37 - Provavelmente no Inferno.

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Do lado de fora, o Sol era realmente quente, muito mais do que esperavam

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Do lado de fora, o Sol era realmente quente, muito mais do que esperavam. Não havia nada além dele. Apenas um infinito mar de areia. Se Scarllet não soubesse que estavam no Deserto chamaria aquilo de Inferno. Com toda certeza os suprimentos que tinham não durariam muito tempo e ela não fazia a mínima ideia de onde encontrariam mais. Eles se cobriram com os lençóis e se amontoaram em um canto, esperando todos chegarem do lado de fora. Newt parou ao lado de Scar, abrindo uma das sacolas em sua mão e tirando de dentro uma segunda camisa. Com um movimento rápido ele a rasgou, transformando-a em fiapos.

- Me da sua mão.

- Estou bem, Newt. Só estão um pouco ardidas.

- Diga isso para a palma em carne viva.

- Não está em carne viva.

Ele a lançou um olhar inexplicável, mas Scarllet entendeu a mensagem. Esticou a mão e com cuidado, Newt enrolou o pano da blusa em volta dela. Scarllet reclamou de dor quando ele amarrou o pano, usando um pouco mais de força.

- Desculpe.

- Eai, tá tudo bem?

Minho se aproximou, logo atrás dele veio Thomas, ainda arrumando o lençol na cabeça.

- A mão dela vai ficar boa desde que ela não toque em outra daquelas bolas de metal.

- Como estou? - Perguntou Thomas assim que terminou de arrumar o lençol em volta do corpo.

- Parecendo a mais horrorosa garota trolhenta que já vi na vida. - Respondeu Minho. - Melhor agradecer aos Deuses lá no alto por ter nascido homem.

- Obrigado.

- Aí pessoal, acho que tem uma cidade ali na frente.

Caçarola apontou para o horizonte e ao se aproximarem o resto do grupo viu o local no qual ele falava.

- Acham que estamos muito longe? - Perguntou Newt.

- Deve ser uns cento e sessenta quilômetros até lá. - Respondeu Thomas.

- No máximo cinquenta, cara. - Afirmou Minho. - As montanhas provavelmente a cento e vinte.

- Pessoal, vamos começar a andar. Tentem não beber a água toda antes do anoitecer, vamos passar duas semanas nesse Deserto.

Ela começou andar, sendo seguida pelo resto dos Clareanos. Os primeiros vinte minutos se passaram. O vento forte batia contra eles, trazendo areia e impedindo uma boa visão. Scarllet esfregou os olhos tantas vezes que eles ardiam. Ela andava na frente de todos quieta, pensando em tudo que aconteceu nos últimos dias. O coma, a fuga, as mortes, a Segunda Fase.

Aquilo tudo era tão estranho, mas o que realmente a intrigava era a carta. A carta que escreveu antes de ser enviada para o Labirinto, a que leu antes de entrar em coma e dizia que ela era imune. Não era mentira, ela não morreu depois da picada do Verdugo como aconteceu com todos os outros. A parte da Chave e a fuga também eram verdadeiras. De qualquer forma, a questão não era essa. Thomas havia prometido que não deixaria seu irmão ser enviado ao Labirinto. Ele mentiu. E Teresa... por que ela não confiava nela?

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now