Capítulo 73 - Amante

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Lutessa Lena Luthor  |  Point of View




— Não vou contar mais.

— Lena... Você sabe que sou ansiosa. Para você abrir a mão e comprar o champanhe mais caro, deve ser importante.

— Ah! – Eu exclamei indignada. — Eu não sou mão fechada... Que calunia!

— Não?

— Só estou economizando por causa da piscina.

— Desde que começamos a namorar. – Eu revirei os olhos.

— Eu não tinha dinheiro na época. É diferente. – Ela negou.

— Conta logo.

— Viu como as mulheres são chatas, pequeno? – Ela bateu no meu ombro.

— Você é metade mulher, querida.

— Não, estou dizendo que sou super legal. – Pisquei para ela e ganhei um dedo do meio em retribuição. — Vou te contar na cama. – Ela sorriu.

— Acho que posso esperar até lá.

— Ah não vai dar. Henry está vindo aí.

— Pai. Papai. Papa. – Ela disse e eu neguei.

— Tem que ser natural... Se rolar isso um dia, mas acho muito difícil.

— É bem estranho os dois te chamando de filha e você os chamando pelos nomes. As vezes você larga uns Sra. Allen, e a Nora só falta chorar.

— Não é de propósito.

— Eu sei que não.

Ficamos em silencio e Lukas estava dormindo.

O Levei para o quartinho dele e fui tomar um banho.

Quando sai do banheiro, Kara estava na cama com a garrafa e duas taças. Sorri e sequei meus cabelos um pouco. — Se ansiedade matasse.

— Não é grande coisa. – Ela arqueou uma sobrancelha.

— Algo me diz que é. Você que não valoriza suas conquistas.

— Mão fechada e desvalorizada. Tem mais alguma qualidade para me dar hoje.

— Tenho. A mestra do suspense. Fala logo, não quero saber pela boca dos outros.

— Mulheres e a famosa impaciência.

— Você é metade mulher.

— Eu sei disso.

— Você fala se excluindo da categoria.

— Não sou totalmente da categoria.

— Lena... Vamos ficar um mês sem sexo se você não falar logo o que é.

— Que jogo baixo... – Eu disse cerrando meus olhos.

— Vem. – Ela disse batendo entre suas pernas e eu me sentei ali. Ela abraçou meu tronco e entrelaçou nossos dedos.

— Bom... Henry me chamou cedo na sala dele hoje. Barry me assustou, disse que ele estava irritado. Quando cheguei lá, ele me fez sentar na cadeira dele e ficou horas falando, falando, me fez chorar, me fez ficar sem graça, mas no final eu fui obrigada a aceitar aquela bendita presidência. – Ela deu um gritinho e bateu palmas, me assustando.

— Até que enfim! Lee, aquilo era seu, não adianta. Você merece mais que todos esse cargo. Nada vai mudar amor.

— Já mudou, Kara. Os meus colegas presentes na reunião me olhavam com a cara que de “Que loucura é essa?”.

TRAP - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora