Capítulo 40 - Realística

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Lutessa Lena Luthor | Point of View

Meses depois...

Eu estava no escritório e minha secretária me deu o relatório errado pela segunda vez. A chamei. Barry e ela entraram na sala...

— Aonde sua cabeça anda? É a segunda vez que me entrega o relatório errado. Será que é tão difícil ler "transferência financeira 528" na capa? Esquece essa merda. Entrega para o Barry quando ele sair daqui. – Ela recolheu a pasta e saiu apressada da minha sala.

— Nossa... Isso foi intenso. Não está na hora de tirar umas férias?

— Não.

— Você está bem?

— Sim.

— Não parece.

— Só estou... Com saudade.

— Sexo? – Eu bati com minha testa na mesa.

— Me sinto uma idiota por querer tanto isso... Eu sou uma bomba. Tudo me excita... Ontem a Kara decidiu assistir “Azul é a cor mais quente”...

— Puta merda!

— Aquilo é francês... Só tem sexo. Pensei que fosse filme com os Smurfs. – Ele gargalhou.

— E vocês conversam sobre isso?

— Claro... Eu fico com uma barraca enorme, se meu pau fosse pequeno, talvez eu conseguisse disfarçar minhas ereções.

— Pelo jeito você está excitada agora.

— Eu estou sempre. – Ele ficou... Sei lá. Sensibilizado com meu drama.

— Você... Não... Sabe... Ficaria com uma prostituta?

— Eu não trairia Kara. É desumano em todas as situações, ainda mais na nossa eu acho que é ainda mais grave. Eu tenho que canalizar essa energia...

— Você está certa. Porque não compra um vídeo game? – Eu olhei para ele como se ele fosse um doente mental, pois é assim que estou o imaginando agora. — O que? Você odeia atividades físicas, não vejo outra distração. É ótimo, eu tenho um e gosto muito dele. Ele é meu segundo melhor amigo agora.

— Será?

— Tenta... Ou... Vai ao sexshop e compra uma boceta falsa. – Ele disse rindo e eu o encarei séria.

— Existe isso?

— Eu estava brincando, mas existe sim.

— Não seria traição, não é?

— Acho que não.

— Preciso ir. – Eu disse pegando meu casaco. — Obrigada Barry, você é o melhor. – Beijei o rosto dele e ele bateu na minha bunda.

— Depois me conta como foi...

— Eu corri para o carro... Eu estava tremendo. Dirigi até o shopping e procurei um sexshop.

Quando encontrei, entrei e só tinha mulheres atendendo. Fiquei com vergonha, mas a vontade era maior.

— Olá! Em que posso ajudar? – Uma loira perguntou.

— Bom... Eu não sei o nome, então vou falar de forma bruta.

— Sem problemas, na nossa loja não a lugar para vergonha.

— Queria uma vagina falsa. – Ela assentiu.

— É esse o nome... Na verdade tem vários nomes, o formal, digamos assim, é vagina realística. Mas você... É lésbica? Ou vai comprar para alguém?

TRAP - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora