando eles voltarem. O médico conversou com ela sobre algumas coisas e depois de algum tempo a moça entrou com os resultados dos exames. Ele leu e depois voltou ao sorriso da nossa recepção.
— Parabéns! Vocês serão mamães. – Nos olhamos e Kara parecia não acreditar.
O médico fez algumas recomendações e saímos dali. Sem trocar nenhuma palavra. Eu dirigi até um lugar muito especial para mim.
— Onde estamos?
— Quero te levar a um lugar. – Estendi minha mão para ela e entrelacei nossos dedos quando ela me alcançou a dela.
Caminhei até a casa na árvore que fiz com meu pai quando eu era pequena. Subi primeiro e conferi como estava. Muito empoeirada e tirei meu casaco o colocando no chão. Ajudei Kara a subir e a sentei entre minhas pernas, dali, tínhamos a vista de toda a cidade.
— Aqui é lindo.
— Sim... Meu pai e eu construímos isso. Pensei que já estava no chão há tempos.
— Você vem muito para cá?
— Não, hoje foi a primeira vez em muitos anos mesmo.
— Porque hoje?
— Porque estamos assustadas.
— Eu estou, amor. Meu senhor... Eu não esperava isso mesmo.
— Eu sei, mas agora temos um pequeno, amor. Já não podemos fazer nada... vamos conseguir.
— Mas como você pensou nisso e eu não?
— Minha mãe que falou... Eu estava com medo, pois estava pensando que você estava enjoando de mim... Eu estava surtando.
— Sua boba... Eu te amo tanto, nunca que vou enjoar de você.
— Estou com medo, Kara. Eu não sou a pessoa mais responsável do mundo e nem um emprego descente eu tenho.
— Vamos conseguir, amor. Eu acho que vou largar a faculdade e trabalhar...
— Não, amor. Isso está fora de cogitação. Vou falar com uma pessoa e logo vou arrumar um emprego melhor...
— Que pessoa?
— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Agora vamos, antes que a cobra que mora naquele ninho volte.
— Ai meu Deus! – Ela disse levantando rápido.
— Estou brincando, amor. – Ela bateu no meu braço.
— Idiota.
— Desculpe.
Fomos para casa e pensei como pediria ajuda a pessoa que deve estar me odiando.
[•••]
E aqui estou eu... Na frente da mansão de Andrea. Bati na porta e logo um garoto atendeu.
— Oi.
— Oi, a Andrea está?
— Como você entrou?
— O segurança me conhece. – Ele me analisou e logo saiu do meu campo de visão. Logo Andrea veio, vestia uma camiseta que alcançava seus joelhos e estava sem maquiagem.
— Que desprazer.
— Andrea... Você também não é minha pessoa favorita, mas preciso de sua ajuda.
— Dinheiro?
— Não exatamente. – Ela me olhou confusa. — Eu preciso trabalhar, Andrea. Seu pai pagou a cidade inteira para não me contratarem.
— Você sabe como ele é comigo. Eu não tenho poder nenhum sobre ele.
— Droga, Andrea! Ele pensa que magoei você, mas nunca tivemos nenhum tipo de sentimento uma pela outra. Eu estou desesperada e a única pessoa que pode me ajudar é você, por favor.
— Posso saber o motivo de Lena Luthor estar me pedindo um favor?
— Kara está grávida.
— De quem?
— Lógico que de mim.
— Você tem certeza?... Afinal, você não a pegou em um convento.
— Acho que você não pode me ajudar. Foi um erro vir até aqui.
— Qual é, Luthor? Foi só uma brincadeira.
— Não é brincadeira, você ofendeu minha mulher. – Eu me virei. — Eu sempre faço besteira. – Saí dali e não olhei para trás.
Vou ter que arrumar outro meio de arrumar um emprego melhor. Meu celular vibrou e era minha mãe.
— Filha...
— Oi mãe.
— Seu pai penhorou nossa casa... Tem uns homens aqui pegando nossas coisas e com um mandato de despejo. Preciso de sua ajuda.
— Estou indo para aí.
Eu corri até lá e minha mãe e irmã estavam chorando. Peguei o mandato e realmente não tinha o que fazer. Ajudei minha mãe com as malas e levei as duas para o cubículo que eu alugava. Realmente... Agora eu não sei o que fazer.
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