99 - Velocidade versos Descrição

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Scarllet apontou a pistola para o teto e atirou, fazendo Thomas dar um salto

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Scarllet apontou a pistola para o teto e atirou, fazendo Thomas dar um salto. O ruído da multidão transformou-se em absoluto silêncio. Scarllet não precisou dizer nem uma palavra. Fez um gesto para a guarda se manifestar.

- Lá fora está uma loucura. Tudo aconteceu muito depressa. Os Cranks estão escondidos, só à espreita. Esta manhã a polícia foi dominada, e os protões foram abertos. Alguns Cranks do Palácio entraram. Estão em toda parte agora. - fez uma pausa e aproveitou para fitar algumas pessoas aleatoriamente. - Juro que não vão querer ir lá fora. E juro que nós somos os mocinhos da história. Não sei o que o Braço Direito planejou, mas sei que parte do plano inclui nossa retirada de Denver.

- Então por que estão nos tratando como prisioneiros? - gritou alguém.

- Só estou fazendo o que fui contratada para fazer. - voltou a atenção para Scarllet. - Acho que é uma ideia estúpida saírem daqui, mas, como eu disse, se resolverem ir, não podem ser mais de duas pessoas. Esses Cranks localizam em um segundo um grupo grande de carne fresca dando sopa por aí, e então será o fim do plano. Com ou sem armas. E o chefe pode não gostar de ver uma multidão querendo falar com ele. Ou mesmo os guardas, vendo uma van cheia de estranhos, podem começar a atirar.

- Vamos eu e Thomas. - disse Scarllet, recebendo um protesto imediato de Minho.

- De jeito nenhum! - ele balançou a cabeça. - Eu e você.

Era arriscado levar Minho. Ele tinha um pavio muito curto. Scarllet também, mas ele pensava antes de agir, não importava a situação. Scarllet preferia levar Brenda, mas talvez Thomas fosse uma opção melhor, que deixasse Minho um pouco mais confortável, já que ele confiava cem porcento no amigo.

- Eu e ele, Minho. Não vamos entrar nessa discussão.

- Sem chance, Scar! - ela tinha certeza de que ele estava magoado. - Não devemos nos dividir. Nós três temos de ir juntos. É mais seguro assim.

- Quero que você fique aqui para cuidar das coisas. - argumentou Scarllet, e realmente acreditava nisso. Ali havia uma multidão que podia muito bem ajudá-los a derrubar o CRUEL.

- Além disso, odeio lhe dizer, mas e se algo acontecer com a gente? - disse Thomas, fazendo Scarllet esfregar as mãos no rosto. Minho arregalou os olhos, aquela frase nunca o deixaria mais calmo. - Alguém tem que ficar para trás e garantir que os planos vão seguir em frente. Pegaram o Caçarola, Minho. Só Deus sabe quem mais. Você disse uma vez que eu devia ser o Encarregado dos Corredores. Bem, deixe-me fazer isso hoje. Confie em mim. Como disse a moça, quanto menos gente, maior a chance de passarmos despercebidos. Eu vou cuidar da Scar.

- Não tem a mínima chance de vocês irem sem mim.

Scarllet revirou os olhos, segurando a mão de Minho e o puxando para longe do grupo, para conversarem a sós.

- Nem tente dizer nada, Scar. Não vou deixar vocês...

Ela o interrompeu, beijando o garoto por alguns segundos e se separando de novo.

- Não estou pedindo sua permissão, Minho. Eu vou, e você vai ficar aqui, cuidando de tudo. - o garoto abriu a boca para protestar, mas Scarllet não deixou. - Se você for, as coisas podem sair do controle caso alguém tente me ameaçar. Você sempre perde o controle quando o assunto sou eu, Minho. - ela riu, triste por aquilo estar se tornando uma despedida, mas feliz por saber que o garoto sempre iria se preocupar com ela. - Não vamos demorar. Talvez algumas horas ou um dia, mas voltamos logo. Eu poderia deixar Brenda ir no meu lugar, mas eu sou a única que vou conseguir entrar em contato com Gally.

Minho balançou a cabeça, negando.

- Não quero deixar você ir. Não posso. Disse a Gally que te protegeria. Disse a Newt e a Nick. Não posso, Scarllet.

- Então certifique-se de que vai ficar aqui, pra que caso eu não volte, você vá me procurar. Eu vou voltar, Minho. Sempre volto.

Minho demorou um longo tempo para responder:

- Tudo bem. Mas, se você ou Thomas morrerem, quero deixar claro que não vou ficar nem um pouco contente.

Scarllet assentiu.

- Ótimo. Não vamos morrer.

Não se dera conta do quanto era importante para ela que Minho acreditasse em suas palavras. Custara-lhe muito reunir coragem suficiente para tomar aquela decisão. Minho mordeu os lábios, nervoso.

- Eu te amo. Não faça com que seja a última vez em que posso te dizer isso.

- Não vai ser. Eu prometo. - ela lhe deu um selinho rápido, arrancando um sorriso tímido do garoto. - E eu também te amo.

O guarda que havia sugerido leva-los pessoalmente para falar com o chefe acabou sendo quem os conduziu até lá. Seu nome era Lawrence e, não importava o que houvesse lá fora, parecia ansioso para deixar aquela sala repleta de pessoas furiosas. Destrancou a grande porta e fez um gesto para que Thomas e Scarllet o seguissem. Thomas com a pistola, Scarllet com o Lança Granadas.

O grupo seguiu caminho descendo o longo corredor, e Lawrence parou diante da porta que dava para fora do prédio. A luz mortiça do teto iluminou o rosto do homem, e Scarllet pode perceber o quanto estava preocupado.

- Muito bem, precisamos tomar uma decisão. Se formos a pé, vai demorar algumas horas, mas temos uma chance muito maior de percorrer as ruas. É mais fácil nos escondermos se estivermos a pé do que se formos de van. A van pode nos conduzir até lá mais depressa, mas com certeza seremos localizados.

- Velocidade versos descrição. - disse Thomas. Os olhos procuraram os de Scarllet. - O que você acha?

- A van.

- Feito. A ideia de estar lá fora a pé me apavora. A van, definitivamente.

- Certo. - respondeu Lawrence. - Vamos de van. Mantenham a boca fechada e as armas engatilhadas. A primeira coisa que faremos é entrar no veículo e trancar as portas. Está bem a frente desta porta aqui. Prontos?

Ambos concordaram com um gesto afirmativo de cabeça. Estavam mais do que prontos.

Lawrence tirou do bolso uma pilha de cartões-chave e destravou as diversas trancas alinhadas na parede. Apertou os cartões na mão, pressionou o corpo contra a porta e depois a abriu bem devagar. Estava escuro lá fora, uma única lambada de rua proporcionando iluminação. Thomas ponderou por quanto tempo mais teriam eletricidade, fatalmente, com o caos estabelecido, tudo pararia depois de um tempo. Denver poderia estar morta em questão de dias.

Avistou uma van estacionada em um beco estreito, a uns seis metros de distância. Lawrence colocou a cabeça para fora, olhar para a esquerda e para a direita, e depois encostou a porta.

- A rua parece vazia. Vamos.

Os três saíram, e Thomas e Scarllet correram para a van enquanto Lawrence segurava a porta. Thomas sentia a adrenalina percorrer todo o seu corpo. Scarllet, por outro lado, não conseguia parar de pensar no irmão. Gally teria conseguido fugir antes que Denver sucumbisse ao caos?

A ansiedade a fez olhar para um lado e outro da rua, certo de que veria um Crank prestes a saltar sobre si a qualquer momento. Mas, embora conseguisse ouvir o som distante dos risos histéricos, o lugar permanecia deserto.

As trancas da van se destravaram e Scarllet abriu a porta, deslizando para dentro, com Lawrence depois dela. Thomas se juntou a eles no banco dianteiro e bateu a porta. Lawrence imediatamente acionou as trancas e ligou o motor. Estava pronto para acelerar, quando um ruído alto pareceu explodir acima da cabeça deles, a van balançando com o solavanco. Em seguida, silencio. Entrecortado pelo som abafado de uma tosse.

Havia alguém no teto da van.

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A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now