Capítulo 21 - Tudo de uma vez...

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View



Peguei o celular de Kara e marquei uma consulta com o médico dela na primeira hora da tarde. A arrastei para lá sob vários protestos.

— O que viemos fazer aqui?

— Só vamos conversar com seu médico.

— Sobre o que?

— Suas mudanças de humor.

— Sra. Danvers.

Entramos na sala do médico.

— Olá, Kara! Como está se sentindo? Quem é essa bela moça?

— Estou bem e essa linda moça é minha namorada. Ela que marcou a consulta...

— Entendo... Sentem-se. – Nós o fizemos. — O que ela tem, bela moça?

— Lena... Minha namorada está com mudanças repentinas de humor, demonstra grande carência afetiva as vezes e está com a menstruação atrasada. – Ele sorriu.

— Vocês tentaram uma inseminação recentemente?

— Eu sou intersexual, doutor.

— Oh! Então vamos ao exame de sangue, mas tudo leva a crer que temos um bebê a caminho. – Kara levou as mãos à boca.

— O que? Lena, você sabia disso?

— Desconfiava amor, e agora vamos confirmar isso.

Ela entrou em uma sala com a enfermeira e eu fiquei esperando eles voltarem. O médico conversou com ela sobre algumas coisas e depois de algum tempo a moça entrou com os resultados dos exames. Ele leu e depois voltou ao sorriso da nossa recepção.

— Parabéns! Vocês serão mamães. – Nos olhamos e Kara parecia não acreditar.

O médico fez algumas recomendações e saímos dali. Sem trocar nenhuma palavra. Eu dirigi até um lugar muito especial para mim.

— Onde estamos?

— Quero te levar a um lugar. – Estendi minha mão para ela e entrelacei nossos dedos quando ela me alcançou a dela.

Caminhei até a casa na árvore que fiz com meu pai quando eu era pequena. Subi primeiro e conferi como estava. Muito empoeirada e tirei meu casaco o colocando no chão. Ajudei Kara a subir e a sentei entre minhas pernas, dali, tínhamos a vista de toda a cidade.

— Aqui é lindo.

— Sim... Meu pai e eu construímos isso. Pensei que já estava no chão há tempos.

— Você vem muito para cá?

— Não, hoje foi a primeira vez em muitos anos mesmo.

— Porque hoje?

— Porque estamos assustadas.

— Eu estou, amor. Meu senhor... Eu não esperava isso mesmo.

— Eu sei, mas agora temos um pequeno, amor. Já não podemos fazer nada... vamos conseguir.

— Mas como você pensou nisso e eu não?

— Minha mãe que falou... Eu estava com medo, pois estava pensando que você estava enjoando de mim... Eu estava surtando.

— Sua boba... Eu te amo tanto, nunca que vou enjoar de você.

— Estou com medo, Kara. Eu não sou a pessoa mais responsável do mundo e nem um emprego descente eu tenho.

— Vamos conseguir, amor. Eu acho que vou largar a faculdade e trabalhar...

— Não, amor. Isso está fora de cogitação. Vou falar com uma pessoa e logo vou arrumar um emprego melhor...

— Que pessoa?

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Agora vamos, antes que a cobra que mora naquele ninho volte.

— Ai meu Deus! – Ela disse levantando rápido.

— Estou brincando, amor. – Ela bateu no meu braço.

— Idiota.

— Desculpe.

Fomos para casa e pensei como pediria ajuda a pessoa que deve estar me odiando.

[•••]


E aqui estou eu... Na frente da mansão de Andrea. Bati na porta e logo um garoto atendeu.

— Oi.

— Oi, a Andrea está?

— Como você entrou?

— O segurança me conhece. – Ele me analisou e logo saiu do meu campo de visão. Logo Andrea veio, vestia uma camiseta que alcançava seus joelhos e estava sem maquiagem.

— Que desprazer.

— Andrea... Você também não é minha pessoa favorita, mas preciso de sua ajuda.

— Dinheiro?

— Não exatamente. – Ela me olhou confusa. — Eu preciso trabalhar, Andrea. Seu pai pagou a cidade inteira para não me contratarem.

— Você sabe como ele é comigo. Eu não tenho poder nenhum sobre ele.

— Droga, Andrea! Ele pensa que magoei você, mas nunca tivemos nenhum tipo de sentimento uma pela outra. Eu estou desesperada e a única pessoa que pode me ajudar é você, por favor.

— Posso saber o motivo de Lena Luthor estar me pedindo um favor?

— Kara está grávida.

— De quem?

— Lógico que de mim.

— Você tem certeza?... Afinal, você não a pegou em um convento.

— Acho que você não pode me ajudar. Foi um erro vir até aqui.

— Qual é, Luthor? Foi só uma brincadeira.

— Não é brincadeira, você ofendeu minha mulher. – Eu me virei. — Eu sempre faço besteira. – Saí dali e não olhei para trás.

Vou ter que arrumar outro meio de arrumar um emprego melhor. Meu celular vibrou e era minha mãe.

— Filha...

— Oi mãe.

— Seu pai penhorou nossa casa... Tem uns homens aqui pegando nossas coisas e com um mandato de despejo. Preciso de sua ajuda.

— Estou indo para aí.

Eu corri até lá e minha mãe e irmã estavam chorando. Peguei o mandato e realmente não tinha o que fazer. Ajudei minha mãe com as malas e levei as duas para o cubículo que eu alugava. Realmente... Agora eu não sei o que fazer.

 Agora eu não sei o que fazer

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TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now