Capítulo 71 - Presidência

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View


— É verdade a história do pornô?

— Sim... Só que eu alertei que podia ficar dura com o filme e ele tinha escolhido um quarto com uma cama só. Trocou rapidinho. – Ela gargalhou.

— Vocês não existem. – Eu me aproximei dela e ela ligou o ar-condicionado no quente, e depois me abraçou.

— Agora... Eu quero matar minha saudade de você...

— Hum... – Ela gemeu quando me deitei sobre ela e beijei seu pescoço várias vezes. – Sentiu muita saudade?...

— Sim... Dormir sem você é o pior castigo do mundo. – Ela segurou meu rosto e me fez encarar ela. Selei nossos lábios e ela puxou minha nuca, aprofundando o beijo. A outra mão dela deslizou por minha barriga e entrou minha cueca, apertando meu membro e me fazendo gemer contra sua boca. Ouvimos um chorinho e eu me atirei ao lado de Kara, completamente frustrada.

— Olha eu amo ele, mas nunca vi alguém tão empata foda.

— Parece que ele adivinha. – Eu a beijei e levantei.

— Ele está se vingando com antecedência.

— Porque?

— Nós vamos empatar ele daqui há uns anos.

Ela gargalhou e eu fui pegar nosso pequeno. Troquei a fralda, fiquei um pouco com ele, depois de uma hora e pouco ele dormiu. Voltei para o quarto e Kara tinha dormido também. Apaguei as luzes e me aconcheguei a ela.

[•••]

Acordei, fui ver o Lu. Dei mamadeira para ele, o fiz arrotar, troquei a fralda e o ninei novamente, até que ele pegou no sono novamente. Tomei um banho, me vestindo para a empresa. Cuidar do Lukas antes de sair, nos conecta e deixa Kara descansar até mais tarde.

Tranquei a casa e o portão. E fui para a empresa. Quando cheguei B. me esperava na porta com o café.

— Nosso pai quer te ver.

— Depois passo lá.

— Primeira hora ele disse.

— Algo errado?

— Não sei... Ele estava bem sério.

— Eu não me lembro de ter feito nada errado.

— Nunca lembramos. – Ele disse me deixando mais nervosa.

— Melhor ir lá. – Entreguei minha pasta para ele e fui até a sala. Cumprimentei as secretárias e bati na porta. Ouvi um entre e o fiz.

— Bom dia, Henry.

— Bom dia, filha... Sente-se aqui, por favor. – Ele disse levantando da cadeira enorme que ele estava e apontando para ela.

— Eu sento aqui.

— Não! – Ele disse firme. — Quero que sente aqui. – Eu caminhei até a cadeira e sentei. Ele ficou escorado na mesa ao meu lado. — Como se sente?

— Com fome.

— Me refiro a posição em que está.

— É boa. Essa cadeira é ótima.

— Lena, se você aceitar a presidência, a única coisa que vai mudar é o seu acento. Os horários e responsabilidades vão ser as mesmas. Já faz meses que te dou todas as minhas obrigações e você resolve todas antes do fim do expediente.

— Henry... É muita coisa. Essa empresa não é mais aquela que você construiu. Temos contas importantíssimas aqui, não me sinto segura com essa responsabilidade.

— Eu não vejo ninguém mais preparado. Afinal... Quem conseguiu os contratos? Quem tem tino e a carta da advocacia na manga? Você sabe tudo o que podemos e não podemos, filha. Aceita logo essa vaga.

— Você está me pressionando muito. – Eu disse me escorando na poltrona.

— Filha... Você não deve se lembrar de mim, mas eu fui a várias reuniões empresariais e você estava na maioria delas representando seu ex-sogro. Nunca vi ninguém tão largado e sem foco como você. Era nítido que você queria estar em qualquer lixeira do mundo do que ali, confesso que tinha pena de alguém tão deprimente. Todos falavam de você como a que tinha acertado na loteria para a família. Pai viciado, mãe consumista e irmã mimada apostaram todas as fichas na filha com seus belos traços europeus para conquistar a magnata.

— Eles não estavam errados.

— Eu não acho. Eu via seu desconforto, não era escolha sua ficar ali. Era nítido seu constrangimento. Quando o Barry me disse que você tinha cadastrado e seu currículo e que era muito bom, aceitaria óbvio, mas recebemos a ameaça, e não estávamos bem das pernas para deslanchar de vez. Quando Andrea foi presa, Barry veio correndo para contratarmos você, ele me disse que você iria trabalhar em três lugares diferentes para manter o filho. Aí tive um estalo. Porra! Como aquela acomodada quer se virar em três para sustentar o filho? Na primeira reunião, estávamos no mesmo ambiente das primeiras vezes, mas mesmo triste, você era ativa, deu idéias, estava participativa. Você cresceu. Você é outra pessoa, Lena. Merece mérito e merece crédito. Eu estou te dando esse crédito, confio na nova Lena e acho que você deve confiar. Estou sendo um pai para você. Estou acreditando no seu potencial, o potencial imenso que você tem e não acredita, pois cresceu pensando que não podia nada... Você pode. Você pode e vai! Você vai aceitar essa proposta, você vai ser a presidente da minha empresa e vai perceber que pode muito mais do que essa cabeça dura cisma em afirmar o contrário. – Eu estava chorando... — Você está chorando... Viu o que a maternidade transforma? – Ele me puxou pelo colete e me abraçou. — Aceita logo. Se te tocou é
porque você acredita nas minhas palavras.

— Tudo bem... Eu aceito. – Eu disse e ele soltou um grito, me fazendo rir. Ele pegou o telefone e chamou o Barry.

Ainda agarrada à Henry, escutei um estourar e olhei para porta. Barry estava com um champanhe.

— Vamos comemorar! – Ele disse e serviu as taças.

— Você sabia? – Eu perguntei quando ele me puxou para um abraço.

— Claro. – Dei um cascudo nele.

— Me assustou.

— Foi engraçado você toda borrada de medo.

— Eu estava tendo um ataque cardíaco. – Ele gargalhou.

— Eu notei.

— Kara vai ficar muito feliz. – Henry falou. — Eu tinha pedido para ela te convencer, mas ela disse que mesmo querendo que você aceitasse, não podia influenciar em uma decisão deste porte.

— Kara é incrível... Eu não acreditava muito em Deus, mas depois de que a conheci e minha vida fez sentido, nada mais justo do que acreditar em uma força maior.

Ficamos comemorando até bater a brisa, pois não havíamos comido nada e estava bebendo. Deitamos nas poltronas e tiramos um cochilo para melhorar um pouco.

 Deitamos nas poltronas e tiramos um cochilo para melhorar um pouco

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TRAP - Adaptação KarlenaWhere stories live. Discover now